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O que o agronegócio deve esperar de 2014

Publicado 10.12.2013, 12:55
Atualizado 09.07.2023, 07:32
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Fim de ano é momento de reflexão e para o setor da soja não poderia ser diferente. Fazemos um balanço de como foi em 2013 e criamos nossas expectativas para 2014. Tenho dito que o balanço do ano que se finda foi positivo ao agronegócio, principalmente porque as dificuldades de logística para o escoamento da safra chamaram a atenção do povo brasileiro ao caos formado pela falta de infraestrutura, e isto fez com que fossemos vistos.

O agronegócio em 2013 cresceu, atingimos números recordes seja na soja ou no milho. E apesar das dificuldades de escoamento, também batemos recordes de exportação, afinal a China precisa de soja e melhor ainda abriu seu mercado para o milho brasileiro. Apesar dos custos altíssimos de produção, conseguimos obter rentabilidade na cultura da soja. Por outro lado, no milho ficamos dependentes do governo, caso contrário o prejuízo seria maior, mas tudo isto devido à péssima logística brasileira.

Bom, já que em 2013 fomos acompanhados de nossos velhos problemas, como alto custo do frete, as legislações severas e que tornam a mão-de-obra brasileira a menos competitiva do mundo, a logística que pouco se fez e muito se falou, afinal a BR-163 continua lá a espera de conclusão um dia. Da morosidade do estado emergência que não é urgente, e sermos obrigados a continuar enfrentando a lagarta Helicoverpa de estilingue, e após cinco anos de briga conseguir que o governo registrasse apenas um produto a mais para controle da ferrugem, podemos dizer que temos muito trabalho pela frente.

Já para 2014, embora renove minhas esperanças, vejamos se sou pessimista ou realista, o que não suporto ser. Acredito que neste próximo ano o governo pouco fará para facilitar nossa vida, já que não acredito muito em mudanças radicais. Primeiro porque é um ano eleitoral e como fazer o que não se fez em três anos em apenas um. Depois, porque temos copa do mundo e todos também terão entre as suas prioridades fazer bonito tanto no futebol quanto nas exportações.
Porém, se eu for otimista, como temos um ano de eleição o governo com mandato vai botar pra quebrar. E tem muita coisa que deveria quebrar, literalmente, fazendo mudanças radicais para mostrar que no próximo mandato teremos agilidade, seja no andamento de obras, seja na liberação de licenças ambientais. Com isto, teremos já no início de 2014 um governo empenhado em mostrar para o mundo um Brasil que funciona não só no futebol, mas também naquilo que faz o país crescer.

Meu lado otimista está aqui pensando: o governo não vai querer conviver com o caos logístico de 2013 que ocorreu, principalmente, nos momentos que a Copa do Mundo estará acontecendo. Imagina milhares de quilômetros de caminhões trancando as estradas e os acessos dos turistas internacionais, sem dúvida transformaríamos no país da copa do caos. Mas meu lado otimista acredita que tem gente no governo pensando seriamente nisto.

Por outro lado, 2014 será um ano em que o setor produtivo deve estar preparado para grandes embates, um deles claro o eleitoral. Tenho dito repetidas vezes que se espera muito do governo, do presidente, mas a maior parte de nossas soluções está no Congresso Nacional. O cerne de nossas dificuldades está na legislação centralizadora e governamentista, aliado a um segundo e terceiro escalão, muitas das vezes, ideológico e assim o país para.
Sendo assim, o setor produtivo deveria se envolver fortemente na eleição, buscando apoio nas assembleias legislativas estaduais e no Congresso. E para que isto aconteça, é preciso sair da posição “devemos ser reconhecidos”, e partir para a posição de “somos lideranças do setor”. Como fazem os produtores dos EUA, buscando facilitar o seu destino e aumentar sempre sua competitividade a cada eleição.

Ou nos envolvemos seriamente no processo eleitoral ou perderemos as difíceis batalhas que temos pela frente, da legislação trabalhista, da questão indígena e da defesa vegetal. Sem falar que a nova legislação ambiental está longe de funcionar no campo. Problemas como trabalhista e Indígena que estiveram em segundo plano em muitas agendas, agora a cada ano serão prioritários. E como enfrentar uma guerra sem um exército?

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