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As ações da Intel Corporation (NASDAQ:INTC) chegaram a saltar quase 30% ontem, após a Nvidia (NASDAQ:NVDA) anunciar um aporte de US$ 5 bilhões na fabricante norte-americana de chips. O movimento é considerado uma das parcerias mais relevantes da história da indústria de semicondutores.
O investimento ocorre em momento crítico para a Intel, que vinha perdendo participação de mercado e acumulando prejuízos, além de enfrentar polêmicas após um pacote de resgate que deu ao governo dos EUA uma fatia de 10% da companhia. A entrada da Nvidia representa um alívio estratégico para os esforços de reestruturação e sinaliza renovada confiança no futuro da empresa.
Nvidia adquire 4% da Intel e amplia cooperação em chips de IA
Com o aporte, a Nvidia se tornará uma das maiores acionistas da Intel, adquirindo cerca de 4% da companhia a US$ 23,28 por ação, abaixo do fechamento de quarta-feira (US$ 24,90), mas acima dos US$ 20,47 pagos pelo governo americano em sua fatia de 10% no mês passado.
Mais do que suporte financeiro, o acordo estabelece uma parceria tecnológica de amplo alcance: as empresas irão desenvolver conjuntamente chips para PCs e data centers com maior capacidade em inteligência artificial. A cooperação ganha relevância pela liderança da Nvidia no setor de IA e pelas dificuldades da Intel em manter relevância em um mercado em rápida transformação.
O foco está na criação de processadores personalizados para data centers, que serão integrados a chips de IA da Nvidia, utilizando tecnologia proprietária para acelerar a comunicação entre componentes, um fator crítico em aplicações de inteligência artificial.
No segmento de consumo, a Nvidia fornecerá chips gráficos customizados que poderão ser acoplados aos processadores da Intel para PCs, usando a mesma tecnologia de interconexão de alta velocidade. Esse arranjo pode reforçar a competitividade da Intel frente à AMD, ao mesmo tempo em que expande o ecossistema da Nvidia além de suas parcerias atuais com a TSMC.
Importante destacar que o acordo não envolve a unidade de fundição da Intel produzindo chips para a Nvidia, negócio que muitos analistas consideram vital para a sobrevivência de longo prazo da companhia.
Na prática, a parceria é vista como um movimento estratégico da Nvidia para diversificar investimentos nos EUA e fortalecer laços com o governo americano, que busca reduzir dependência externa no setor de semicondutores. O anúncio marca uma nova fase para a Intel sob a liderança do CEO Lip-Bu Tan, que assumiu em março enfrentando pressão política e dificuldades financeiras.
Ações da Intel reagem apesar de margens fracas e prejuízo bilionário
A performance das ações reflete uma empresa em transição. No acumulado de 2025, os papéis da Intel avançaram 24,19%, superando os 12,22% do S&P 500. Em 12 meses, entregaram 15,98%, abaixo dos 17,14% do índice.
Já no horizonte de cinco anos, o quadro é negativo: queda de 44,87%, frente à valorização de 96,61% do S&P 500 no mesmo período. Os números evidenciam as dificuldades da Intel em manter posição em um setor remodelado pela demanda por IA e mobilidade.
Os fundamentos financeiros seguem frágeis: margem líquida de -38,64%, lucro por ação de -US$ 4,77 nos últimos 12 meses e prejuízo líquido de US$ 20,5 bilhões sobre receita de US$ 53,07 bilhões. Os retornos sobre ativos (-0,85%) e patrimônio (-18,62%) também permanecem negativos.
A capitalização de mercado está em US$ 116,29 bilhões, apoiada por US$ 21,21 bilhões em caixa, mas com dívida relevante equivalente a 48% do patrimônio. Esses desafios ajudam a explicar a euforia do mercado diante da entrada da Nvidia como parceira estratégica.
A Intel já havia reforçado sua liquidez recentemente, levantando US$ 2 bilhões com o SoftBank e US$ 5,7 bilhões junto ao governo americano, além dos novos US$ 5 bilhões da Nvidia. Segundo o diretor financeiro, David Zinsner, a empresa agora tem uma “posição confortável de caixa” e não precisará de novos aportes relevantes até que haja demanda robusta pelo processo produtivo 14A de próxima geração.
O salto de ontem é sinal de que investidores começam a acreditar na estratégia de recuperação da Intel, apoiada em nova liderança e parcerias de peso.
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