ÁSIA: As bolsas asiáticas recuaram nesta sexta-feira (21), juntando-se a um sell-off mundial provocado pelo nervosismo relativo à segunda maior economia do mundo. Em particular, o índice Caixin/Markit flash PMI Industrial da China caiu para 47,1 em agosto, abaixo da pesquisa da Reuters de 47,7 e inferior à leitura final de julho de 47,8.
O Shanghai Composite caiu 4,2% após mais uma sessão volátil, alimentado pelo desânimo dos números que medem a atividade manufatureira, acrescentando "sal na ferida" de um mercado que já sofre com a desaceleração da economia como também a recente desvalorização do yuan. Corretoras, tais como Huatai Securities, China Merchants Securities e Founder Securities lideraram a lista dos perdedores, caindo mais de 8% cada.
Entre outros índices da China, o Shenzhen Composite despencou 5,4% e o índice CSI300, que aglomera 300 A-Shares listadas nas bolsas de Xangai e Shenzhen, fechou em queda de 4,6%. Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 1,47%, o menor nível desde maio de 2014.
Nikkei do Japão caiu 2,98%, a quarta queda seguida, fechando abaixo do nível psicológico de 20.000 pontos. Bancos e exportadores estavam entre os mais atingidos; Mitsubishi UFJ Financial Group e Sumitomo Mitsui Financial Group despencaram mais de 4%, enquanto Mizuho Financial perdeu 3,3%. Entre os exportadores, Sony e Toshiba afundaram mais de 4% cada, com o iene se fortalecendo contra o dólar, enquanto as ações dos fornecedores da Apple acompanharam o declínio de 2% da fabricante do iPhone no mercado americano, após um relatório da Gartner mostrar uma desaceleração nas vendas de smartphones na China. As fabricantes de peças eletrônicas Alps Electric e Nidec encerraram com queda de 7,1% e 4,9%, respectivamente.
O índice de referência ASX 200 da Austrália caiu 1,4%, 2,6% na semana e acumula uma perda de 8,5% em agosto, a maior queda mensal desde os 12,6% em outubro de 2008. O pior resultado anterior foi uma queda de 7,9% em maio de 2010. O share market, agora, segue negociado em níveis vistos pela última vez em dezembro. O sentimento foi agravado pela leitura de manufatura chinesa que caiu inesperadamente para seu nível mais baixo em mais de seis anos.
Os grandes bancos recuaram novamente. Commonwealth Bank caiu 0,7% hoje (21) e 7,6% na semana, National Australia Bank deslizou 2,7% no dia e 1,9% na semana e Westpac perdeu 2,6% e 0,1% respectivamente e ANZ caiu 2,7% no dia e 3,2% na semana.
Commodities foram um tema negativo nas últimas semanas e continuaram a pesar nesta sexta-feira (21). BHP caiu 1,1%, enquanto Rio Tinto (LONDON:RIO) conseguiu subir 0,2%. Produtores de ouro, muito usado como porto seguro por parte dos investidores em épocas de crise, ajudaram a compensar as perdas, com Kingsgate Consolidated disparando 10,7%, após o ouro atingir o seu nível mais alto em mais de um mês, no comércio asiático. Alacer Gold avançou 6,7%, enquanto Newcrest Mining e Evolution Mining acrescentaram 4,6% e 3,4%.
EUROPA: Mercados europeus caem, na abertura do pregão, com investidores analisando dados econômicos chineses piores do que o esperado e uma nova eleição na Grécia. O pan-europeu Stoxx 600 recua 1,31% e já perdeu mais de 10% desde o ponto mais alto alcançado em abril.
Na Grécia, o primeiro-ministro Alexis Tsipras renunciou na quinta-feira (20) e convocou eleições antecipadas para setembro. Depois de lutar na última eleição com uma plataforma anti-austeridade e gastar seus primeiros seis meses no cargo tentando reverter algumas das alterações feitas na Grécia no âmbito do seu resgate internacional, ele foi forçado a recuar nas negociações com os credores do país em julho.
O mercado de ações grego reagiu negativamente e caiu 0,5%. Os bancos começaram o dia no vermelho, mas o Banco Nacional da Grécia e Piraeus Bank avançam no meio da manhã.
Enquanto isso, a confiança do consumidor alemão, em agosto, caiu pelo terceiro mês consecutivo de acordo com um indicador da GFK, baseado em uma pesquisa com 2.000 pessoas. Em outros dados, a atividade empresarial na zona do euro expandiu em agosto, impulsionada pela Alemanha, de acordo com o índice PMI divulgado nesta sexta-feira (21). O PMI Flash composto deste mês ficou em 54.1, sinalizando que a atividade empresarial cresceu a uma taxa mais rápida do que na leitura final de 53,9 em julho.
Empresas do setor automotivo e de luxo tem recuado devido a preocupações com a economia chinesa e desvalorização do yuan. Na França, Peugeot Citroen recua 0,4%, mas Renault avança e Daimler da Alemanha reverteu perdas, negociando em território positivo. A fabricante italiana de óculos de luxo Luxottica tem um desconto de 2%, enquanto a marca de jóias dinamarquesa Pandora cai 1%. Swatch Group, LVMH e Hermes também revertem as perdas e sobem ligeiramente.
No Reino Unido, o FTSE 100 cai e já recua quase 11% desde a alta nos 7,103.98 pontos em 27 de abril, seguindo para uma queda semanal de 3,4%, o que marcaria o maior declínio semanal desde dezembro. Papéis relacionados ao petróleo seguem a queda dos preços do petróleo. Futuros do petróleo continuam com uma queda semanal de mais de 3%. Royal Dutch Shell cai 1,12%, BP recua 0,77% e BG Group (LONDON:BG) perde0,77%.
A maioria das mineradoras sobe. Os produtores de metais preciosos Fresnillo (LONDON:FRES) e Randgold Resources (LONDON:RRS) sobem 0,44% e 0,16%, respectivamente, mas Antofagasta (LONDON:ANTO) cai 1,22%. As gigantes BHP Billiton e Rio Tinto recuam 1,01% e 0,42%.
AGENDA DO INVESTIDOR: EUA
10h45 - Flash Manufacturing PMI (estimativa referente ao nível de atividade industrial nos Estados Unidos)
ÍNDICES MUNDIAIS - 7h10:
ÁSIA
Nikkei: -2,98%
Austrália: -1,40%
Shanghai: -4,21%
Hong Kong: -1,47%
EUROPA
Frankfurt - Dax: -1,25%
London - FTSE: -1,01%
Paris CAC: -1,24%
IBEX 35: -1,14%
FTSE MIB: -1,06%
COMMODITIES
BRENT: -0,90%
WTI: -0,68%
OURO: -0,02%
COBRE: -0,58%
SOJA: -0,61%
ALGODÃO: -0,82%
ÍNDICES FUTUROS
DOW: -0,36%
SP500: -0,21%
NASDAQ: -0,42%
Observação: Este material é um trabalho voluntário e gratuíto, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. Atenção para o horário da disponibilização dos dados desse relatório.