Se o fim de semana tivesse um mercado aberto no Brasil, teria experimentado uma montanha-russa de emoções com os eventos e mudanças no mercado somente entre a abertura da Ásia e da Europa hoje.
O encontro do G7 trouxe um leve avanço favorável ao Brasil na questão da Amazônia, com o isolamento de Macron e sua retórica protecionista, mascarada de ambientalista, porém ainda não trouxe avanços concretos quanto aos problemas de assolam o mundo recentemente, como a falta de tração das economias, a eficácia das políticas econômicas e o Brexit.
O evento foi marcado por uma série de declarações desencontradas, temores de piora da guerra comercial, divisas de emergentes derretendo em desvalorização, tudo em reação ao tweet de Trump na última sexta-feira, dizendo que os EUA elevariam as tarifas de US$250 bi em produtos chineses de 25% para 30%.
Com o pânico instalado, já na cúpula do G7, Trump disse que lamenta não elevar as tarifas ainda mais, acrescentando que ele poderia declarar a guerra comercial EUA-China como uma emergência nacional.
Isso deflagrou uma reação do mercado no fim de semana, com o yuan off-shore caindo para um recorde de baixa em relação ao dólar, negociado em 7,1510 e o on-shore em 7,1418, após o PBOC (Banco da China) definir o ponto médio da referência oficial em 7,0570 por dólar.
Peso mexicano, lira turca, fechamentos na Ásia, todos sofreram com a informação que até aquele momento se desenhava, com o S&P futuro preconizando um início de semana com uma promessa tenebrosa.
Todavia, o ‘inesperado’ aconteceu e Trump tuitou pela manhã que a China quer reiniciar negociações comerciais, melhorando a abertura na Europa e os futuros em NY.
O problema é que a China nega, diz não ter ideia do que Trump está falando.
Assim, nada garante que o início aparentemente calmo nos mercados terá a menor condição de se manter, dado o fim de semana turbulento e a ausência de qualquer sinal concreto de avanços na guerra comercial entre EUA e China.
Como usual desde 2016, estamos todos reféns de um presidente instável, que trabalha via uma rede social, se arrependeu de parte das besteiras que fez, mas pode sentir que é tarde demais para voltar atrás.
Assim, começamos uma semana que conta com uma agenda significativa, com PIB nos EUA e Brasil, setor externo, resultados fiscais, desemprego e IGP-M.
O G7 continua até amanhã.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta após tuites de Trump aliviarem a guerra comercial.
Na Ásia, o fechamento foi negativo, com a promessa de taxação de Trump na sexta-feira.
O dólar opera em forte alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque ao ouro e a prata pelo caráter defensivo.
O petróleo abre em alta, com expectativa menor de recessão.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 2,01%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,1233 / 1,25 %
Euro / Dólar : US$ 1,11 / -0,233%
Dólar / Yen : ¥ 105,85 / 0,436%
Libra / Dólar : US$ 1,22 / -0,253%
Dólar Fut. (1 m) : 4117,38 / 1,15 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 20: 5,28 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 5,44 % aa (1,12%)
DI - Janeiro 23: 6,44 % aa (1,10%)
DI - Janeiro 25: 6,94 % aa (0,87%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -2,34% / 97.667 pontos
Dow Jones: -2,37% / 25.629 pontos
Nasdaq: -3,00% / 7.752 pontos
Nikkei: -2,17% / 20.261 pontos
Hang Seng: -1,91% / 25.680 pontos
ASX 200: -1,27% / 6.440 pontos
ABERTURA
DAX: 0,478% / 11666,99 pontos
CAC 40: 0,621% / 5359,94 pontos
FTSE: 0,000% / 7094,98 pontos
Ibov. Fut.: -2,42% / 98367,00 pontos
S&P Fut.: 0,466% / 2868,90 pontos
Nasdaq Fut.: 0,936% / 7574,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,55% / 76,41 ptos
Petróleo WTI: 0,76% / $54,58
Petróleo Brent:0,46% / $59,61
Ouro: 0,28% / $1.531,24
Minério de Ferro: 0,16% / $92,88
Soja: -1,20% / $14,77
Milho: 0,35% / $361,50
Café: -0,96% / $92,60
Açúcar: -0,95% / $11,47