Por que a Disney Deve Estar na sua Carteira de Aposentadoria

Publicado 31.03.2021, 09:31
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Publicado originalmente em inglês em 31/03/2021

A Walt Disney & Co. (NYSE:DIS) (SA:DISB34), uma das marcas mais emblemáticas dos EUA, tinha lugar garantido em muitas carteiras de aposentadoria antes da pandemia. A empresa registrava sólido crescimento e distribuía dividendos atraentes.

A Disney oferecia uma combinação vencedora para investidores de longo prazo. Sua atividade principal, que incluía parques temáticos e cinemas, gerava muito caixa, que a Casa do Mickey Mouse usava para pagar dividendos e investir no seu crescimento.

Mas esse modelo foi abalado durante a pandemia, forçando a companhia a fechar diversas atrações importantes da marca e tomar medidas duras de cortes de custos, como a demissão de milhares de colaboradores e a interrupção dos dividendos.

Em seu mais recente trimestre, a receita total da Disney despencou 22% para US$ 16,25 bilhões, com uma drástica queda nas vendas tanto de mídia quanto de distribuição de entretenimento, além dos segmentos de parques, experiências e produtos. No último grupo, a receita caiu mais do que pela metade.

Para investidores de longo prazo, a maior questão daqui para frente é saber se a californiana Disney conseguirá retomar suas atividades normais assim que a pandemia for contida.

A julgar pelo poderoso rali em suas ações – que se valorizaram mais de 90% no ano passado –, tudo leva a crer que os investidores já precificaram um futuro mais lucrativo para a maior empresa de entretenimento do mundo após um ano devastador. A ação fechou a US$ 185,53, após tocar a máxima recorde no início deste mês.

Disney Semanal

De volta à normalidade

Essas são apenas algumas das indicações iniciais de que a Disney está lentamente voltando ao normal com a aceleração da vacinação nos EUA. Em 17 de março, a Disney anunciou que pretende reabrir a Disneylândia e os parques de aventura na Califórnia em 30 de abril, após mantê-los fechados por mais de um ano.

A companhia afirmou que mais de 10.000 membros do elenco voltariam ao trabalho. O parque Walt Disney World, localizado em Orlando, Flórida, está aberto desde julho passado com algumas restrições.

Com essas reaberturas, o mais animador em relação à Disney é que a pandemia impulsionou sua expansão no mercado de entretenimento digital, posicionando-a como um grande player no segmento de streaming de vídeo, que não para de crescer.

O serviço Disney+, que concorre que a Netflix (NASDAQ:NFLX) (SA:NFLX34) e outros novos entrantes, bateu a marca de 100 milhões de assinantes neste mês e seu objetivo é alcançar 260 milhões até 2024.  Analistas do Goldman Sachs, que estão entre os mais otimistas com as ações da Disney, definiram seu preço-alvo em US$ 225. Eles acreditam que o forte processo de produção de novos conteúdos originais da Disney e outras medidas proativas devem contribuir para o crescimento do número de assinantes.

Com isso, a forte demanda dos parques implica que a Disney continua bem posicionada em suas atividades principais para se recuperar rapidamente com a reabertura da economia. De acordo com o Goldman, a viabilidade de longo prazo desses negócios mais tradicionais está intacta.

Brandon Nispel, analista da KeyBanc, afirmou que os esforços da Disney no segmento de streaming estão “crescendo mais rápido do que se esperava” e têm um “longo caminho” para seguir avançando, enquanto o segmento de parques mostra “forte” eficiência, com um futuro mais lucrativo assim que os visitantes voltarem.

Resumo

A Disney certamente perdeu parte do seu atrativo como uma “ação de fortaleza” para aposentados no ano passado, quando foi forçada a interromper sua distribuição de dividendos. Mas, em nossa visão, esse choque acelerou a mudança da companhia para o streaming, tornando-a uma opção de entretenimento mais eficiente.

A Disney provavelmente não voltará a pagar dividendos tão cedo, mas há muitas outras razões para os aposentados manterem esse papel em carteira.

 

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