CENÁRIO MACROECONÔMICO
Por mais uma vez, o Federal Reserve sinaliza os condicionantes para a alta de juros nos EUA e o problema ainda reside na incerteza.
Stanley Fischer, vice-presidente do Fed indica que a série de indicadores econômicos dá suporte à elevação de juros, porém a incerteza quanto ao rumo das novas políticas econômicas americanas.
A dificuldade de Trump em avançar com suas propostas no congresso alivia a pressão para que o Fed para elevar os juros e dá um tempo maior para a autoridade monetária avaliar a extensão do ciclo.
Localmente, os indicadores econômicos seguem a mesma linha e dão espaço renovado para o COPOM cortar os juros consistentemente, entretanto, a questão política, ou seja, a aprovação das reformas é um elemento chave para o afrouxamento monetário, fato abertamente explicitado na ata da última reunião.
CENÁRIO POLÍTICO
Mais do que nunca, as propostas do atual governo “patinam” e tem dificuldade em atravessar as barreiras do congresso. O caráter de urgência da reforma trabalhista só passou num segundo pedido e existe a possibilidade de desidratação ainda maior da previdência.
Como já criticamos anteriormente, o atual governo peca e muito por uma comunicação eficiente, até mesmo entre as casas e o dano potencial deste descuido já mostra seus resultados tanto na dificuldade de aprovar as propostas, como ganhar apoio popular para as mesmas.
O tempo é escasso para o governo e a paciência do mercado, limitada.
CENÁRIO DE MERCADO
O cenário hoje se volta menos às questões geopolíticas e mais aos indicadores econômicos e corporativos, onde os balanços garantem uma abertura na sua maioria positiva na Europa e futuros em NY, assim como foi o fechamento na Ásia.
O dólar chegou a abrir em alta consistente, seguindo as premissas da sessão anterior, mas perdeu força contra a maior parte das divisas, avançando somente sob o Yen.
Os Treasuries operam com alta no rendimento em todos os vencimentos observados, mesmo assim, o 10 anos está com o menor rendimento desde novembro de 2016.
Entre as commodities, a tendência de alta no ouro perde força, já o minério de ferro reverte parte das perdas recentes e sobe com força na abertura, puxando as metálicas como um todo.
O petróleo opera em alta em todas as praças, mesmo com o aumento da extração americana do óleo de xisto e elevação dos estoques, pela a expectativa pela reunião da OPEP neste sábado.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,1529 / 1,42 %
Euro / Dólar : US$ 1,08 / 0,392%
Dólar / Yen : ¥ 109,04 / 0,165%
Libra / Dólar : US$ 1,28 / 0,164%
Dólar Fut. (1 m) : 3145,91 / 0,88 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 18: 9,56 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 19: 9,38 % aa (0,32%)
DI - Janeiro 21: 9,93 % aa (0,51%)
DI - Janeiro 25: 10,32 % aa (0,49%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,17% / 63.407 pontos
Dow Jones: -0,58% / 20.404 pontos
Nasdaq: 0,23% / 5.863 pontos
Nikkei: -0,01% / 18.430 pontos
Hang Seng: 0,97% / 24.057 pontos
ASX 200: 0,30% / 5.821 pontos
ABERTURA
DAX: -0,008% / 12015,49 pontos
CAC 40: 0,720% / 5039,76 pontos
FTSE: -0,223% / 7098,48 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 64234,00 pontos
S&P Fut.: 0,279% / 2340,20 pontos
Nasdaq Fut.: 0,310% / 5414,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,55% / 85,10 ptos
Petróleo WTI: 0,87% / $50,88
Petróleo Brent:1,11% / $53,52
Ouro: -0,09% / $1.279,06
Aço: 0,30% / $70,95
Soja: 0,06% / $18,15
Milho: 0,48% / $363,50
Café: 1,01% / $139,40
Açúcar: 0,97% / $16,59