Promoção de Black Friday! Economize muito no InvestingProGaranta até 60% de desconto

Milho: Cotações Internas de Milho Voltaram a Avançar no Acumulado de Novembro

Publicado 19.12.2018, 13:05

As cotações internas de milho voltaram a avançar no acumulado de novembro. Durante o mês, os preços oscilaram, ora sustentados pela retração vendedora, ora pressionados pelo bom desenvolvimento das lavouras da safra verão. Porém, na maior parte do período, os valores estiveram em alta. A valorização esteve atrelada à retomada das compras no mercado interno – demandantes buscavam antecipar as aquisições e repor os estoques para o final do ano. No entanto, o baixo ritmo das exportações e as condições climáticas favoráveis em novembro deixaram parte dos compradores relativamente mais tranquilos. Desta forma, a média do Indicador se manteve praticamente estável frente à de outubro. Porém, no acumulado de novembro, a alta foi expressiva. O Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) subiu 10,7% entre 31 de outubro e 30 de novembro, fechando a R$ 37,81/sc de 60 kg no último dia do mês. Já a média de novembro foi apenas 0,4% superior à de outubro. Nos mercados de lotes (negociações entre empresas) e de balcão (preços pagos ao produtor), as cotações subiram 1,7% e 3,3%, respectivamente, no acumulado de novembro.

Vale lembrar que os preços de milho se comportaram de maneira regionalizada em novembro. Nos estados consumidores de São Paulo e de Santa Catarina, as cotações se mantiveram em alta na maior parte do período. Nesses estados, produtores não têm demonstrado interesse em negociar, uma vez que a maioria deles está capitalizada. Já na região Centro-Oeste, os valores oscilaram mais, conforme a demanda e a oferta da semana, mas fecharam o mês em alta, impulsionados pela procura paulista. No Sul do País, principalmente no Rio Grande do Sul, caíram significativamente, pressionados pelo bom andamento da safra verão. As atuais condições climáticas sustentam as estimativas de produtividade elevada, principalmente no Paraná e Rio Grande do Sul. Esse cenário favoreceu a retração compradora em novembro. Além disso, apesar do aumento dos embarques de milho em novembro, o volume exportado no acumulado do ano ainda é bem inferior ao registrado em 2017, reforçando o recuo desses agentes. Em novembro, as exportações de milho superaram os embarques do mesmo mês do ano passado pela primeira vez no ano, somando 4 milhões de toneladas, quantidade 25% maior que a de outubro e 13% superior à de novembro/17. Considerando o ano safra exportação (fev/18 a nov/18), o volume embarcado foi 29% menor que o do mesmo período de 2017.

CAMPO – Em novembro, as condições climáticas permitiram que os produtores se concentrassem no semeio de milho. No Paraná, as atividades foram encerradas na terceira semana do mês, conforme dados do Deral/Seab. Até o dia 26, 96% das lavouras implantadas estavam em boas condições e 4%, em condições médias. Quanto às fases de desenvolvimento, 3% estavam em frutificação, 77%, em desenvolvimento vegetativo, 19%, em floração, e 1%, em germinação. No Rio Grande do Sul, relatório da Emater divulgado no dia 28 indicou que 89% da área destinada à primeira safra 2018/19 (verão) já havia sido semeada, contra 98% no mesmo período de 2017. De acordo com o relatório, as boas condições climáticas em novembro aliadas ao elevado nível tecnológico utilizado nas lavouras têm proporcionado um excelente desenvolvimento à safra atual. Na Argentina, intempéries climáticas também alertaram produtores do cereal e, de acordo com a Bolsa de Cereales, o excesso de chuvas na segunda semana de novembro, as geadas e o granizo prejudicaram parte das lavouras. Já no final do mês, a melhora do clima favoreceu o desenvolvimento dos grãos e, mesmo com o ritmo lento, 38,2% da área havia sido semeada até o dia 27. A expectativa é a de que a área de milho alcance 5,8 milhões de hectares, 5,5% a mais que os 5,5 milhões de hectares da safra 2017/18. Nos Estados Unidos, a colheita alcançou 94% da área em novembro, de acordo com o USDA. Em relação às cotações externas, apesar do menor ritmo de embarques para a China, as exportações de milho para outros destinos e a expectativa de menor produção nos Estados Unidos sustentaram as cotações durante o mês (USDA). Na CME Group (Bolsa de Chicago), o vencimento Dez/18 avançou 0,9% em novembro, a US$ 3,665/bushel (US$ 144,284/t). Os contratos Mar/19 e Mai/19 subiram 0,5% e 0,3%, respectivamente, indo para US$ 3,7775/bushel (US$ 148,71/t) e US$ 3,85/bushel (US$ 151,57/t).

Série estatística do milho

Preços do milho

Indicador do preço do milho

Últimos comentários

Carregando o próximo artigo...
Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.