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Noventa e Três

Publicado 17.07.2014, 09:22

Difícil mesmo entender porque os bons morrem tão jovens. Desde criança enfrento essa questão com perplexidade. Hoje, finalmente, resolvi propor algo a respeito: que tal se invertêssemos a ordem dos clichês e fizéssemos com que os vasos ruins quebrassem logo?

Infelizmente, a vida vai nos desafiando a ver pessoas, empresas e coisas indo embora cedo. Nada de novo nisso.

A novidade é que, agora, países resolveram entrar para a lista dos que sucumbem prematuramente. O Brasil, tal qual nós conhecemos, morreu, antes de entrar na fase adulta, aos 20 anos de idade. Aquele país lindo, democrático, representação do futuro está em seu leito de morte.

Explico a metáfora. A história do Brasil, da forma como observamos hoje, começa em julho de 1994, com o Plano Real, cujos resultados imediatos foram o resgate da confiança na moeda e, por conseguinte, o controle da inflação. Antes disso, era Pré-História.

Não há como se pensar num país civilizado onde a inflação bate 80% ao mês. Se o poder de compra do salário cai pela metade num único mês, como ter um orçamento familiar equilibrado? Não pode haver um padrão de consumo consistente e saudável se sua única opção é correr para o supermercado tão logo receba seu salário.

E se não há consumo num quadro assim, tampouco pode haver investimento. Nenhum empresário vai tomar a decisão de investir e ampliar sua capacidade produtiva se não existe confiança na moeda e monta-se um novo plano econômico por ano, cada um completamente as regras do jogo.

Sem consumo e investimento, nenhuma Economia resiste. Por isso, pode-se dizer que nasce um novo Brasil a partir do Plano Real, com controle da inflação e estabilidade da economia.

Em pouco tempo, mais precisamente aos cinco anos de idade, o Plano atinge a maturidade. Implementa-se o famoso tripé macroeconômico, com sistema de metas de inflação, câmbio flutuante e austeridade fiscal. Trata-se do alicerce da política econômica de 1999 até 2008, alinhado à ortodoxia e às melhoras práticas em nível global.

A coisa muda completamente a partir daí. Em resposta à crise financeira de 2008, o Governo brasileiro adota a chamada “nova matriz econômica”, heterodoxa e desalinhada ao tripé anterior.

A nova política econômica é caracterizada por perseguição de uma taxa de juro baixa, busca de uma taxa de câmbio competitiva e aumento dos gastos públicos. Ou seja, ferimos por completo a tríade anterior.

Ao reduzir de forma acelerada o juro, basicamente abandonamos a rigidez no sistema de metas de inflação. A variação do IPCA - índice oficial de inflação - bateu 6,52% nos 12 meses encerrados em junho. Ou seja, superamos o teto da meta, cujo centro é 4,50% ao ano, com dois pontos percentuais de banda, para cima ou para baixo. A inflação está de volta - e deve subir ainda mais.

E sem querer usar o instrumento da taxa de juro para combater a inflação, o Banco Central passou a usar o câmbio para o controle de preços. Amputamos a segunda perna do tripé: o câmbio perde seu caráter estritamente flutuante a partir da enormidade das intervenções do BC.

E tornamo-nos paraplégicos quando da perda da terceira perna. O elevado gasto do Governo simplesmente destruiu a austeridade fiscal. As metas de superávit primário têm sido sistematicamente descumpridas - obs.: o serão novamente em 2014 - e o Governo central apresentou em maio o pior resultado da história para suas contas.

Assim, se, metaforicamente, nasce um novo País em 1994, consolidado em 1999 com o tripé macroeconômico, exatos 20 anos depois esse Brasil morre. O crescimento econômico do Governo Dilma é o menor desde a Era Collor e a inflação foge do controle - já estaria beirando os 10% ao ano não fosse pelo controle de preços de gasolina e energia.

Em resumo, estamos prestes a voltar a condições anteriores a 1994.

Seria o Fim do Brasil?

As consequências já começam a ser sentidas e há muito mais por vir. Você precisa estar preparado para a piora das condições econômicas e financeiras, sob o risco de ter seu patrimônio ferido.

O link abaixo traz todos os argumentos dessa tese e mostra exatamente os passos para proteger sua poupança e até mesmo crescer seu patrimônio nesse quadro.

Se você tem alguma preocupação sobre o futuro da economia brasileira ou sobre sua situação financeira, o material a seguir é obrigatório.

O link abaixo dá acesso a um conteúdo polêmico e revelador, totalmente gratuito. Leia e decida você mesmo.

Alerta: recomenda-se discrição na leitura.

Para visualizar o artigo completo visite o site da Empiricus Research.

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