Garanta 40% de desconto
⚠ Alerta de Balanço! Quais ações estão prontas para disparar?
Veja as ações no nosso radar ProPicks. Essas estratégias subiram 19,7% desde o início do ano.
Não perca a lista completa

Milho: Área de Milho Verão da Temporada 2017/18 Deve Ser a Menor Desde 1976/77

Publicado 22.02.2018, 16:03
Atualizado 14.05.2017, 07:45

Após safra brasileira 2016/17 recorde e consequente queda nos preços internos, a área de milho verão da temporada 2017/18 deve ser a menor desde 1976/77. Segundo pesquisas do Cepea, além da menor rentabilidade com a cultura na última safra, a queda na área na safra 2017/18 está atrelada ao atraso na colheita da soja em algumas regiões brasileiras. Apesar disso, o alto estoque de passagem deve manter elevada a disponibilidade interna do cereal. Em termos mundiais, a menor produtividade deve reduzir a oferta do cereal, enquanto as transações internacionais devem crescer, o que pode favorecer as exportações brasileiras.

De acordo com dados da Equipe de Custos do Cepea, houve aumento nas relações de troca de milho por alguns insumos nas principais regiões acompanhadas, devido, principalmente, às valorizações de fertilizantes e sementes em 2017. Atualmente, verifica-se atrasos nas compras de insumos para a segunda safra, indicando pouco interesse de produtores.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima forte redução de 9,6% na área e de 17,8% da oferta de verão frente à temporada anterior. Assim, a área semeada com milho na safra verão 2017/18 seria a menor de toda a série histórica da Conab, iniciada na temporada 1976/77. A produtividade média é projetada, por enquanto, em cerca de 5,05 t/ha e a produção, em 25,05 milhões de toneladas.

O consumo interno é estimado em 58,5 milhões de toneladas, aumento de 4,2% em relação à temporada anterior. A industrialização crescente do cereal, inclusive com novas iniciativas de produção de etanol, aliado ao pujante setor de produção de proteína animal criam a perspectiva de aumento do consumo interno.

Somando a produção do milho verão ao estoque de passagem, estimado pela Companhia em 19,42 milhões de toneladas ao final de janeiro/18, temse disponibilidade de 44,45 milhões de toneladas para o primeiro semestre. Este volume é equivalente a 76% do consumo doméstico no ano. Ou seja, mesmo com redução na produção do milho primeira safra, o cenário ainda é bastante confortável a compradores.

Quanto à segunda safra, a Conab ainda não apresenta estimativas concretas para a oferta, visto que a semeadura começa neste mês. Um pequeno atraso na semeadura da soja, em função da baixa umidade, gerou receio no Cerrado e em partes do Paraná e de Mato Grosso do Sul, porque pode reduzir a janela ideal de cultivo da segunda safra. Por enquanto, a Conab trabalha com manutenção de área da safra 2016/17, de 12,1 milhões de hectares, e redução de 0,3% da produtividade, estimada em 5,54 t/ha. Com isso, a produção seria de 67,17 milhões de toneladas, leve queda de 0,3% em relação à anterior.

A expectativa, porém, é que o cultivo da segunda safra diminua. Para Mato Grosso, o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) estima que a safra 2017/18 possa diminuir 18,75% em relação à passada, a 24,74 milhões de toneladas. Os principais fatores apontados pelo Instituto são reduções de 10,34% na área e de 9,37% na produtividade.

Com produção total na casa de 92,2 milhões de toneladas e considerando-se os estoques iniciais, em fev/18, a disponibilidade interna pode superar as 111,6 milhões de toneladas na safra 2017/18. Ao subtrair o consumo interno (58,5 milhões de toneladas), o excedente interno pode superar 53 milhões de toneladas, o que seria o maior da história.

Este é o volume que estará disponível para exportação. Por enquanto, a Conab estima que 30 milhões de toneladas sejam destinados ao mercado externo entre fev/18 e jan/19. A expectativa é que as exportações brasileiras aumentem, à medida que a oferta elevada pressione os valores domésticos e eleve a competitividade internacional. No geral, a expectativa inicial é de queda nas cotações no primeiro semestre, elevando a competitividade externa, e sustentação no segundo com consequente aquecimento nos embarques.

Assim, os preços do milho nos principais países produtores podem impulsionar ou limitar os embarques brasileiros. Segundo o USDA, enquanto em dezembro os preços nos Estados Unidos e na Argentina estavam na casa de US$ 156,00/t, no Mar Negro e no Brasil estavam a US$ 164,00/t e a US$ 161,00/t, respectivamente.

Em termos globais, o USDA estima queda de 2,9% na produção da temporada 2017/18, atualmente estimada em 1,04 bilhão de toneladas, com redução nos principais produtores, Estados Unidos, de 3,8%, China, de 1,7% e Brasil, de 3,6%. Quanto ao consumo, a estimativa é de crescimento de 0,5%, para 1,07 bilhão de toneladas. Dos 11 maiores consumidores, apenas no Japão deve haver redução de demanda. Com oferta e demanda equilibradas, a relação estoque/consumo deve ficar em 19,1%, abaixo da temporada anterior. Com isso, existe a perspectiva de pressão sobre os valores mundiais.

Para os Estados Unidos, principal produtor mundial, a expectativa é de que haja recuperação dos preços, puxados pelo aumento da demanda externa. As cotações do cereal norte-americano na Bolsa de Chicago (CME Group) apontam aumento de 9% entre os contratos Mar/18 e Dez/18.

Em termos de transações externas, o USDA espera redução de 6,9%, para 151,4 milhões de toneladas. Com menor oferta interna, muitos importadores precisarão elevar as compras externas. Por enquanto, o USDA estima aumento nas exportações do Brasil e da Argentina e redução nas dos Estados Unidos. Assim, o Brasil seria o segundo maior exportador da temporada, ficando atrás apenas dos Estados Unidos.

Para a Argentina, principal concorrente regional das exportações brasileiras, as estimativas oficiais apontam aumento na produção de milho na temporada 2017/18, o que pode trazer maior concorrência com as exportações brasileiras em 2018. A Bolsa de Cereais estima aumento de 5,1% na área cultivada com milho na temporada 2017/18 em relação à anterior.

Estatísticas

cepea

Gráficos

cepea

cepea

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.