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Não é Pelos 137 Bilhões de Reais

Publicado 04.06.2018, 11:57
Atualizado 14.05.2017, 07:45

Preciso atualizar uma informação. Questão de justiça.

Há algumas semanas, o BTG Pactual (SA:BPAC11) Digital lançou um fundo DI com taxa de administração de 0,1 por cento ao ano. Eu afirmei aqui ser essa a melhor alternativa para sua reserva de emergência e/ou sua aplicação pós-fixada – trata-se do melhor fundo DI do mercado e é também mais barato do que comprar LFT no Tesouro Direto.

Após o lançamento do novo fundo do BTG, a XP reduziu a aplicação mínima de seu fundo DI, cuja taxa de administração é de 0,2 por cento, de 3 mil reais para 500 reais. Então, por algum tempo, esse fundo da XP passou a ser uma alternativa mais indicada para investimentos entre 500 reais e 1 mil reais.

Agora acontece a tréplica. O BTG Pactual Digital diminuiu sua aplicação mínima ainda mais, tornando seu fundo DI o mais atrativo para qualquer faixa de patrimônio.

Eles brigam, o investidor ganha.

Você já esteve tão animado por conta da queda das taxas cobradas do investidor de varejo? O André… Esteves… Badunts!

Feita a necessária atualização da informação, falemos de coisa séria – até porque o humor está abaixo da crítica.

Antes de progredir, só uma perguntinha, vapt-vupt, jogo rápido: as propagandas dos bancões, com mulher gostosa e carro importado, para vender seus fundos de taxa de administração de 4 por cento ao ano utilizam-se de linguagem serena e comedida?

Voltemos à Petrobras (SA:PETR4).

Querem me convencer de que é para vender as ações da companhia após a saída de Pedro Parente. Quase como corolário, deveríamos comprar os papéis de BRF (SA:BRFS3), provável novo destino do ex-Petrobras.

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Não poderia discordar mais. Os capitães devem afundar com os navios. Defendi a competência de Pedro Parente várias vezes, tanto pública quanto internamente, o que inclusive despertou certa animosidade aqui. Não tenho dúvidas de que ele salvou a companhia de seu pior momento e de que, sem Pedro Parente, a situação da Petrobras hoje seria outra, muito inferior.

Também reconheço que sua situação na Petrobras ficara insustentável. Não tinha ilusões de que ficaria ali para sempre, tampouco que resistiria incólume à pressão pelo fim da ideal política de reajustes diários. Mas, me desculpe, um bom CEO não abandona o barco na hora ruim.

É isso que vocês querem para a BRF? Alguém que pede o boné no meio do pregão, no ápice de uma crise? Para mim, não. BRF parece ter enterrado pintinhos, um sapo em sua sede e o bom momento do ciclo.

Prefiro mesmo comprar Petrobras. A destruição de valor da companhia desde o início da atual crise monta a 137 bilhões de reais – não parece conversar com a material mudança de fundamentos da empresa.

Aos preços atuais, virou uma história totalmente qualitativa. Não precisa mais fazer muita conta. A empresa está entre as companhias petrolíferas mais baratas do mundo. Parece difícil discordar que o preço é atraente, negociando com desconto muito superior à média histórica.

Talvez um contra-argumento prudente emergisse: “Felipe, o que você está vendo como value, pode ser, na verdade, ‘value trap’. Uma armadilha de valor disfarçada de barganha. O barato pode ficar ainda mais barato”.

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Sim, é verdade. Mas é justamente isso que estou tentando dizer. Estamos no âmbito qualitativo, não da planilha. Estamos diante de uma bifurcação e a escolha do caminho necessariamente apela para o campo da subjetividade.

Para mim, resumidamente, o dilema é: ou vamos para um cenário Fim do Brasil (e, sim, isso está de novo na matriz de possibilidades) ou temos que comprar a ação. Se você acredita na volta da gestão petista (não concretamente, mas no sentido do que ela representa), ok, você tem um motivo legítimo para não comprar Petro. Mas, neste preço da ação, é basicamente o único.

Respeito profundamente se você pensar diferente, mas eu, Felipe, pertenço ao segundo grupo. Embora ache muito ruim o que aconteceu com a Petrobras, ao menos por enquanto, ainda estamos bem distantes do que foi a companhia na gestão Gabrielli ou Graça Foster. Ou você quer comparar o Ivan Monteiro com essa turma?

“Ah, mas a ingerência política aumentou…”

Sim, é verdade… E isso é péssimo. Mas hoje a empresa negocia com múltiplos inferiores à época de Gabrielli e Graça Foster. Ou seja, antes ela era privada, é isso? Não tinha ingerência?

Devo dizer ainda que a ideal política de preços pertence, surpreendentemente, ao campo das ideias. E sobre isso Ivan Monteiro parece inclusive ter mais sensibilidade do que Pedro Parente. Não adianta nada a proposição de um plano magnífico se esse plano não for crível, viável e factível. Num setor em que há uma empresa monopolista e duas variáveis aleatórias atuando para definição dos preços (petróleo e câmbio), uma política de reajuste diários dificilmente resistiria ao primeiro choque mais intenso.

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Fomos de um extremo a outro na política de preços. De um controle subsidiado esdrúxulo para uma total volatilidade. A cadeia não resistiu.

Aqui é preciso marcar um ponto relevante. Mesmo no momento de maior crise, de queda de seu CEO e de conversas intensas sobre mudança da política de preços, não se falou na retomada do modelo anterior em que a Petrobras sacrificava suas margens em prol do controle artificial da inflação. Em todo momento, foi falado em políticas de compensação à empresa. Mesmo que mudemos a periodicidade dos reajustes para uma média móvel e com um imposto flutuante, a Petrobras não voltaria à situação anterior de sequestro de seu balanço em prol da manutenção do projeto de poder petista.

O que é mais curioso nessa história toda: se você parar para pensar friamente, sem elucubrações ou preconceitos, Ivan Monteiro é um nome mais técnico e menos político do que Pedro Parente – enquanto eu nascia, Parente ingressava no governo Sarney.

Antes de encerrar, um último comentário sobre matéria do Estadão, de título "Queda nos investimentos põe em xeque busca por mais risco”. A ideia geral ali é de que o investidor pessoa física deve atrasar a migração de seus recursos para ativos de mais risco por conta das perdas do mês de maio.

Precisamos inverter essa lógica. É como se você estivesse namorando a compra de um apartamento e desistisse do negócio porque o imóvel ficou mais barato. Deveria ser o contrário.

“Diante da queda dos investimentos, adotar uma postura conservadora pode ser um bom negócio” equivale a dizer “diante da grande procura por roupas brancas ao final de dezembro, adotar uma vitrine repleta de roupas brancas pode ser um bom negócio para essa varejista em janeiro.” É como se sugeríssemos dobrar a produção de camisinhas na Quarta-feira de Cinzas por conta da alta demanda dos dias anteriores.

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Para investir melhor, você precisa de um farol potente, não de um retrovisor mais bem ajustado – exceção feita, claro, àqueles cuja intenção é andar de ré em sua situação patrimonial.

Mercados iniciam a segunda-feira mostrando ganhos, pegando carona no bom humor externo e recebendo de forma positiva, dentro do possível, indicação de Ivan Monteiro para a presidência da Petrobras.

Arrefecimento da preocupação com situação política na Itália e na Espanha também ajuda a empurrar disposição a risco, depois de discursos menos populistas.

Agenda do dia traz relatório Focus e IPC-S. Nos EUA, saem encomendas à indústria, relatório Jolts de tendência do emprego e índice de condições empresariais.

Ibovespa Futuro abre em alta de 0,65 por cento, dólar e juros futuros caem.

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