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Twitter: O que Elon Musk Quer das Ações da Empresa?

Publicado 11.04.2022, 20:56
Atualizado 09.07.2023, 07:31

Em 4 de abril, Elon Musk revelou que detinha mais de 9% de participação no Twitter (NYSE:TWTR) (SA:TWTR34). A notícia de que o CEO da Tesla (NASDAQ:TSLA) (SA:TSLA34) havia se tornado um dos maiores acionistas da rede social fez com que suas ações subissem 27% naquele dia e mais 2% no pregão seguinte.

TWTR semanal

Apesar de todo esse otimismo inicial ter diminuído um pouco, já que o TWTR recuou 9% nos três pregões seguintes, os investidores da empresa claramente ainda encaram a participação de Musk como positiva.

E tudo indica que esses investidores estejam certos. Depois de anos de resultados financeiros decepcionantes e de um desempenho minguado em suas ações, o Twitter precisava mesmo de uma sacudida. Resta saber se a participação de Musk terá um impacto mais duradouro do que o impulso que o papel teve no curto prazo.

Para responder isso, os investidores precisam se fazer outra pergunta: o que Musk quer com seu investimento nas ações do Twitter? Existem várias respostas possíveis:

Resposta 1: Lucro

Pelo menos até certo ponto, o investimento de Musk no Twitter foi motivado pelo seu desejo de ganhar dinheiro.

Sabemos que isso é verdade, por conta da forma como Musk foi montando sua posição. De acordo com o formulário 13D registrado junto à SEC, comissão de valores mobiliários dos EUA, Musk começou a comprar as ações do TWTR em 31 de janeiro. Passaram-se dois meses até a revelação dessas compras pelo registro na SEC, que inclusive saiu com atraso.

Se Musk não se importasse com o preço que estava pagando pelo Twitter, poderia ter anunciado suas intenções, ou pelo menos dado alguma indicação, com antecedência. Ele decidiu não fazê-lo, preferindo comprar sua participação (a um preço mais barato) antes que o mercado soubesse dos seus planos.

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Quero deixar claro que não se trata de uma crítica. Musk tem o direito de querer lucrar, seja através das ações do Twitter ou de qualquer outro meio. E ainda que Musk seja atualmente a pessoa mais rica do planeta, seu investimento no Twitter não foi feito com dinheiro de “mentirinha”.

Musk gastou cerca de US$2,64 bilhões para adquirir sua participação de 9,1%. Sim, isso equivale a cerca de 1% do seu patrimônio declarado, mas, de acordo com o registro da SEC, Musk pagou em dinheiro por essa participação.

A maior parte da sua fortuna não é líquida, inclusive suas consideráveis vendas de ações da Tesla no fim do ano passado. Musk certamente não está arriscando sua fortuna no Twitter, mas sua participação, que agora vale US$3,38 bilhões, representa uma porção substancial do seu dinheiro disponível. E mesmo para uma pessoa que tem um patrimônio bem superior a US$200 bilhões, US$740 milhões de lucro com papéis não é nada desprezível.

Resposta 2: Diversão

Mas, sejamos justos. O lucro não é a única motivação de Musk aqui. Não é como se o CEO da Tesla não tivesse capital. E ele não é Warren Buffett, que compra regularmente grandes participações em empresas que acredita estarem subvalorizadas.

Musk escolheu o Twitter porque, pelo menos em parte, ele gosta da empresa. Ele gosta tanto do Twitter que acabou pagando uma multa de US$20 milhões por causa de um tuíte, e ainda disse que “valeu a pena”. Se, por um lado, o CEO ajudou a combater a mudança climática fabricando carros elétricos, de outro, agiu como um verdadeiro “trolador” nas redes sociais.

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Agora que Musk é o maior acionista do Twitter, isso sem dúvida melhora sua experiência no site. Ele já perguntou se a empresa não deveria retirar o “w” do seu nome, sugeriu mudar a sede do Twitter para um abrigo de pessoas sem-teto e provocou a plataforma ao questionar se ela estava morrendo.

Nenhum desses tuítes destoa do longo histórico de publicações de Musk no site. É de se imaginar, entretanto, que Musk ache um pouco mais de graça nesses tuítes, em vista da sua nova estatura como maior acionista da empresa.

Resposta 3: Arrumar o Twitter

Dito isso, Musk também fez comentários mais sérios sobre o seu novo investimento. Ao anunciar inicialmente que entraria no conselho do TWTR, Musk tuitou que esperava ajudar a “realizar melhoras significativas no Twitter”.

Na semana passada, ele mencionou a criação de um botão de “editar”, bem como uma pesquisa para avaliar o sentimento.

Ele também fez recomendações para o Twitter Blue, serviços por assinatura da companhia.

Sem dúvida, Musk escolheu o Twitter como investimento porque adora a plataforma. (Ele já tuitou mais de 17.000 vezes.) Parece claro que parte de sua motivação em dizer que entraria no Conselho era corrigir o que, em sua visão, eram pontos fracos da plataforma.

Mas, no domingo, o Twitter anunciou que Musk havia “rejeitado sua oferta de integrar o Conselho da empresa de mídia social”. Em nota publicada em sua plataforma nesta manhã, o CEO Parag Agrawal disse: “O Conselho da companhia realizou muitas discussões com Musk, mas ele não declarou a razão para sua decisão”.

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Resposta 4: Política e poder

Apesar da abrupta mudança em relação ao Conselho do Twitter, está claro que Musk acredita que um dos maiores pontos fracos da companhia seja sua política de moderação. Musk já criticou várias vezes a plataforma, afirmando que ela era contra a liberdade de expressão.

Em dezembro, ele retuitou um meme que comparava o CEO do Twitter, Parag Agrawal, ao ditador genocida Joseph Stalin. Em março, enquanto comprava ações do TWTR (sem ainda revelar suas compras), ele criou uma pesquisa sobre a aderência da plataforma a princípios de liberdade de expressão. Abaixo desse tuíte, ele comentou que “as consequências dessa pesquisa serão importantes”.

Tudo leva a crer que Musk, quando avaliava assumir um assento no Conselho, pretendia lutar por mais liberdade de expressão na plataforma. De fato, colaboradores do Twitter já haviam expressado preocupações. E o investimento de Musk gerou rumores de que o resultado final poderia ser o retorno do ex-presidente americano Donald Trump à plataforma, após sua remoção em 6 de janeiro de 2021.

Mesmo após a drástica mudança de posição de Musk sobre o Conselho, ainda existe a expectativa de “distrações pela frente”, como observou Agrawal em sua postagem, embora dissesse que “nossos objetivos e prioridades continuam inalterados”.

O que tudo isso significa para as ações do Twitter

Sem dúvida, todas essas razões, além de outras, estavam em jogo no investimento de Musk. Mas cada uma delas tem potencial de gerar um resultado bastante diferente para as ações do Twitter daqui para frente.

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Como dissemos, estamos falando de uma empresa que precisava de uma mudança, pelo menos da perspectiva dos acionistas. No fechamento de US$39,31 do pregão anterior ao anúncio da participação de Musk, os papéis do TWTR eram negociados abaixo do fechamento da sua estreia nas bolsas em 2013. (No fechamento de sexta-feira de US$46,23, encontravam-se cerca de 18% acima desse nível).

O fraco desempenho da ação se deve, em grande medida, ao fraco desempenho dos seus negócios. Em 2021, o lucro operacional ajustado (que exclui um acordo judicial não recorrente), representava apenas 5% da receita, um número extraordinariamente baixo para uma plataforma comercial. O crescimento do número de usuários ficou praticamente estagnado. Outras empresas de mídia social ficaram bem à frente da companhia. O valor de mercado da Meta Platforms (NASDAQ:FB) era mais de quinzes vezes maior que o do Twitter, e até mesmo a Snap (NYSE:SNAP) tinha uma capitalização 50% maior.

O envolvimento de Musk, em razão da dimensão da sua participação, ainda que ele não integre o conselho, pelo menos tem potencial para consertar alguns desses problemas, como melhorar a experiência de uso, crescimento e rentabilidade. Mas até quando esse envolvimento realmente vai durar?

Será que a ação do Twitter é apenas mais uma versão do Dogecoin para Musk, uma criptomoeda com a qual ele parecia brincar no ano passado? Se Musk está comprometido com a mudança, será que seu único objetivo –– ou pelo menos o principal deles – é aumentar a lucratividade?

Um tuíte da semana passada parece indicar que esse não é necessariamente o objetivo de Musk, depois que ele sugeriu que o “Twitter oferece [...] zero anúncios para usuários que pagam por recursos premium".

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Será que Musk cogita remover os anúncios do site para fazer as pessoas falarem mais? Porque ele acreditaria que isso possa ajudar a melhorar a receita e os resultados da companhia no longo prazo? Ou porque isso tornará o Twitter melhor para si e o mundo?

Não sabemos ao certo porque Musk decidiu não ingressar no Conselho de Administração do Twitter. Talvez porque o valor ao acionista não seja seu objetivo mais importante?

Com o tempo, descobriremos as respostas para todos esses questionamentos. E, sem dúvida, as respostas podem muito bem ter um grande efeito na direção das ações do Twitter daqui para frente.

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