Calendário Econômico: BC e Fed de novo em foco em semana de PIB e inflação nos EUA
O relatório Global Crypto Adoption Index 2025, publicado pela Chainalysis, mostra que a adoção de criptomoedas segue em expansão global, mas com diferentes dinâmicas entre grandes mercados institucionais e economias emergentes.
Pela métrica absoluta, que combina volume transacionado, uso de serviços centralizados, DeFi e atividade institucional, Índia e Estados Unidos lideram o ranking, refletindo tanto a força do varejo asiático quanto a institucionalização crescente no mercado norte-americano.
Top 20 Global de nível de Adoção Cripto por país (Overall = Geral). Fonte: Chainalysis.
O Top 10 global é composto por Índia, Estados Unidos, Paquistão, Vietnã, Brasil, Nigéria, Indonésia, Ucrânia, Filipinas e Rússia. Esse grupo revela a diversidade da criptoeconomia em 2025: de um lado, mercados emergentes da Ásia, África e América Latina, onde o uso está ligado a remessas, stablecoins e finanças alternativas; de outro, potências com infraestrutura regulatória e produtos institucionais, como ETFs de Bitcoin, que aceleram a entrada de investidores tradicionais.
O relatório também traz um recorte ajustado por população, que altera profundamente a leitura. Nesse ranking, países do Leste Europeu, como Ucrânia, Moldávia e Geórgia, aparecem à frente.
Essa inversão evidencia que, proporcionalmente, regiões afetadas por instabilidade econômica e geopolítica apresentam níveis de adoção popular muito mais intensos. Nesse contexto, criptoativos funcionam como mecanismo de preservação de valor, canal de remessas internacionais e alternativa a sistemas financeiros pouco confiáveis.
Regionalmente, a Ásia-Pacífico foi o polo de maior crescimento, com alta de 69% no volume de transações em 12 meses, seguida pela América Latina, com 63%. Sub-Saara africano também cresceu acima de 50%, sustentado pelo uso em pagamentos e remessas.
Já a América do Norte e a Europa, embora com taxas de crescimento mais moderadas (49% e 42%, respectivamente), concentram volumes absolutos trilionários, principalmente via atividade institucional.
Dito isso, em 2025, a adoção de criptoativos é global, diversa e multifacetada.
Nos grandes centros financeiros, a consolidação de ETFs e regras mais claras trouxe legitimidade e capital institucional. Já em mercados emergentes e economias instáveis, a criptoeconomia se fortalece pela necessidade prática — acesso ao dólar via stablecoins, preservação contra inflação e inclusão financeira digital.
Em ambos os casos, os dados reforçam que a cripto não é mais uma tendência marginal, mas um componente estrutural da economia mundial em transformação.