🐂 Nem todas as ações ganham no rali. Lista do ProPicks deste mês tem 5 ações subindo +20% Saiba mais

Nuvem Negra Difícil de ser Dissipada

Publicado 19.02.2018, 09:49
US500
-
KC
-
CL
-
SB
-
CC
-
RC
-
ZS
-

A confiança dos americanos na economia atingiu em fevereiro o mais alto patamar desde 2004, ajudada pelos estímulos fiscais de Trump e pelo mercado de trabalho aquecido.

Os investidores voltaram a colocar dinheiro no mercado acionário, depois da queda forte nos primeiros dez dias do mês, e o S&P500 na sexta-feira dia 16 chegou a negociar com ganhos de 8.75%, comparando com a mínima do dia 9 de fevereiro.

O índice de preço ao produtor nos Estados Unidos, acima do previsto, desvalorizou a moeda americana na quinta-feira, muito embora a inflação mais alta foi um reflexo da alta do petróleo em janeiro, quando em janeiro o barril foi acima de US$ 66.00 – 10% acima do que está hoje.

As commodities recuperaram as perdas recentes lideradas pelos ganhos dos metais industriais, do cacau, do petróleo e da soja. Cinco dos componentes do CRB cederam, entre eles o café, o açúcar e o algodão.

O contrato de maio do café arábica fez uma nova mínima e fechou nela, com o robusta em Londres também cedendo e encerrando em cima da média-móvel de quarenta dias.

Nem mesmo o Real firmando na curta semana brasileira, assim como o peso colombiano mais apreciado, conseguiram prover suporte ao mercado que viu os fundos liquidarem 8,864 contratos no período em que os preços não subiram nada.

O começo do período de entrega do contrato de março atraiu vendas dos países produtores que aguardavam por um rally, que apenas aconteceu no começo do ano e durou pouquíssimo, como todos as últimas altas recentes.

Com o relógio indo contra quem tem café para vender e fotos que continuam circulando mostrando cafezais carregadíssimos de fruto (arvores que não refletem todo o parque, é verdade), o cenário não encoraja os compradores.

Os baixistas acreditam que há mais quedas pela frente, não apenas por verem café estocado que virá ao mercado, mas principalmente por crerem que se vendeu muito pouco café da safra 18/19, o que faz pensarem em uma pressão de venda já na pré-colheita.

Olhando para a queda de preço de cafés baixos e do conilon no Brasil, nas últimas semanas, os sinais são de fato negativos. A chegada da safra do conilon em pouco menos de dois meses pode fazer com que a nuvem negra fique difícil de ser dissipada.

O curioso nisto tudo é observarmos outras estimativas da safra apontando para números bem aquém do otimismo de alguns meses atrás. A Terra Forte, por exemplo, divulgou uma expectativa de produção de 43.62 milhões de arábica e 15.53 de conilon, um total de 59.15 milhões. A Cooxupé vê o arábica entre 40 e 42 milhões, não muito distante de vários.

Na viagem feita por vários profissionais do setor, muitos de nossos amigos em comum, o consenso foi de que o Sul de Minas vai colher muito menos do que se imaginava. A bolsa, por ora, não reage em função da percepção da necessidade de venda, que tem se traduzido em vendas de origem toda vez que Nova Iorque tenta sair do buraco.

Para ajudar os baixistas as notícias de planos de expansão de produção na África, com destaque a Uganda que quer quadruplicar sua safra até 2025, passam a mensagem de que as cotações atuais ainda estão em níveis remuneradores, mesmo que isto não seja a realidade para uma parcela dos países produtores, e ainda que o país possa não vir a entregar o plano, dado o histórico passado.

Os estoques americanos no mês de janeiro caíram apenas 18 mil sacas, pouco para um mercado que esperava entre 200 e 500 mil de queda.

Sobra a esperança de alguma recuperação do contrato “C” no pós-começo do período de notificação, que no caso será a partir de terça-feira já que segunda-feira é feriado por aqui, Dia do Presidente.

É pouco, mas por ora parece ser a única novidade disponível para os altistas no curto-prazo.

Na próxima semana não haverá comentário, volto a escrever no fim de semana do dia 24 de fevereiro.

Uma ótima semana e muito bons negócios a todos.

Últimos comentários

Carregando o próximo artigo...
Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.