CENÁRIO DE MERCADO
O petróleo continua a ser um forte balizador do mercado brasileiro na figura da Petrobras (SA:PETR4) e mostra o quanto o peso de commodities influencia o mercado local, mesmo após o resultado de bancos.
A elevação expressiva de estoques de combustíveis americanos interrompeu quaisquer possibilidades de pressão nos preços, travados em NY entre US$ 50 e US$ 55 o barril. O recuo do petróleo acaba por incrementar as perdas em outras commodities não diretamente correlacionadas como o aço, mesmo que o conjunto ainda consiga mostrar reação no índice Bloomberg de commodities.
Na abertura dos negócios, o petróleo e o aço operam em queda. A bolsa na Europa não tem um rumo concreto, divididas entre balanços corporativos e incertezas políticas em diversos países do velho continente, o mesmo acontece nos futuros em NY. Bolsas na Ásia fecharam a maioria em alta, mesmo após a fraqueza do petróleo.
O dólar abre em alta contra a cesta de divisas e US Treasuries tem vencimentos erráticos, com alta nos curtos e queda nos mais longos.
CENÁRIO MACROECONÔMICO
O mercado de juros futuros refletiu ontem tanto a expectativa com a divulgação do IPCA hoje, onde estimamos uma alta de 0,37%, quanto o movimento inverso à tendência internacional do Real contra o dólar, o qual quase chegou aos ganhos no final da sessão.
A valorização do Real, horas via fluxo, horas via “humor” dos agentes é forte, no ano empata com o won sul-coreano e está abaixo do dólar australiano e neozelandês. Nem por isso, o aspecto deflacionário do dólar em queda, mesmo que em detrimento dos indicadores de setor externo evita movimentos no sentido de interromper o movimento.
Deste modo, um IPCA mais baixo traria como consequência expectativas de juros ainda mais baixos e ao mesmo tempo, manteria a premissa cumprida pelo atual BC de um câmbio realmente flutuante, ou seja, sem grandes intervenções.
Apesar de um pouco “exagerado”, um IPCA baixo hoje certamente suscitará em novas projeções de cortes mais acentuados da Selic.
O BC ultimamente anda bastante seguro, mas nem tanto.
CENÁRIO POLÍTICO
Caso Temer consiga emplacar Moraes no STF, após a sabatina no senado, esta será uma das provas de maior poder político de ume executivo no Brasil em termos históricos.
Deste modo, o processo de reformas tende a avançar como nunca antes visto e Temer já começa inclusive citar uma revisão do pacto federativo e uma reforma tributária, talvez um dos movimentos mais importantes dos últimos anos, junto à reforma fiscal.
Esta deve ser a última chance para aplicar tantos temas polêmicos e impopulares ao mesmo tempo, com possibilidade de vitória.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,121 / 0,05 %
Euro / Dólar : US$ 1,06 / -0,365%
Dólar / Yen : ¥ 112,33 / -0,053%
Libra / Dólar : US$ 1,25 / -0,104%
Dólar Fut. (1 m) : 3139,58 / -0,01 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 18: 10,79 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 19: 10,18 % aa (-0,49%)
DI - Janeiro 21: 10,37 % aa (-0,77%)
DI - Janeiro 25: 10,66 % aa (-0,74%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,32% / 64.199 pontos
Dow Jones: 0,19% / 20.090 pontos
Nasdaq: 0,19% / 5.674 pontos
Nikkei: 0,51% / 19.008 pontos
Hang Seng: 0,66% / 23.485 pontos
ASX 200: 0,52% / 5.651 pontos
ABERTURA
DAX: 0,316% / 11585,88 pontos
CAC 40: 0,735% / 4789,42 pontos
FTSE: -0,075% / 7180,80 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 64400,00 pontos
S&P Fut.: 0,031% / 2289,10 pontos
Nasdaq Fut.: 0,164% / 5185,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,13% / 87,95 ptos
Petróleo WTI: -1,02% / $51,64
Petróleo Brent:-0,69% / $54,67
Ouro: 0,15% / $1.235,67
Aço: 0,00% / $721,00
Soja: 0,30% / $19,75
Milho: -0,27% / $368,00
Café: -1,11% / $142,45
Açúcar: 0,29% / $20,80