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Para Onde Vão o Trigo e o Milho na Montanha-Russa dos Grãos?

Publicado 22.03.2022, 10:32

Depois de duas semanas de fortes oscilações, o trigo e o milho passaram a andar de lado em meio a uma pausa na montanha-russa dos grãos provocada pela guerra no Leste Europeu. Mas, como os preços ainda continuam bem acima das mínimas anteriores à invasão da Ucrânia, a questão é: para onde podem ir no curto prazo?

Na janela asiática de negociação desta terça-feira, o contrato futuro do trigo em Chicago subia 28,10 centavos, ou 2,5%, a US$11,46 por bushel.

Trigo diário

Gráficos: cortesia de skcharting.com

Trata-se de um recuo de quase 20% em relação à máxima recorde de 4 de março de US$14,25 para o contrato referencial do trigo na CBOT. Mesmo assim, em comparação com a mínima de US$8,03 desde 22 de fevereiro, isto é, dois dias antes da invasão, o contrato futuro do produto acumula alta de 43%

No caso do milho, seu contrato futuro negociado na CBOT registrava alta de 2,70 centavos, ou 0,4%, a US$7,60 por bushel. Ou seja, o milho está 5% abaixo da máxima de 4 de março de US$98. Mas, se considerarmos a mínima de US$6,58 de 22 de fevereiro, sua alta ainda era de 16%.

Jack Scoville, VP e analista-chefe agrícola da corretora Price Futures Group, de Chicago, disse que os preços do trigo e do milho se acalmaram na semana passada, diante do otimismo com as tratativas de paz, que poderiam colocar um ponto final em breve na guerra entre Rússia e Ucrânia. Sinais de que essas esperanças eram precipitadas afastaram um pouco os mercados das mínimas.

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 “As tendências estão de lado no gráfico diário”, disse Scoville, referindo-se ao trigo.

 Ele disse ainda:

“Os portos estão fechados na Ucrânia, e os exportadores da Rússia não estão oferecendo trigo, em parte por conta das sanções, mas principalmente por causa da guerra e da chance de perderem seus navios se o fizerem.”

“Os EUA estão revogando o status de Nação Mais Favorecida para a Rússia, portanto é possível que vejamos preços mais altos para o trigo no futuro próximo. Os ucranianos não têm interesse em viver sob o jugo da ocupação russa, portanto a guerra ainda pode gerar muitos custos, especialmente em termos de vidas, para ambos os lados. A Rússia e a Ucrânia são grandes exportadoras de trigo”.

A Rússia e a Ucrânia fornecem cerca de 30% do trigo global, graças aos seus vastos e férteis campos na região do Mar Negro, conhecidos como “cestos de pães do mundo”. Desde a semana passada, no entanto, a Ucrânia proibiu a exportação de trigo, aveia e outros insumos básicos para evitar uma “crise humanitária" no país, de acordo com um comunicado do governo.

Milho diário

Scoville disse que a perda potencial das exportações da Ucrânia torna a oferta de milho ainda mais restrita e pode ser suficiente para impedir que seus preços caiam.

"A Ucrânia pode não plantar muito, ou nenhum, milho neste verão.  A Rússia também é exportadora de milho, e nenhum volume do produto está saindo dos países em conflito neste momento.  Estamos vendo ainda quebras de safra na América do Sul por causa da estiagem, embora haja relatos de que as chuvas estejam voltando."

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Scoville disse que o milho tem reagido mais lentamente do que o trigo à pressão de alta dos preços, porque a maior safra para o grão foi a de inverno, vinda do Brasil, que deve ser grande.

"No entanto, nem toda a safra de inverno foi plantada e a janela de clima ruim para o plantio de milho está passando.  O surto de Covid na China, que fechou algumas cidades e portos, também pode prejudicar as importações, na medida em que está impedindo que as pessoas ganhem e gastem dinheiro, além de reduzir os locais de descarga das mercadorias."

Do ponto de vista técnico, o que esperar do trigo e do milho?

De acordo com Sunil Kumar Dixit, do site skcharting.com, disse que o mergulho do trigo de US$14,25 para 10,30 emitia sinais mistos, com a leitura de 43/35 no estocástico diário exibindo alguns sinais positivos. A pressão de venda abaixo de US$10,30 pode estender ainda mais o momentum baixista até a média móvel exponencial de 50 dias de US$9,45.

Trigo semanal

Dixit continuou dizendo que, pelo lado da alta, a consolidação entre US$10,30 e 11,65 poderia ajudar o trigo a romper esta última resistência.

“Se esse movimento tiver continuidade, o trigo pode se recuperar até o nível de US$13 a 14 nas próximas semanas”.

Milho semanal

Dixit disse ainda que o gráfico semanal do milho mostrava uma formação assimétrica de fundo arredondado, com as extremidades de US$7,75 a 8 e 5 como base.

“Essa faixa de US$3 é uma perspectiva de longo prazo, se confirmada com um fechamento mensal acima de US$8, podendo ensejar uma faixa mais ampla de US$8 a 11. Os preços de curto prazo no milho continuam entre US$8 e 6,50."

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Aviso de isenção:
Barani Krishnan utiliza diversas visões além da sua para dar diversidade às suas análises de mercado. A bem da neutralidade, ele por vezes apresenta visões e variáveis de mercado contrárias. O analista não possui posições nos ativos e commodities sobre os quais escreve.

Últimos comentários

Enquanto os famigerados Hedge Funds mandarem nas cotações dos futuros de comodities os preços estarão aí sabor dos especuladores. Há ou não há escassez de milho e trigo . Se as leis de mercado oferta e procura deveriam ditar os preços. Mas com está quantidade de dinheiro travestido de hedge tanto faz. Como alquuem em sã consciência pode apostar contra uma Black Rock que administra 9 trilhões de dólares. O resto é conversa mole.
Não cabe análise técnica para produtos agrícolas. No mais, boas considerações.
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