Srinivasa Aiyangar Ramanujan, ou apenas Ramanujan, foi um gênio da Matemática nascido na Índia, no final do século 19, mais precisamente em 1887.
O que ele tem de diferente de tantos outros gênios da matemática?
Ramanujan era um autodidata.
Já imaginaram um gênio da Matemática autodidata?
Sua genialidade aflorou cedo, e já na passagem para a adolescência resolvia problemas de séries aritméticas e geométricas. Adiante, com mais leituras, avançou para o universo de Séries Hipergeométricas, funções modulares e Séries infinitas. O reconhecimento de sua genialidade vem quando Ramanujan, após inúmeras tentativas, é aceito pelo Professor Godfrey Harold Hardy, da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, para uma temporada na mesma Universidade, a fim de discutir suas complexas e intrigantes equações, teorias e argumentos matemáticos.
Toda essa história está finalmente mais próxima do público em geral a partir de filme recém lançado, chamado O Homem que viu o infinito, cuja data de lançamento no Brasil está prevista para fins de setembro.
Por outro lado, numa outra direção, segundo matéria publicada no sábado pelo Jornal O Estado de São Paulo, o Ministro da Fazenda do Brasil, Henrique Meirelles, diz que o efeito da alta de juros nos EUA será compensado por melhora no Brasil.
Onde o gênio da Matemática, Srinivasa Ramanujan, e Henrique Meirelles se cruzam?
Ramanujan argumentava que suas complexas teorias e equações eram difíceis de ser provadas; entre outras razões, argumentava ele, elas vinham de mensagens de Deus.
Seu mentor e professor, Godfrey Harold Hardy, entretanto, recusava-se a aceitar tais sustentações, e cobrava provas de Ramanujan.
Parece óbvio especular que o autodidatismo de Ramanujan contribuísse para a dificuldade de listar os caminhos pelos quais percorria para a formulação de suas complexas teorias. O rigor matemático exigido por Hardy parava nas questões e passos de uma educação formal, linear e exata do ensino da Matemática, a qual Ramanujan não teve acesso. Se numa simples reunião de negócios, seu chefe o pressiona para apresentar razões e fundamentos para suas teorias, imagine o que dizer do Universo Matemático?
No final dos anos 70, com a Crise do Petróleo batendo nas portas do mundo, o FED americano foi obrigado a iniciar um ciclo surpreendente de alta das taxas de juros. O quadro está logo abaixo:
Taxa de juros americanas, período 40 anos
E o que aconteceu com o Bovespa durante tal ciclo de alta das taxas de juros americanas ?
Abaixo, o gráfico do Bovespa limitado a esse período, com marcação em retângulo vermelho. Uma queda aproximada de 50% em dólar, que pode ser vista também na planilha mais abaixo, com as minimas e máximas alcançadas pelo índice, a partir de dados fornecidos pelo site da própria Bovespa. O Gráfico está plotado a partir dessas "mínimas e máximas"
Bovespa em dólar, período 1971-1985
Parece razoável supor que o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, por questões "de cargo", elimine o "ruído" da alta de juros americanos do caminho.
As provas encontradas por Ramanujan buscavam fortalecê-lo
As provas no meio do caminho do Brasil, no que tange ao aumento das taxas de juros americanas, parecem enfraquecer o discurso do ministro da Fazenda