Mesmo com a atual oferta limitada de soja no Brasil, compradores reforçaram a pressão sobre as cotações nos últimos dias, no intuito de adquirir a oleaginosa a valores menores. Produtores, porém, continuaram focados no avanço da colheita e sem necessidade imediata de “fazer caixa”, mantendo as negociações travadas e pontuais. Entre 23 e 30 de setembro, o Indicador da soja Paranaguá ESALQ/BM&FBovespa, referente ao grão depositado no corredor de exportação e negociado na modalidade spot (pronta entrega), no porto de Paranaguá (PR), caiu 0,9%, acumulando queda de 1,8% no mês e fechando a R$ 77,77/saca de 60 kg na sexta-feira, 30. A média ponderada da soja no Paraná, refletida no Indicador CEPEA/ESALQ, recuou 0,8% entre 23 e 30 de setembro e 0,3% no mês, indo para a R$ 75,15/saca 60 kg na sexta-feira, 30.
Liquidez Segue Baixa e Indicador do Milho Cai
A liquidez continua baixa no mercado brasileiro de milho, refletindo o receio de agentes em formar posições mais alongadas, devido a incertezas quanto aos preços nos próximos meses. Por enquanto, o que se verifica é queda na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea, devido à pressão compradora. Na última semana, os valores no estado de São Paulo, especificamente, foram pressionados especialmente pela redução dos preços de fretes, que tem elevado a entrada do cereal do Centro-Oeste na região de Campinas (SP). Na sexta-feira, 30, o Indicador fechou a R$ 41,53/saca de 60 kg, recuo de 1,4% em relação à sexta anterior. Em todo o mês de setembro, a queda foi de 2,7%.
MANDIOCA: Oferta continua em queda e valores, subindo
A baixa disponibilidade das lavouras de mandioca de segundo ciclo, observada em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea, está comprometendo a oferta do produto para a indústria, cuja demanda se mantém firme. Além disso, em algumas áreas, o ritmo de colheita diminuiu devido ao clima seco, o que reduziu ainda mais a oferta da raiz. Assim, fecularias se abastecem em regiões ainda mais distantes, apesar dos custos com o transporte, movimento que tem impulsionado os preços. De 26 a 30 de setembro, foram processadas 39,7 mil toneladas de mandioca nas fecularias, volume 10,5% abaixo do apurado na semana anterior. No mesmo período, o preço médio a prazo para a tonelada de mandioca posta fecularia foi para R$ 437,97 (R$ 0,7617 por grama de amido na balança hidrostática de 5 kg), alta de 10,3% frente à média anterior.