O que são e por que investir em Stock Options

Publicado 12.02.2025, 10:30

As Stock Options são o direito de comprar ações de uma empresa a um preço predeterminado, demoniadas preço de exercício. Essas opções são comumente concedidas por empresas a seus funcionários como uma forma de incentivo, criando uma ligação direta entre o sucesso da empresa e o potencial de ganho do colaborador: A maior parte das startups de tecnologia possuem como seus sócios vários funcionários, dado que uma empresa jovem não conta com dinheiro suficiente para pagar pelo talento de um profissional experiente e valioso.

Atualmente, 90% das empresas tech do Vale do Silício, na Califórnia, oferecem Stock Options a seus colaboradores. Portanto, é comum que, quando uma pessoa entra em uma startup em estágio inicial, ou quando tal funcionário demonstrar valor à empresa, ele seja remunerado além do salário.

O preço de exercício destas opções costuma ser menor do que o de mercado, dando a ele o direito de comprar ações da empresa em que trabalha a um valor descontado: se o valor de mercado das ações ultrapassar o preço de exercício, ele deve exercer a opção, adquirindo as ações por este preço de exercício e revendendo ao mercado. Tal mecanismo é ainda mais valioso tendo em vista que a tendência de empresas tech é priorizar valorização e crescimento, representados pelo valor das ações, em contraste com uma empresa tradicional que tende a priorizar a lucratividade ao crescimento.

Como tipicamente não há liquidez fácil disponível para ações de empresas de capital fechado, muitas vezes, os colaboradores precisam esperar um evento de liquidez para vender suas ações como um IPO, M&A, recompra de ações para a tesouraria, entre outros. Quando esses eventos ocorrem, os preços das ações costumam ser mais altos do que o preço de exercício das opções. E o lucro é certo.

Para entendermos melhor: imagine um exemplo hipotético onde um dos primeiros colaboradores da OpenAI possua opção de compra de 30.000 ações por US$15 cada. Ele exerceria as stock options, comprando as 30.000 ações por US$450.000 (US$15 x 30.000 ações). Assumindo que 2 anos depois do exercício da opção, a empresa seja comprada a um valor de US$40/ação, ele teria um lucro de 167%, ou US$750.000. (adquiriu por US$450.000 e vendeu por US$1.200.000 (US$40 x 30.000 ações),

No entanto, muitos colaboradores não contam com os recursos necessários para adquirir suas opções e vender ao preço mais alto. Além disso, quando um funcionário deixa a empresa ou é desligado, é obrigado a exercer essas opções em um curto prazo. Caso contrário, perde o direito às ações, que retornam à empresa. Muitas vezes, o valor necessário para adquirir os papéis é elevado, o que cria uma barreira significativa para os ex-colaboradores.

Estima-se que, anualmente, cerca de 55% das stock options em startups não são exercidas, representando aproximadamente US$33 bilhões em valor de exercício não aproveitado. Em média, cada funcionário precisa de US$140.000 para exercer suas opções, uma quantia que muitos não têm à disposição. E é aí que as Stock Options entram como opção de rentabilidade ao investidor que pode financiar o capital necessário para que funcionários de empresas de tecnologia possam exercer suas opções.

Hoje já existem modelos de negócios, como da Cedar Tree, que oferece aos ex-funcionários de grandes startups um financiamento estratégico para que possam exercer suas stock options, obtendo uma parcela do futuro retorno em eventos de liquidez da empresa (tender offers, ofertas secundárias, M&As ou IPOs). Essa operação beneficia tanto o ex-funcionário quanto os investidores, que se tornam sócios indiretos de empresas com grande potencial de valorização. A perspectiva de retorno pode ser ainda maior porque as opções são exercidas com base em um valuation relativamente baixo. Ao final, no evento de liquidez, espera-se que o valor da empresa seja muito mais elevado, gerando ganhos significativos para todos os envolvidos.

O portfólio atual da Cedar Tree é composto de mais de 20 empresas que serão indiretamente investidas por meio dos Certificados de Recebíveis. Entre os investidores dessas empresas estão os globais renomados: Andreessen Horowitz, BlackRock (NYSE:BLK), SoftBank, Lightspeed, Point72 Ventures, Sequoia (BVMF:SEQL3), Tiger Global, Valor e 8VC.  

Esta é uma forma inovadora e diferenciada de se expor ao mercado de tecnologia dos Estados Unidos. O setor é impulsionado pela crescente valorização de empresas privadas que frequentemente alcançam ou superam o status de "unicórnio". No ambiente competitivo das startups norte-americanas, a possibilidade de obter uma participação indireta em empresas promissoras é restrita, com poucas oportunidades para investidores não institucionais.

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