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Política Monetária: O Que Esperar da Última “Super Quarta” do Ano?

Publicado 16.09.2020, 07:05
Atualizado 09.07.2023, 07:32

Nesta quarta-feira (16) teremos a última “super quarta” do ano e ela promete ser ainda mais especial em vista dos momentos distintos de Copom e Fed, com o primeiro fechando o ciclo de cortes de juros e quem sabe mudando o tom do comunicado, enquanto o outro terá que explicar seu novo mecanismo de política monetária.

Por ordem cronológica vamos começar falando da decisão de política monetária do Federal Reserve.

Às 15h, o BC norte-americano não surpreenderá ninguém ao manter o juro entre 0% - 0,25% ao ano e talvez decepcionar alguns otimistas ao não reforçar as compras de ativos após o sell-off das bolsas norte-americanas neste começo de mês. O que realmente irá mexer com o mercado será a entrevista do presidente do Fed, Jerome Powell, às 15h30, com sua explicação sobre o novo framework da política monetária.

Na última quinta-feira de agosto, durante o simpósio anual de Jackson Hole, o presidente do Fed anunciou uma mudança na condução da política monetária que bem resumidamente tem como objetivo o pleno emprego e uma tolerância maior para a inflação, vide que está estagnada por anos, ou seja, uma nova estrutura dovish que vem em uma hora emergencial.

A principal mudança foi adoção de um sistema de AIT (Average Inflation Targeting) mirando uma inflação média de 2% ao longo do tempo. Assim, desvios persistentes abaixo da meta seriam compensados em períodos subsequentes, permitindo que a inflação rode em níveis moderadamente acima da meta por algum tempo.

Quando o Fed tira da frente um dos obstáculos para um eventual aumento do juro ou mudança do viés dovish da política monetária, o BC dos EUA está sinalizando ao mercado que manterá as políticas expansionistas o tempo que for necessário. 

A grande dúvida e que deverá ser o tema da entrevista de Powell será a estratégia do Fed em seguir apoiando a economia. Novos pacotes de estímulos? Seguir com juro baixo e deixar a economia rodar? E considerando o fato de que a nova estratégia deve reduzir a necessidade de manter a inflação baixa, o crescimento será o norte da política monetária?

Existem muitas dúvidas dos players do mercado (juro, ouro, dólar, ações, etc.) e na minha opinião apenas uma certeza: se Powell não sinalizar que o Fed está aberto para uma nova rodada de estímulos deveremos presenciar uma correção adicional das bolsas por conta dos efeitos de curtíssimo prazo.

No final da tarde, assim que encerrado o leilão de fechamento dos contratos futuros por volta das 18h03, será divulgada a decisão de política monetária do Copom e no caso brasileiro tudo será importante.

Depois de cortar a Selic por nove vezes consecutivas saindo de 6,5% em agosto do ano passado para 2% ao ano o Comitê de Política Monetária deverá manter o juro neste patamar na reunião de setembro. Apesar de esperada, essa decisão será um marco para política monetária brasileira, pois irá se encerrar um grande ciclo expansionista e esse tom hawkish que o BC terá que dosar muito bem no comunicado.

Apesar da expectativa de inflação ainda abaixo da meta (2,5%) para esse ano, a alta nos preços dos alimentos e da gasolina que resultou na maior alta do IPCA (+0,24%) para o mês de agosto desde 2016, como na explosão dos IGPs (Índice Geral de Preços), deve gerar um alerta entre os membros do Comitê.

Somado isso, temos os riscos fiscais persistentes e sem uma solução efetiva. Na verdade muito pelo contrário, pois o déficit público caminha para um novo recorde, fazendo cada vez mais crescer a aposta do mercado para o furo do teto de gastos.

Colocando tudo isso na conta já é possível observar um viés de alta para a Selic na parte longa da curva de juros e o tom do comunicado será importante para achatar a curva (devolver prêmio) ou quem sabe dar combustível para essa expectativa.

Observando o último comunicado e o próprio comportamento do Copom essa pressão inflacionária não deverá mudar a avaliação de “manter a política monetária estimulativa por tempo prolongado” uma vez que estamos vivendo um choque de oferta e há um grande hiato do produto. O que pode mudar o forward guidance dado pelo Bacen é uma deterioração ainda maior do fiscal e isso não deve ocorrer de uma hora para outra. Neste sentido, a chance da curva devolver esse prêmio é razoável.

Últimos comentários

by Dilma Rousseff
Inglês ou Português?
Mais indeciso que a Dilma, " Ninguém vai ganhar ou perder , todos vão perder , quem perder é aquele que não ganhou, aquele que ganhou.... mas tbm não ganhou.
procurar um tradutor
ok , plausivel
Gosto muito fo Rafael Ribeiro, mas, ele sempre é pessimista em suas análises.
Meu amigo quando voce fala Dovish ou Howkish esta parecendo membros do STF vai direto no assunto. Juro alto ou baixo. Nao precisa ficar falando bonito o tempo todo
tá parecendo médico falando tecnicamente para seus pacientes kkk
tá parecendo médico falando tecnicamente para seus pacientes kkk
tá parecendo médico falando tecnicamente para seus pacientes kkk
Boa análise. Apertem os cintos que o piloto sumiu
Pode ser um pouco mais didático, claro... e Objetivo.
Comprado até as 15:29, quando começar o discurso do Powell eu viro pra vendido e vamos ver
kkkkk ótimo resumo para traders.
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