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O que esperar das ações do Bank of America, após o balanço?

Publicado 19.10.2022, 14:51
Atualizado 09.07.2023, 07:31
  • Parece fácil defender um cenário de baixa para o BAC, em meio aos riscos cada vez maiores de recessão.
  • Mas a alta de juros parece estar favorecendo os resultados do BofA, muito mais do que o banco projetava.
  • Tudo indica que a instituição pode ter resultados melhores do que se esperava, e o mesmo vale para suas ações.
  • Para alguns investidores, as ações do Bank of America (BVMF:BOAC34) (NYSE:BAC) são uma clara venda no momento. Sim, o papel está barato, mas os riscos macroeconômicos sem dúvida estão aumentando. Em meio aos aumentos de juros do Federal Reserve, uma recessão no curto prazo é cada vez mais provável. E o BofA, assim como outros bancos, enfrentarão dificuldades em um ambiente recessivo.

    À primeira vista, essa análise faz sentido, mas ignora um fato-chave. Essas mesmas elevações de juros por parte do Federal Reserve, responsáveis por despertar temores de recessão, também podem acabar favorecendo os resultados do Bank of America. Esse impulso pode compensar a pressão decorrente das perdas com crédito, bem como da queda de receita e de lucro em suas operações de investment banking.

    Cabe ressaltar, contudo, que isso não significa que o Bank of America não sofrerá qualquer impacto do ambiente externo ou que a empresa continuará aumentando seu faturamento, independente do que acontecer na economia. Mas significa que, como o papel está sendo negociado a um múltiplo de 11x os resultados, os investidores podem estar tendo uma reação exagerada aos riscos no curto prazo e deixando passar oportunidades no longo prazo.

    BAC semanal

    Fonte: Investing.com

    Consumidor forte

    Ao ouvir os executivos durante a teleconferência de resultados do 3º tri, é fácil ter certa desconfiança em relação às ações do BAC.

    O CEO Brian Moynihan passou um bocado de tempo falando sobre a força dos clientes do BofA. O CEO apontou que o gasto geral registrou uma alta de 12% ano a ano no trimestre. De acordo com o diretor-geral financeiro, Alastair Borthwick, as baixas líquidas de empréstimos incobráveis “continuam baixas e estáveis”.

    Para o terceiro trimestre, essa é uma boa notícia. Porém, olhando para frente, suscita preocupações. A qualidade do crédito do BofA segue bem acima do nível pré-pandemia, o que pode se tornar um problema em um ambiente recessivo.

    A preocupação é que o banco possa enfrentar uma grande pressão no segmento de crédito no futuro. Somente a normalização pós-pandemia provocará perdas maiores com crédito, antes mesmo da desaceleração econômica. O fato de que, de acordo com os executivos, há poucos sinais de fraqueza por parte dos consumidores não significa que tal fraqueza não possa vir a ocorrer. Em vez disso, significa que os lucros nesse negócio estão mais próximos de um topo cíclico.

    Riscos em outros segmentos

    Uma recessão não é apenas um problema para os negócios com consumidores. As taxas de investment banking já estão em queda, em meio ao atual bear market nos EUA, com a receita recuando 46% ano a ano. Os ativos na unidade de Gestão Global de Investimentos e de Patrimônio registraram uma queda de 12% a/a, graças aos valuations menores do mercado.

    Aqui também há a preocupação de que o BofA esteja perto de um topo, mesmo que a pressão tenha aumentado mais rapidamente do que no setor de consumo. Inclusive os traders do banco tiveram um excelente terceiro trimestre, mas isso não é uma surpresa: a volatilidade aumentou no período, e os traders institucionais se beneficiam dessa condição.

    Todo esse cenário pode acabar piorando e, mesmo após o rali pós-balanços, os investidores parecem acreditar que, de fato, isso vai acontecer.

    Margem líquida de juros é suficiente?

    Mas, novamente, há um forte vento favorável gerado pelos juros. Grandes bancos, como o BofA, viram suas margens líquidas de juros – o diferencial entre os juros recebidos de empréstimos e os juros pagos nos depósitos – afundarem no período de juros baixos. A ação do Fed está permitindo que essas margens finalmente se normalizem.

    Tal normalização tem um enorme impacto nos lucros. No 3º tri, o BofA afirmou que as margens líquidas de juros contribuíram com US$ 1,3 bilhão no lucro e, no próximo trimestre, a expectativa é que a contribuição aumente mais US$ 1,25 bilhão ou mais. E mais impulso pode acontecer no primeiro semestre de 2023.

    Levando isso em consideração, em seu conjunto, as provisões para perdas com crédito e baixas líquidas de empréstimos incobráveis no 3º tri de 2022 ficaram apenas US$ 172 milhões abaixo do mesmo período de 2019. O lucro do segmento de global banking, no geral, foi de cerca de US$ 2 bilhões.

    A normalização da margem líquida de juros compensou grande parte da pressão sobre as outras frentes de negócio nos últimos trimestres. Não necessariamente todas, seguramente, mas as margens líquidas de juros rechaçam o argumento de que o BofA está prestes a registrar uma rápida e profunda queda nos resultados.

    As ações do BofA estão baratas?

    Nesse contexto, o BAC pelo menos parece intrigante. O valor de preço/valor patrimonial é de cerca de 1,18x e, como mencionei, a métrica de preço/lucro deste ano deve ser de cerca de 11x. Nenhum desses múltiplos indica que a ação esteja cara.

    E, o mais importante, não estamos falando sobre o mesmo Bank of America que quase foi à bancarrota na crise financeira de 2008-09. Seu balanço está muito mais sólido. Sua exposição ao mercado imobiliário é muito menor.

    Esses atributos não significam que o BofA não esteja suscetível a uma crise macro. Mas apontam que, quando essa crise chegar, as ações do banco podem performar muito melhor do que os pessimistas esperam.

    Aviso: No momento em que escrevia este artigo, Vince Martin não tinha posições em quaisquer dos ativos mencionados.

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