Depois do Ibovespa cravar novo recorde, indo além dos 130 mil pontos, na sequência da Super Quarta e apesar do Copom conservador, os investidores se perguntam até onde o principal índice acionário da bolsa brasileira consegue ir. A resposta começa a ser elaborada já nesta sexta-feira (15).
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Os mercados globais estão animados com a expectativa de cortes nos juros pelo Federal Reserve, declarando vitória sobre a inflação em nome de Jerome Powell. Ontem (14), o Dow Jones renovou seu próprio recorde, alcançado no dia anterior, ao passo que nesta manhã as bolsas europeias são negociadas nos maiores patamares em anos, apesar de dados fracos de atividade na região.
O índice dos gerentes de compras (PMI) da zona do euro mostrou uma contração mais profunda da atividade, caindo a 47 em dezembro, de 47,6 em novembro. A previsão era de ligeira melhora no dado, a 48. Trata-se do sétimo mês consecutivo de retração dos setores industrial e de serviços na região da moeda única.
Já na China, a produção industrial subiu 6,6% em novembro, em base anual, ganhando tração ante a alta no mês anterior e superando a expectativa de +5,6%. Trata-se do ritmo mais intenso de atividade da indústria desde fevereiro de 2022. Por sua vez, as vendas no varejo chinês cresceram menos que a previsão, mas ganharam tração e subiram 10,1%.
Ainda na agenda do dia, saem dados de atividade no Brasil e nos Estados Unidos. Aqui, o destaque fica com o índice de atividade econômica do Banco Central (IBC-Br) em outubro, às 9h, enquanto lá fora merecem atenção os números da produção industrial norte-americana (11h15) em novembro e o índice Empire State de manufatura (10h30).
Mercados relegam agenda
Mas o que deve definir o desempenho dos mercados hoje são fatores técnicos, com os investidores relegando os dados econômicos e tentando decifrar o que dizem os gráficos. No caso do Ibovespa, a análise grafista sugere que o movimento de alta deve continuar, rumo ao topo histórico em 131,2 mil pontos, atingido durante o pregão de ontem.
Porém, o fato de o índice à vista não ter apresentado um movimento de realização de lucros firme neste mês, principalmente desde quarta-feira (13), deixa dúvida se caberá uma correção antes de seguir em frente. Na semana, o Ibovespa acumula ganhos de quase 3%, o que representa quase o desempenho no mês (+2,8%). No ano, a valorização é de 19,2%.
O mesmo vale para Wall Street. Aliás, hoje é dia de vencimento triplo em Nova York (triple witching), com o vencimento de US$ 5 trilhões em opções coincidindo com um rebalanceamento dos índices S&P 500 e Nasdaq-100. Portanto, espere ao menos por mais volatilidade no pregão de hoje, apesar do sinal positivo dos índices futuros nesta manhã.
Além disso, vale lembrar que esta é a última semana do ano, com a liquidez diminuindo a partir da próxima segunda-feira (18), diante da proximidade das festas de fim de ano. A ver, então, se não vai faltar fôlego para as bolsas globais avançarem mais, embora seja improvável que a empolgação dos investidores seja contida até a chegada de 2024.