O mercado local ontem, ausente pelo feriado do Dia da Consciência Negra, acompanhou mais um evento da guerra comercial EUA-China.
Um chamado acordo Fase-1 poderá não ser concluído até o próximo ano, com Pequim pressionando por maiores reduções de tarifas e Washington recuando com suas próprias demandas crescentes.
Apesar de não haver clareza sobre quando os líderes dos dois países poderão se reunir para selar um acordo, ou se reunirão ainda este ano, Gao Feng, porta-voz do Ministério do Comércio da China diz que "a China está disposta, com base no respeito igual e mútuo com os EUA, a trabalhar em conjunto para resolver adequadamente áreas de interesse comum e lutar por um acordo comercial da Fase-1"
Trump até recentemente usou a guerra comercial como ativo político, satisfazendo principalmente as bases do núcleo “economia real” do Partido Republicano, porém, ainda que os indicadores do mercado de trabalho continuem a sinalizar um momento positivo, os indicadores industriais como um todo não reverteram o ciclo de queda deflagrado em 2018.
Com as audiências do impeachment ganhando cada vez mais força, as atenções de Trump também se alteraram em muito nos últimos 45 dias, levando desde a possibilidade de uma solução rápida e protocolar da disputa comercial, até os impasses observados até agora, mantendo a retórica errática típica do presidente americano.
Hong Kong tem sido outro ponto de estresse, com a moção do Senado americano, capitaneada pelos senadores democratas, contrária à atuação do governo na ilha.
O problema agora é o apoio de Republicanos ao tema, como citou o vice-presidente Mike Pence.
Enquanto isso, no ambiente local, as atenções se voltam a 3 fatores importantes de curto prazo: Congresso, dólar e inflação.
O Congresso tem se movimentado bastante nos últimos dias, com a aprovação da PEC paralela, mas que contem regras antigas e dilui em muito o poder da reforma aos estados, deixando vários ainda à mercê de seus problemas fiscais e a aprovação na CCJ da Câmara da admissibilidade da PEC da segunda instância com 50 votos a 12.
O dólar continua como uma preocupação, porém seu aspecto internacionalizado diminui as pressões sobre a equipe econômica, ainda que a saída de capital estrangeiro esteja intensa.
A preocupação vem da inflação que já dá sinais do pass-through em diversos itens da cesta, também pressionada pela inflação de proteína com o aumento da demanda local e internacional por suínos e bovinos.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa na sua maioria e os futuros NY abrem em baixa, sem sinais claros na guerra comercial.
Na Ásia, fechamento negativo, apesar do corte de juros na China.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceção ao min. de ferro.
O petróleo abre em queda, na ausência de melhora da guerra comercial.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 2,90%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,1968 / -0,06 %
Euro / Dólar : US$ 1,11 / 0,108%
Dólar / Yen : ¥ 108,60 / 0,065%
Libra / Dólar : US$ 1,29 / 0,085%
Dólar Fut. (1 m) : 4200,85 / 0,02 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 20: 4,46 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 4,66 % aa (-0,43%)
DI - Janeiro 23: 5,80 % aa (-0,34%)
DI - Janeiro 25: 6,39 % aa (0,47%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,3812% / 105.864 pontos
Dow Jones: -0,4043% / 27.821 pontos
Nasdaq: -0,5125% / 8.527 pontos
Nikkei: -0,48% / 23.039 pontos
Hang Seng: -1,57% / 26.467 pontos
ASX 200: -0,74% / 6.673 pontos
ABERTURA
DAX: -0,286% / 13120,46 pontos
CAC 40: -0,323% / 5875,01 pontos
FTSE: -0,715% / 7210,55 pontos
Ibov. Fut.: -0,56% / 106080,00 pontos
S&P Fut.: -0,154% / 3109,00 pontos
Nasdaq Fut.: -0,211% / 8283,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,27% / 78,07 ptos
Petróleo WTI: -0,46% / $56,89
Petróleo Brent:-0,19% / $62,03
Ouro: -0,07% / $1.469,45
Minério de Ferro: 0,19% / $83,35
Soja: -0,13% / $15,33
Milho: 0,14% / $367,25
Café: 6,82% / $109,70
Açúcar: -0,71% / $12,65