O mercado futuro de açúcar em NY despencou 79 pontos na semana, alcançando a mínima de 16.20 centavos de dólar por libra-peso no vencimento outubro/2014, o ponto mais baixo desde fevereiro deste ano. Os demais meses de vencimento, apresentaram quedas entre 22 e 57 pontos, ou 5 e 13 dólares por tonelada, com a pressão maior sobre os vencimentos mais curtos.
Ainda não atingimos, no entanto, o ponto mais baixo em reais por tonelada no ano que foi R$ 816.87. Com o dólar encerrando a 2.2600 isso equivaleria hoje a NY a 15.76 centavos de dólar por libra-peso. Pense nisso: se tomarmos o preço médio em reais desde 2012 (quando a situação de superávit mundial estava bem pior que a de hoje), a média é de R$ 100 por tonelada acima da de hoje. E o menor preço em reais por tonelada desde 2012 é de R$ 783 (NY a 15.10 centavos de dólar por libra-peso). Alguma coisa está fora da ordem.
O mercado de açúcar sente uma enorme pressão alimentada pela provável entrega volumosa de açúcar tailandês contra o vencimento do contrato futuro de outubro de 2014, que expira no final de setembro. Enquanto os negócios para a exportação aqui, cuja demanda é fraca, principalmente por parte do Extremo Oriente, ficam em níveis de descontos entre 60-65 pontos para embarque imediato, o spread outubro/março chegou a apresentar um custo de carregamento implícito de 29.60% ao ano. Os consumidores industriais no mercado interno, cujo açúcar em grande parte é apreçado contra NY, fazem e refazem os cálculos para saber como aproveitar essa oportunidade, já que para isso há necessidade de capacidade de estocagem, entre outras coisas.
Um extraordinário volume de 12,000 puts de outubro/2014 foi negociado na semana, alimentando a queda do mercado via equalização do delta. Explico: quando um volume dessa natureza é negociado, alguém compra o direito de ficar vendido o mercado no preço de exercício de 16 centavos de dólar por libra-peso, enquanto a contraparte fica exposta (corre o risco de ficar comprada) e vende futuros para zerar o delta, alimentando assim a queda do mercado e a queda da volatilidade. Enquanto isso, não há redução de expectativa de safra que anime os preços.
Ocorre que - e isso pode acender uma luz amarela – o total de puts em aberto entre o preço de exercício de 17.50 e 16.00 centavos de dólar por libra-peso no vencimento outubro de 2014 é de nada menos que 73.000 lotes (3.7 milhões de toneladas de açúcar equivalente). Muitas dessas puts foram vendidas com o objetivo de capturar um prêmio para pagar a compra de calls numa aposta de que o mercado iria subir. Com um volume em aberto dessa magnitude, qualquer desarranjo mais acentuado que esse mercado possa vir a experimentar deve trazer consequências funestas. Gente de recomprou hedge e apostou na alta vendendo prêmio de baixa volatilidade. Era uma aposta interessante, mas ficou complicada.
É infame, para dizer o menos, a atitude de Dilma contra os analistas de mercado, que preveem a deterioração da situação econômica do Brasil caso o país tenha que aguentar mais 4 anos dessa gente. O PT é um partido abominavelmente ditatorial, que beija o traseiro da Venezuela, de Cuba, da Bolívia, do Irã, totalmente desprovido de bagagem moral após seus principais líderes terem sido condenados e presos, que tem ojeriza ao verdadeiro debate político e democrático e que – se pudesse – mandaria para a masmorra todos aqueles que não se curvam diante da soberba, empáfia e estupidez com as quais governam (?) há 12 anos.
O que fizeram com a analista do tal banco que disse o que todo mundo está cansado de saber, tendo a cabeça posta a prêmio por pressão daquele que é a versão chula tupiniquim de Vlad, o Empalador. É uma vergonha inenarrável. O clima de terror está instalado na política brasileira pelos biltres de plantão e as pessoas tem medo de emitir suas opiniões. Falta muito pouco para termos nosso próprio Gulag.
Vale a pena repetir o comentário recente do jornalista Reinaldo Azevedo: “os produtores rurais costumam ser muito mal vistos por certos setores minoritários e barulhentos. Apanham de todo mundo: das esquerdas, dos verdes, dos índios, da imprensa, de atores e atrizes ‘progressistas’, de fanáticos do aquecimento global, do Bono Vox, do Sting....em suma: este é um dos únicos países do mundo em que os que produzem riquezas são alvos daqueles que produzem discursos”.