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O Fim do Brasil 2? O inimigo agora é outro

Publicado 03.10.2022, 15:52
Atualizado 09.07.2023, 07:32

Passado o primeiro turno das eleições, voltamos àquela máxima já bem conhecida por aqui. "Dois problemas se misturam: a verdade do Universo e a prestação que vai vencer.”

Os mercados abrem animados a semana, empurrados pelo resultado eleitoral. E assim mesmo deve ser. Os ativos de risco se movem na margem, a partir da informação nova sendo incorporada às cotações.

O bolsonarismo mostrou força muito superior àquela sugerida pela maior parte das pesquisas eleitorais – o presidente Bolsonaro recebeu 7 pontos percentuais a mais de votos frente ao apontado pela média das pesquisas da véspera. Assim, chega competitivo ao segundo turno, embora o favoritismo ainda seja de Lula – lhe bastariam metade dos votos de Ciro Gomes e Simone Tebet para voltar ao Planalto; apesar da diferença muito menor do que o esperado, em termos absolutos ainda são cinco milhões de votos e isso não é exatamente pouca coisa.

Ainda que o favoritismo de Lula venha a se confirmar, não vai ser um passeio no parque. Não só pela menor distância entre os dois, mas pela configuração mais à direita e conservadora do Congresso e pela vitória de vários governadores bolsonaristas em estados importantes. Eleições marcantes de ex-ministros, como Rogério Marinho, Teresa Cristina, Damares, Pazuello, Salles; de nomes como Magno Malta, Carla Zambelli, Bia Kicis, Romário; e a destacada posição de Tarcísio em São Paulo mostram uma força marcante do bolsonarismo e da penetração do conservadorismo na própria sociedade. 

Como consequência prática, mesmo no caso de eleição do ex-presidente Lula, deveríamos ter muita dificuldade para aprovar pautas muito à esquerda, para adotar uma política econômica mais heterodoxa ou para rever políticas e reformas recentes em prol das livres forças de mercado e da responsabilidade fiscal.

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Lula haveria de caminhar ao centro, sinalizar uma política econômica ortodoxa, talvez simbolizada pela potencial materialização do convite a Henrique Meirelles para assumir a Economia, e compor alianças. 

Corolário: diminui bastante o risco de cauda, aumenta a possibilidade de um real governo de centro, cresce a chance de discussão mais profunda sobre a nova âncora fiscal, tão necessária no momento. Fica pendente uma agenda mais séria em prol dos ganhos de produtividade e grandes reformas estruturais, mas aí talvez seja pedir demais. Ainda estamos no Brasil macunaímico de sempre... quem sabe num governo Zema 2026? A ver...

Conforme já se observa nos ETFs lá fora, o desempenho de curto prazo dos ativos de risco deve ser bastante positivo. Há tempos temos escrito que as eleições seriam um driver favorável para os mercados locais e reiteramos esse prognóstico. Mais do que isso, não deveríamos negligenciar a probabilidade de repetirmos algo semelhante ao final de 2018 e todo o ano de 2019, com forte rali por aqui; ou engatarmos um ciclo semelhante àquele de 2003-2007.

Setorialmente, estatais federais deveriam andar bastante bem no curto prazo – Petrobras (BVMF:PETR4), em particular, ainda se beneficia da vigorosa alta do petróleo, diante das sinalizações de possível corte na produção da Opep. Sabesp (BVMF:SBSP3) ganha atratividade com a vantagem de Tarcísio e seu viés privatizador. Copasa (BVMF:CSMG3) e Cemig (BVMF:CMIG4) podem ir pelo mesmo caminho, em especial essa última – o governador Zema tem como sonho pessoal a sua privatização. Em contrapartida, educacionais poderiam devolver um pouco dos ganhos recentes, muito ancoradas na perspectiva de retomada de um FIES mais amplo no caso de volta do ex-presidente Lula. Não compactuo com a ideia de que vale o mesmo para as incorporadoras de baixa renda — independente de quem seja o novo presidente, considero que o segmento continuará alvo de importantes subsídios. Ademais, incorporadoras representam um elevado beta sobre o Ibovespa e as taxas de juro.

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Mas não nos empolguemos demais. Já estamos um pouco velhos para isso. As falsas esperanças e as expectativas ingênuas ficaram ali naquela curva Tamburello, em Ímola, maio de 1994. 

O pleito muito apertado pode abrir caminho para a possibilidade de Terceiro Turno ou risco Banana Republic, uma contestação mais forte das eleições que viessem a despertar mobilizações de rua e risco às instituições. Note que, até agora, as eleições caminham de forma bastante ordeira, o que inclusive é bom sinal ao investidor estrangeiro – a pior democracia ainda é superior à melhor das autocracias; e isso está valorizado, principalmente quando olhamos outros países emergentes. Contudo, não há garantias de que será assim no caso de uma eleição muito apertada. Política é retórica e viés de confirmação – a narrativa precisaria continuar viva.

Em paralelo, o exterior é fonte de grande preocupação. A China enfrenta um grande problema imobiliário, com papo de novo default semelhante àquele da Evergrande (OTC:EGRNY). As condições financeiras em âmbito global se apertam a um ritmo alucinante e seria improvável atravessarmos essa crise sem que uma grande baleia apareça boiando por aí. O rumor é de que se trata do Credit Suisse (SIX:CSGN). O boato existe há seis meses, mas está bastante alto agora. Bancos são especialmente problemáticos pelo seu componente sistêmico e pela tradicional profecia autorrealizável – o próprio rumor de quebra dispara a corrida bancária que o empurra do precipício.

Mais do que nunca, estamos long (comprados) em Bolsa brasileira e short (vendidos) em S&P 500. Estudamos aumentar a exposição short lá fora. Dedo no gatilho. 

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Últimos comentários

Uma colcha de clichês e frases prontas. A propósito, tire “macunaímico” do seu repertório. Você a utiliza em 11 de cada 10 textos.
Filho do Erico Rocha 6em7 vendedor de assinaturas sabe nada, somente replica o que escuta dos comentaristas alienados da Globo.
O senhor não investe na bolsa ?
Felipe Otário
esse comentário e para trabalhadores e investidores, lambe bolas de políticos passar direto. O fato é que independente de quem ganhar estamos fodidos o brasil tem um fiscal caótico e uma divida publica altíssima e reformas nunca foram tão importantes ,e dos 2 que estão no segundo turno não vejo nenhum deles conseguindo da um jeito no fiscal e reformas bem eu não coloco expectativas ,a verdade é que estamos diantes de 2 populista ou seja estamos fodidos,sugiro que comprem ouro ou bitcoin e cogitem da o fora dessa jossa!
Então vá lá se candidatar Jesus.
a diferença entre bandido e mocinho, como ainda aqui temos justiça a favor de bandido , o roubo compensa, mais um dia eles vão ter conta pra pagar e poderá ser o sofrimento eterno. Deus nós proteja
Para o Miranda o inimigo foi Dilma e agora é outro: cenario financeiro externo ja que o lula estará limitado pela oposição. Mas nao o inimigo nao é outro, ele voltou a cena do crime, continua sendo Globalismo, Nom e Socialismo. Estamos velhos sim, talvez nossa geracao nunca vera um pais como o qual Senna sonhava, campeão, mas continuaremos a tirar agua do barco com caneca, desistir jamais.
O inominável não passa de um golpista mimado, não sabe perder, fica aí tentando insuflar seus apoiadores, cúmplices de um projeto perverso.
perverso é ter um bandido na presidência. lula na cadeia.
Nosso país está sob ataque. A caneta do executivo vai pras mãos de um ladrão que pode comprar o congresso e até os militares, e vem essa matéria da imbecil. Nossa bolsa sobe porquê nossos concorrentes entraram nela para enganar nossa população. Quando mostramos PIB recorde, nada mudou, quando mostramos deflação nada mudou, quando mostramos criaçãod e empregos melhor que o primeiro mundo, nada mudou, quando sobe um ladrão á presidência o ambiente de negócios fica melhor???Vem a investing e diz que é por causa do congresso bolsonarista a alta do IBOV? De boa ...vai pra onde você sabe que deveria ir. Nosso país esta sob ataque.
Desculpe, a parte final não era pra ti, fiz um control c e v e acabei esquecendo de apagar
nossa que pena que você só em dinheiro, super falso , vai trabalha, fala do Senna, Presidente mais trabalhador , queria colocar as coisas velhas pra fora , agora monte lixo volta, nada bem com eles você, aproveite , Brasil já era
que texto mais infeliz ao mencionar morte de Ayrton Senna em 1994 . lixo de analista , de quinta categoria .
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