ÁSIA: A maioria dos mercados da Ásia fechou em queda pesada pelo recuo no setor de energia, com os preços do petróleo continuando a cair.
Nikkei do Japão caiu 0,64%, fechando em 17,750.68 pontos, após subir quase 5% em dois dias de negociação. Setor financeiro sofre desde quando o Banco do Japão surpreendeu os mercados com uma taxa de juros negativa, pois taxas negativas podem afetar seus lucros.
Mitsubishi Electric, um core business do Grupo Mitsubishi, divulgou seus resultados entre abril a dezembro de 2015 e mostrou que as vendas líquidas no período aumentaram 4%. Analistas não esperam uma grande recuperação nos preços dos recursos, nos próximos dois a três anos. As ações da Mitsubishi Electric fecharam em alta de 4,67%, enquanto as ações da Mitsubishi Corp. caíram 2,45%.
Seguindo a queda, o S&P/ASX 200 caiu 1%, para 4,993.30 pontos, abaixo dos 5 mil pontos, depois que o Reserve Bank of Australia (RBA) decidiu manter as taxas de juros em uma baixa recorde de 2%. O setor de energia foi destaque de perdas, deslizando 3,24%, seguindo as perdas nos preços do petróleo. Entre as mineradoras, BHP Billiton caiu 2,1%, para US$ 14,92 após a Standard & Poor Ratings Services reduzir o ratings da companhia de A + para A, prevendo que a saúde financeira da empresa se deteriorará ao longo dos próximos 18 meses, com o aprofundamento da crise no setor de recursos naturais. Rio Tinto (L:RIO) recuou 3,7%, para US$ 37,54 e Fortescue deslizou 5,1% para US$ 1.59. O dólar australiano perdeu 0,63%, negociado a 0,7065 após o Reserve Bank of Australia (RBA) deixar as taxas de juros inalteradas, em linha com as expectativas, em sua primeira reunião de 2016.
Mercados chineses contrariaram a tendência regional e foram para o território positivo. O Shanghai Composite subiu 2,29%, depois de duas sessões consecutivas de quedas, após notícia de que o banco central da China injetou 100 bilhões de yuans (US$ 15,2 bilhões) em empréstimos de curto prazo nos mercados para aumentar liquidez, antes do feriado do Ano Novo Lunar que começa em 7 de fevereiro. A bolsa de Xangai está 47% abaixo do topo em junho passado. O índice Hang Seng de Hong Kong caiu 0,76%.
Os preços do petróleo estenderam sua queda durante a noite, após subirem mais de 10% na semana passada, com expectativas de um possível acordo entre a Rússia e Arábia Saudita, numa tentativa de contornar o excesso de produção mundial. Os preços permanecem próximos das mínimas de vários anos. Stocks de energia foram prejudicadas. Santos perdeu 4,26%, Oil Search recuou 2,75% e Woodside Petroleum recuou 3,26%, na Austrália. A Inpex caiu 4,94% e Japan Petroleum recuou 3,67% no Japão, enquanto a coreana S-Oil recuou 2,09%. CNOOC caiu 1,97%, em Hong Kong, enquanto as A-Shares China Oilfield e China Petroleum recuaram 1,93% e 0,47%, respectivamente no continente.
O Banco Central da Índia (RBI) também manteve a sua taxa em 6,75 por cento, em linha com as expectativas.
EUROPA: Mercados europeus estendem as perdas, com as preocupações sobre os preços do petróleo voltando a assombrar os mercados. O pan europeu Stoxx 600 cai 1,2% no início das negociações.
Frente aos balanços corporativos, a fabricante de chips Infineon informou aumento de 12% no lucro líquido no trimestre encerrado em 31 de dezembro, mas as ações registram forte baixa. O banco suíço UBS informou lucro líquido de 79% em 2015, superando as previsões dos analistas, mas advertiu que os mercados voláteis, baixas taxas de juros e um franco suíço forte apresentarão ventos contrários, mas suas ações caem 4,5%.
Ainda no setor bancário, as ações da Swedbank caem depois da empresa reportar lucro líquido abaixo das previsões dos analistas e anunciar que vai cortar seu dividendo. Em sentido contrário, a dinamarquesa Danske Bank sobe depois de postar lucros, do quarto trimestre, que superaram as estimativas. A empresa disse que estava planejando lançar um programa de recompra de ações 9 bilhões de coroas (US$ 1300000000). Raiffeisen Bank da Áustria dispara quase 10% após anunciar lucro consolidado preliminar de 383 milhões de euros em 2015.
No Reino Unido, FTSE 100 cai, com apenas telecoms com movimento de alta. BP afunda 6,8%, a caminho do pior declínio desde 24 de outubro, depois que a empresa registrou perdas de US$ 2,2 bilhões no quarto trimestre e US$ 6,5 bilhões em 2015, o pior em 20 anos, reflexo da queda dos preços do petróleo. Um ano atrás, ela perdeu US$ 969.000.000. BP manteve seu dividendo trimestral em 10 centavos por ação.
A agência de classificação Standard & Poors rebaixou o rating de crédito da BHP Billiton e colocou a BHP e Rio Tinto sob vigilância negativa, devido condições desafiadoras nos mercados de commodities. BHP Billiton cai 4,17% e Rio Tinto cai 2,65%.
AGENDA DO INVESTIDOR: EUA
13h00 - IBD/TIPP Economic Optimism (mede o nível de confiança do consumidor e o otimismo quanto à atividade econômica);
16h00 - Discurso da Pres do FED de Kansas City, Esther L. George;
ÍNDICES MUNDIAIS - 7h30:
ÁSIA
Nikkei: -0,64%
Austrália: -1,00%
Shanghai: +2,29%
Hong Kong: -0,76%
EUROPA
Frankfurt - Dax: -1,41%
London - FTSE: -0,67%
Paris CAC: -0,74%
IBEX 35: -1,73%
FTSE MIB: -1,62%
COMMODITIES
BRENT: -1,25%
WTI: -1,21%
OURO: -0,17%
COBRE: +1,14%
SOJA: +0,28%
ALGODÃO +0,20%
ÍNDICES FUTUROS
Dow: -0,73%
SP500: -0,81%
NASDAQ: -1,00%
Observação: Este material é um trabalho voluntário e gratuito, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado e a europeia no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atenção para o horário da disponibilização dos dados desse relatório.