Olá, pessoal. No artigo dessa semana, eu analiso a rentabilidade recente dos 10 setores da economia na bolsa brasileira. Os setores e a classificação de cada papel são definidos pela própria B3 e todas as informações podem ser encontradas em seu próprio website.
Com dados gentilmente cedidos pela plataforma Quantum Finance, construí retornos diários para os setores com base em uma carteira igualmente ponderada diariamente com todos os papéis de cada setor tendo como universo os 178 constituintes atuais do IBrA – Índice Brasil Amplo. Compartilho a seguir as análises para os períodos desde 2016, desde 2018 e em 2021 até o fechamento da última terça-feira, dia 17/08. Espero que gostem!
ANÁLISE NO PERÍODO DE 2016 A 2021
A tabela abaixo apresenta rentabilidades totais no período de 2016 a 2021, bem como volatilidades anualizadas e quocientes retorno-risco para todos os 10 setores.
Percebe-se que os setores de Tecnologia da Informação e de Materiais Básicos foram disparados os que mais rentabilizaram, com retornos acima de 1.350%! Esses dois setores também apresentaram, de longe, os melhores quocientes retorno/risco. Na parte inferior da tabela, aparecem os setores de Consumo Não Cíclico e de Comunicações, com as piores rentabilidades e quocientes retorno-risco.
ANÁLISE NO PERÍODO DE 2018 A 2021
A tabela abaixo apresenta rentabilidades totais no período de 2018 a 2021, bem como volatilidades anualizadas e quocientes retorno-risco para todos os 10 setores.
Percebe-se que os setores de Tecnologia da Informação e de Materiais Básicos mantiveram-se na ponta dentre todos os 10 setores. Aliás, os 5 primeiros colocados não se alteraram em relação ao período anterior de análise. Na parte inferior da tabela, o setor de Comunicações manteve a baixa performance e o setor de Saúde caiu uma posição, apresentando agora a penúltima rentabilidade dentre todos os setores.
ANÁLISE EM 2021
A tabela abaixo apresenta rentabilidades totais ao longo de 2021 (até o fechamento de 17 de agosto), bem como volatilidades anualizadas e quocientes retorno-risco para todos os 10 setores.
Percebe-se que os setores de Tecnologia da Informação e de Materiais Básicos aparecem novamente na ponta dentre todos os 10 setores, mas agora em ordem invertida. Na parte inferior da tabela, seguem os mesmos três setores da análise desde 2018.
CONCLUSÕES
Os resultados apresentados permitem algumas conclusões interessantes, com a robustez de três períodos diferentes (atual, curto e médio prazo). Os setores de Tecnologia da Informação e de Materiais Básicos vivem desde 2016 em lua de mel com o mercado, tendo obtido rentabilidades acima de todos os outros setores da economia. Os setores de Comunicações e de Saúde, por outro lado, aparecem sempre na parte inferior da tabela, com rentabilidades aquém da maioria dos setores. Outro ponto que chamou a atenção foi a menor volatilidade apresentada pelos setores de Utilidade Pública, de Consumo Não Cíclico, de Saúde e de Comunicações em todos os três períodos analisados. Dentre esses quatro setores, o de Utilidade Pública apresentou retornos mais atraentes.
Espero que tenham gostado. Trabalho muito para entregar artigos e análises que sejam úteis para vocês. Muito provavelmente, não conseguirei agradar a todos, mas se eu impactar positivamente alguns, já terá valido muito a pena. Convido a todos a me acompanharem nas redes sociais @carlosheitorcampani. Em especial, sigam-me no Instagram, pois faço muitas enquetes educativas e abro caixinhas de dúvidas com frequência por lá.
Forte e respeitoso abraço a todos.
* Carlos Heitor Campani é PhD em Finanças, Professor Pesquisador do Coppead/UFRJ e especialista em investimentos, previdência e finanças pessoais, corporativas e públicas. Ele pode ser encontrado em www.carlosheitorcampani.com e nas redes sociais: @carlosheitorcampani. Esta coluna sai a cada duas semanas, sempre na sexta-feira.
** Os dados para essa análise foram gentilmente cedidos pela Quantum Finance.