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No Olho do Furacão

Publicado 28.07.2021, 08:43
Atualizado 09.07.2023, 07:32

Terça-feira foi um dia infernal para os mercados. Além da já prevista cautela com a reunião do Fed, a se definir hoje, tivemos a variante Delta a assustar o mundo e novas regulações impostas pelas autoridades chinesas aos setores de tecnologia e educação, derrubando os mercados ao redor do mundo. A aversão ao risco dominou o cenário, com as bolsas em NY com destaque para a Nasdaq “corrigindo”, assim como no Brasil.

Por aqui, a bolsa de valores acabou fechando em queda de 1,1%, a 124.612 pontos, pelos fatores externos citados, mas também pela sinalização de que o Copom pode ser mais rigoroso no aperto monetário a ser adotado na próxima semana (dia 6). Na semana, o índice paulistano recua 0,35%, no mês 1,73% e no ano ainda sobe 4,70%.

Recuaram fortes os papéis ligados ao varejo e à construção, mas também as empresas blue chips como Petrobras (SA:PETR4) e Vale (SA:VALE3). No mercado de juros, as taxas curtas deram uma boa “esticada”, subindo 1 ponto percentual, diante do desconforto com a inflação elevada, assim como as longas, também em alta, pelo mau humor externo. No câmbio, o dólar oscilou muito contra o real, terminando o dia em suave alta de 0,06%, a R$ 5,1775.

Tudo nos leva a crer que teremos um Copom mais rigoroso (hawkish) na reunião da semana que vem (dia 6), agora com as “apostas” em torno de 1 ponto de ajuste, a 5,25%, ou mesmo 1,25 p.p., a 5,5%. A contribuir o IPCA-15 mais elevado e os ajustes da pesquisa Focus. A inflação está vindo mais elevada nos serviços, na tarifa de energia elétrica, e também pelo choque de preços nos alimentos por causa da entrada de uma frente polar no país, derrubando as safras de in natura.

Nos mercados globais, boa parte do tombo ocorrido se justificou pela “intervenção regulatória do governo chinês sobre os setores de educação, com destaque para tutorias privadas. Muitos acham que agora o governo deve ir em cima do mercado imobiliário, restringindo seu financiamento, visando conter o preço dos imóveis e a alavancagem do setor. Os avanços da variante Delta também preocupam. Ontem, as autoridades americanas obrigaram as pessoas a usarem máscara em ambientes fechados. A Casa Branca, no entanto, só considera a incidência desta cepa entre os que ainda não se vacinaram.

Em paralelo, observamos avanços no Congresso sobre o pacote de infraestrutura e expectativas sobre o que será dito pelo presidente do Fed Jerome Powell, hoje, ao fim da reunião do Fomc. No mercado de NY, o Dow Jones fechou em queda de 0,24%, a 35.058 pontos, o S&P 500 recuando 0,47%, a 4.401 pontos e o Nasdaq (NASDAQ:NDAQ) (SA:N1DA34) “sofrendo mais”, caindo 1,21%, a 14.660 pontos. No mercado de treasuries, os de dois anos fecharam próximos à estabilidade (0,199%), os de 10 anos, a 1,32% e os de 30 anos 1,886%, todos em tendência de queda. Isso reforça esta postura mais dowish por parte do Fed na reunião desta semana, isso já “precificado” pelo mercado. Não teremos novidades relevantes. No dólar, pelo DXY, a queda foi de 0,23%, a 92,432 pontos.

No Brasil, os dados externos do BACEN de junho mostraram que o resultado em conta corrente acabou positivo em US$ 2,79 bilhões, chamando atenção o forte crescimento das remessas de lucros, US$ 1,58 bilhão, não havendo uma justificativa técnica, bem acima do registrado no mesmo mês do ano passado (US$ 228 milhões), e apenas US$ 174 milhões em investimentos externo direto no País, 96,6% menores do que o registrado no mesmo mês do ano passado. Este é o menor valor para os meses de junho em toda a série histórica do BACEN.

Em ambos os casos, um recado sobre a tributação de 20% nos lucros e dividendos, o que deve gerar uma “fuga de investidores”. As empresas estão antecipando remessas para fugir desta tributação.

Na política, confirmou-se a “dança das cadeiras” no ministério do governo Bolsonaro, com Ciro Nogueira assumindo a Casa Civil, deslocando Luiz Eduardo Ramos para a Secretaria Geral e Onyx Lorenzoni para o Ministério do Trabalho e Previdência, então criado.

Na verdade, chama atenção que este ministério veio de uma área do antes “super ministério da Economia” de Paulo Guedes, em processo de “esvaziamento”. Em resposta, Guedes já vai tratando de se proteger. Uma mudança por lá foi “rebatizar” a atual Secretaria Especial de Fazenda, integrando-a às secretarias do Orçamento Federal e do Tesouro. Passa a valer agora “Secretaria Especial do Tesouro e Orçamento”. O objetivo seria “realizar uma maior integração entre as duas secretarias e melhorar a comunicação nas suas várias dimensões”. Nossa leitura, porém, é de que esta decisão de Guedes foi mais um esforço para se proteger dos “ataques” do Centrão, querendo “recriar” o Ministério do Planejamento, mais um “sob o seu chapéu”.

Por fim, o FMI revisou algumas estimativas para a economia global, neste ano e no próximo. No Brasil, o PIB deve crescer 5,3% em 2021 e 1,9% em 2022. 

Vamos conversando! 

Bons negócios! 

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