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Petróleo: Repique é “pulo do gato morto” diante dos riscos de baixa

Publicado 21.10.2024, 09:35
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  • As tensões no Oriente Médio se estabilizam, enquanto traders avaliam os possíveis impactos da eleição presidencial dos EUA na oferta de petróleo.
  • Um rompimento abaixo de US$ 68 pode empurrar o WTI para US$ 65.

Os preços do petróleo recuperavam quase 2% no início da manhã desta segunda-feira, 21, mas, após uma queda de 9% na semana anterior, a tendência de curto prazo permanece de baixa — especialmente enquanto o WTI se mantém abaixo do nível-chave de US$ 70,00. O petróleo americano estaria caminhando para os US$ 65 nos próximos dias?

Tensões no Oriente Médio

Muita coisa aconteceu na semana passada, e podemos ver algumas dessas movimentações continuarem no início desta semana. As tensões no Oriente Médio se estabilizaram, com Israel decidindo não atacar o Irã — pelo menos por enquanto — o que levou a uma queda nos preços do petróleo. Como esperado, o BCE cortou as taxas em 25 pontos base, com Lagarde mantendo sua postura cautelosa.

Os índices de inflação vieram abaixo do esperado no Reino Unido, Zona do Euro e Canadá, enquanto as vendas no varejo dos EUA superaram as previsões. Enquanto isso, os metais preciosos dispararam, com ouro atingindo novos recordes históricos e prata rompendo níveis importantes de resistência, como US$ 32,50.

Os metais estenderam ainda mais seus ganhos, mas até agora o petróleo não mostrou uma continuidade expressiva de queda, talvez devido à situação no Líbano.

Mercado atento à eleição presidencial nos EUA

O mercado segue altamente volátil e suscetível a movimentos bruscos motivados por notícias, o que torna essencial cautela extra nas operações com petróleo.

Na semana passada, o WTI caiu quase 9%, fechando abaixo do nível crítico de US$ 70,00. Alguns traders podem estar vendendo petróleo em antecipação a uma possível vitória de Trump nas eleições presidenciais dos EUA. Durante sua campanha, Trump destacou a elevação da produção de petróleo e gás como uma prioridade.

Ele afirmou que gostaria de ser “ditador por um dia” para resolver duas questões: “para perfuração e para fechar a fronteira”. Se Trump for eleito, a oferta de petróleo nos EUA poderá aumentar ainda mais, justamente quando se espera que a Opep+ libere parte de suas reservas. Isso poderia resultar em apenas uma coisa: preços mais baixos para o petróleo.

Análise técnica do WTI

Após a reversão da semana passada, o petróleo permanece próximo de suas mínimas recentes, apesar do leve avanço de hoje. Pela movimentação dos preços nos últimos dias, parece que os compradores estão tendo dificuldades crescentes para manter sua posição nesses níveis, de modo que uma quebra para baixo não seria uma grande surpresa, mesmo com as tensões no Oriente Médio ainda em curso.Gráfico diário do WTI
Os compradores estão sob pressão após os preços devolverem a maior parte dos ganhos obtidos no início do mês, com níveis de suporte intermediários em US$ 71,80, US$ 70,00 e US$ 69,50 sendo rompidos um após o outro. Esses níveis agora são as principais resistências a serem observadas daqui para frente, com a região próxima a US$ 70,00 sendo um ponto ideal para buscar oportunidades de negociação. Qualquer sinal de reversão de baixa nos gráficos intradiários nessa área pode ser o gatilho que os vendedores esperam para empurrar os preços do petróleo ainda mais para baixo.

Em termos de níveis de suporte a serem observados, pelo menos três entram em foco agora. O primeiro é US$ 68,00, que não foi rompido decisivamente nos últimos anos. Mesmo que tenhamos visto algumas quebras desse nível de US$ 68,00, o lado negativo tem sido relativamente limitado, com os preços invariavelmente se recuperando. Mas será que isso pode mudar desta vez, com sinais crescentes de fraqueza global e aumento da oferta?

Se o suporte de US$ 68,00 for rompido, os stops abaixo das mínimas recentes de US$ 66,33 e US$ 65,27 estarão em risco, o que pode levar a um movimento acentuado para buscar a liquidez naquela região. Assim, uma queda para US$ 65,00 pode estar no radar. Isso não significa necessariamente que os preços do petróleo continuarão caindo a partir daí. Em vez disso, é o destino mais provável no curto prazo.

De fato, a tendência subjacente é de baixa. Não apenas temos topos mais baixos estabelecidos, como a linha de tendência de baixa formada desde o pico dos preços em setembro de 2023, juntamente com as médias móveis de 21 e 200 dias em declínio, já indicam claramente a direção da tendência de forma objetiva.

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AVISO: Este artigo tem fins meramente informativos e não constitui qualquer oferta ou recomendação de investimento.

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