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O Que Importa Mesmo é Ganhar Dinheiro

Publicado 22.10.2013, 21:59
A segunda vez é ainda melhor

Lá vou eu de novo, brasileiro nato, escrever meu segundo Mercado em 5 Minutos. Dá gosto olhar para esta belezura de Ibovespa. Maiores altas neste momento: Gol, OGX, MMXM e PDG. Só coisa fina. Por “coisa”, entenda-se: margem de lucro ou geração de valor ao acionista.

O American Pie típico


O rali dos nomes associados a fluxo, e não a fundamentos, é de certa forma compreensível. A economia norte-americana criou apenas 148 mil empregos no mês passado, segundo dados anunciados hoje (com atraso por conta da paralisação do governo).

A expectativa era de 180 mil novos postos de trabalho. Com isso, fica para uma outra hora ou, melhor dizendo, para outro ano o início da retirada dos estímulos monetários. A farra da liquidez continua no curto prazo – e, com ela, as ações de maior perfil de risco. O tar “beta” alto larga na frente.

Cedo ou tarde, vamos cair na realidade de que precisamos apagar as luzes, abaixar o som e mandar o pessoal para suas respectivas casas. O dinheiro barato não pode continuar para sempre. E aí terá chegado a hora da onça beber água.

O que importa mesmo é ganhar dinheiro


Mas, abrindo meu coração, acho essa história de monitorar indicador macro para balizar investimento em ações uma espécie de terapia ocupacional. Não quero dizer que o macro não importa. Ele tem relevância, sim. No entanto, é totalmente imprevisível e esse tipo de aposta tem baixíssima previsão.

Eu prefiro me apegar ao micro. Sobre isso, há maior visibilidade e eu posso controlar mais as perdas se estiver errado. Se você erra uma análise macro, todo o resto vai pro espaço. Imagina que você estima alta da Selic e vai atrás de ações que se beneficiam disso.

Provavelmente, encontrará, de fato, os principais beneficiados pelo juro maior. Ocorre que, na prática, a Selic acaba caindo, e não subindo. Como fica? Já se você erra pequeno, no escopo micro, o equívoco é local, sem espraiar-se pelo resto do portfólio. Qualquer decisão pequena e descentralizada envolve menos risco.

Um exemplo prático


Quando montamos nossa carteira de Ações para ficar Milionário, aplicamos com precisão essa abordagem micro. O que buscamos? Valuations muito descontados, vantagens competitivas de longo prazo e uma assimetria interessante entre o que perdemos no caso de estarmos errados (deve ser pouco) e quanto ganhamos caso estejamos certos (muito).

Agora deixa eu perguntar: o que você busca em Bolsa? Você quer multiplicar seu capital ou quer preservar seu patrimônio? E se eu apresentasse uma ação que poderia oferecer as duas coisas: perfil defensivo pela previsibilidade dos fluxos de caixa e potencial de dobrar em período de tempo razoavelmente curto? De tão boa, essa empresa vestiu a 11 do baixinho Romário e passou a integrar nosso portfólio de Ações para ficar Milionário.

Visitei a companhia na última sexta-feira e sai bem motivado. Quem se interessa por coisas desse tipo está convidado a assinar a série: quem o fizer nesta semana, por exemplo, vai levar, na vasca (100% grátis), um relatório atualizado de Unicasa (o Gabriel tem call marcado com a Diretoria da empresa para hoje). Além disso, a assinatura sai com um belo desconto.

Seção perguntas e respostas


Agradeço a todos aqueles que se dispuseram a namorar comigo, aceitando o convite para mandar sugestões no meu email logo no primeiro dia. Gosto dessa coisa de paixão à primeira vista. Dá um ar de romantismo legal. Estão todos convidados, proposta sem preconceitos, deixando as dúvidas sair do armário sem medo. Escolhi algumas perguntas para responder.

Vou tentar tratar das outras nos próximos dias. Peço desculpas por não conseguir atender a tudo. Seria humanamente impossível. Mudando um pouco as perguntas (preservamos o essencial) para dar mais dinamismo:

- “O que pensa do euro?” Prefiro o dólar.

Quem está realmente bem na Europa? Reino Unido, que está fora da moeda única, e Alemanha, que é ainda mais ilha do que a Inglaterra em termos de produtividade. Série de eleições em 2014, uma atrás da outra, pode trazer mais vol e resgate das críticas francesas ao euro.

Nos EUA, redução da oferta de moeda é uma realidade, mesmo que atrasada. Dá-lhe Friedman e o argumento monetarista para apostar nos verdinhos, que não é uma moeda de segunda.

- “Kepler ainda anda?” Pode andar, mas daquele jeitão. Imagina um silo andando no meio das propriedades agrícolas. É mais ou menos isso. Espaço já é bem reduzido. Cenário macro ainda favorável, mas concorrência gringa impõe desafios em face à maior tecnologia. Float também reúne uma mistura bem sui generis. Há bolhas mundiais e, para lembrar do meu amigo Douglas North, há bolhas institucionais. Sim, eu prefiro SLC.

- “Como pode haver expansão para Unicasa, se vocês mesmo falam do esgotamento do modelo de crescimento apoiado em consumo com crédito?” Porque a dinâmica aqui é diferente. O crescimento dela hoje é a evolução do consumo e da construção civil ontem.

As incorporadoras lançam (pensa no boom de 2008/09), o prédio fica pronto e somente ai você vai comprar móvel. Para reforçar, nem precisa crescer muito para ser atrativa: a 11x lucros e pagando 9% de yield, pode ficar imóvel que já é boa.

Curtinhas

E para atender um pouco mais de gente, falo rapidinho de outras questões: - “O que acha de Panamericano?” Espero um belo resú no terceiro trimestre. Turnaround muito bem feito, consolidando o banco como algo muito diferente entre os pequenos/médios.

- “Vale a pena Viver?” Se não morrer, vale. Bem alavancada e de alto risco, mas muiiito descontada. De novo, alto risco! Parte boa é que, se virar, tem bastante upside e float é top de linha.
- “Se tiver crise imobiliária, como ficam os FIIs?” Se tiver crise, ficam em crise. E vai haver. Só não acho que é para agora.
- “O que pensam da Eneva?” Sempre gostei da ideia de um player para diversificar matriz energética. Modelo integrado permite fazer energia térmica barata. Sem o X no nome, vida nova pra ela.
- “Por que vocês falam tão pouco de Banco do Brasil?” Porque o mercado tem falado por si só, com as ações subindo 10% em 30 dias. Preferimos não falar demais.

Hell is from here to eternity

Isso aqui ninguém me perguntou, mas sinto quase obrigação em dar esse feedback, como um defensor de longa data do case e da ideia de que o jogo ainda é expor-se a premium em incorporadoras. Devo reconhecer: Helbor soltou uma prévia fraca relativa ao terceiro trimestre. Lançamentos caíram quase 8% e vendas contratadas cederam 13,7%.

Velocidade de vendas de apenas 12,9%. Apesar disso, reitero minha perspectiva favorável para a ação. Acho que margem boa pode contornar fraqueza de lançamentos e vendas no tri. Muito enxuta, estrutura de capital equilibrada, bons dividendos, valuation razoável (já não é mais aquela barganha, mas tem upside) e excelente management (tanto pelo conhecimento da família controladora quanto pela competência do Roberval). Sou uma espécie de Mark Twain: ainda prefiro o inferno (hell) pela companhia.

Para visualizar o artigo completo visite o site da Empiricus Research.

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