ALGODÃO: Com comprador ainda retraído, liquidez se mantém fraca
O mercado brasileiro segue com baixa liquidez, com poucos negócios sendo captados pela equipe Cepea. Boa parte dos compradores está retraída, e a demanda se limita a algumas aquisições de indústrias, de pequenos lotes, para entrega ainda este mês.
Comerciantes se mostram mais ativos e flexíveis quantos aos preços, mas a baixa qualidade da pluma disponibilizada inibe as negociações. O grupo de produtores, especificamente, permanece fora do mercado, à espera de preços maiores em 2016. Nesse contexto, os preços da pluma apresentam poucas oscilações, mas sendo mantido o movimento de queda.
No acumulado parcial deste mês, o Indicador CEPEA/ESALQ com pagamento 8 dias, referente à pluma 41-4, posta em São Paulo, teve ligeira baixa de 0,05%, fechando a R$ 2,2412/lp nessa terça-feira, 8.
OVOS: Preço oscila, mas expectativa é de reação no curto prazo
As cotações dos ovos iniciam dezembro firmes, apesar das variações entre as praças acompanhadas. Embora a demanda não esteja tão aquecida quanto o esperado, a oferta justa impediu novos recuos nas cotações. Segundo pesquisadores do Cepea, a expectativa é que haja uma melhora nas vendas nos próximos dias, favorecidas pelo período de recebimento de salários.
Historicamente, o mês de dezembro é positivo ao setor avícola de postura, por conta da maior procura nas festas de fim de ano. Além disso, o forte calor dessa época tende a comprometer o volume de ovos produzido.
No ano passado, a caixa com 30 dúzias do ovo tipo extra, branco, a retirar em Bastos (SP) – principal região produtora do País – chegou a encarecer oito reais entre o final de novembro e o Natal, ultrapassando os R$ 50 na segunda quinzena daquele mês.
Em dez/15, o mesmo produto registra média bem superior à de um ano atrás, de R$ 65,80/cx nos três primeiros dias do mês, também em Bastos. Já em janeiro, a movimentação do mercado de ovos normalmente é mais lenta. As férias escolares reduzem as compras para merenda e a população no geral altera seus hábitos de consumo.
ARROZ: Preço do casca cede após quatro meses de alta
Após quatro meses em alta, o preço da saca de arroz em casca se enfraqueceu no Rio Grande do Sul neste início de dezembro. No acumulado parcial do mês, o Indicador ESALQ/SENAR-RS, 58% grãos inteiros, registrou queda de 1%, fechando a R$ 40,97/sc de 50 kg nessa terça-feira, 8.
Com o baixo interesse por novas aquisições no mercado spot, algumas indústrias diminuíram o preço do produto. Este movimento foi alicerçado pelo estoque já adquirido pelas empresas nas últimas semanas, pelo enfraquecimento das vendas de arroz beneficiado ao setor atacadista e varejista e pela proximidade das férias coletivas em parte das beneficiadoras gaúchas, agendadas para a penúltima semana de dezembro.
Já do lado vendedor, orizicultores com necessidade de “fazer caixa” e cumprir com pagamentos de safra estiveram interessados em negociar. Apesar disso, esses agentes continuam com as atenções voltadas para a finalização do semeio de arroz, mas as chuvas têm dificultado o andamento das atividades.