Fundos de Investimentos: diversifique mais com menos
O nosso entrevistado neste programa foi o Carlos Haber – à época da entrevista era consultor da SLW corretora. Primeiramente ele abordou o que são Fundos de Investimento, os quais considera poderem ser comparados a um condomínio, onde os condôminos precisam pagar uma taxa mensal e o síndico é o responsável por administrar esse capital. Ou seja, com os Fundos de Investimento (FI) ocorre a mesma coisa, só que temos os cotistas (como se fossem os condôminos) proprietários de uma parte do fundo, e o gestor,( como se fosse o síndico) responsável pela administração.
Existem vários tipo de fundos - curto prazo, renda fixa, ações, investimentos no exterior, previdência privada, multimercado e referenciados – Eles têm características particulares e a pessoa deve conhecer além delas qual é o seu perfil de investidor para entender se vai conseguir conviver tranquilamente com a dinâmica do produto escolhido.
CONVENIÊNCIA / GESTÃO PROFISSIONAL
Uma vantagem de investir em fundos, ao invés de diretamente no mercado ( comprando ações diretamente na bolsa), é que os investidores iniciantes não possuem conhecimento suficiente para tomar boas decisões e muitas vezes não tem tempo para acompanhar o mercado. Quando se aloca dinheiro em um fundo, esse passa a ser gerido por um profissional qualificado cuja função é escolher a melhor carteira para sua clientela. Além disso, os investidores levarão bem menos tempo para acompanhar a performance do fundo do que a de uma carteira de ações.
Uma pergunta pertinente feita no programa foi: Para quem tem pouco dinheiro vale a pena?
O Carlos responde dizendo que é preciso atentar ao tipo de fundo e principalmente para a taxa de administração. Os custos cobrados em um FI normalmente são:
1- Taxa de administração cobrada por ano
2- Taxa de performance estipulada a partir de um "patamar de ganho"
Normalmente esse “patamar de ganho” é o benchmark, um índice de referência utilizado pelos gestores. Um exemplo pode ser a taxa de CDI, que representa a taxa praticada pelos bancos, no mercado interbancário.
IMPOSTO DE RENDA
A alíquota do imposto de renda incide da seguinte maneira nos fundos:
- Fundos de curto prazo é de 20%.
- Fundos de renda fixa/multimercado a alíquota é decrescente.
- Começo = 22,5%
- 6 meses= 20%
- 1 ano= 17,5%
- + de 2 anos= 15%
Existe também o “come cotas” que é uma parcela do imposto a pagar que é provisionada 2 vezes por ano.
CATEGORIAS E TIPOS - CLASSES DE FUNDOS
O fundo Multimercado possui um mandato mais aberto, ou seja, pode atuar no âmbito do mercado de juros/câmbio/renda variável, de acordo com as oportunidades. Por ser uma modalidade mais flexível, o Carlos recomenda a aplicação nesse tipo de fundo que é capaz de captar as melhores oportunidades do mercado.
Os fundos de renda fixa geralmente são compostos por aplicações como: títulos públicos, CDBs, debêntures e o produto mais arriscado são os créditos privados.
Outra dúvida pertinente é se existe uma quantia mínima de dinheiro para investir. Carlos diz que a quantidade mínima é de R$100,00 e geralmente esse produto é oferecido por fundos de varejo, logo são bem mais acessíveis. Entretanto, existem os fundos de “private bank” onde o investimento inicial costuma ser maior.
PARA QUEM ESTÁ COMEÇANDO...
As dicas para o pessoal que tem interesse em começar a aplicar nessa modalidade são:
1- Avalie seu perfil em relação à aversão ao risco
2- Veja a rentabilidade do fundo
3- Avalie o tempo de alocação do dinheiro
Um fato curioso é que existem mais de 8.000 fundos de investimento, logo é preciso fazer uma peneira e para isso deve-se:
1- Avaliar a empresa do seu gosto (exemplo: Banco X , Gestora Y )
2- Avaliar se essa empresa tem bons fundos
3- Avaliar se o fundo se é adequado ao seu perfil - conservador, moderado, agressivo...
CONCLUINDO
A mensagem final do Carlos é : para investirmos cada vez mais na Educação Financeira! Devemos estudar e nos dedicar ao máximo para estarmos por dentro do assunto. Ele também diz para os iniciantes usarem as ferramentas ao seu favor que por muitas vezes estão disponíveis de graça, como os Simuladores da Bolsa de Valores, Comparativo de Fundos para ganharem experiência.
No próximo artigo falaremos sobre o segundo bloco da entrevista, os Fundos de Investimento Imobiliário.
VEJA AQUI A ENTREVISTA COM CARLOS HABER SOBRE FUNDOS DE INVESTIMENTO