Kanjinha oriental
Depois do rali-Draghi de ontem, hoje surfamos um rali-China, que bomba as commodities brazucas.
E dá-lhe Virada de Mão!
Conforme desejado, o Banco Central chinês reduziu de novo as taxas de juros e o compulsório dos bancos.
São esforços para garantir que o país cresça ao menos +7% neste ano (segundo as estatísticas oficiais).
Como inflação não é um problema para a China, existe espaço para afrouxar a política monetária.
Aliás, a preocupação por lá está muito mais próxima da deflação do que da inflação.
À medida que amadurecem, os chineses vão se parecendo mais com os japoneses.
Eu, profissional
Aliás, falando em Virada de Mão…
Tomando por base os 20 primeiros dias de outubro, constatamos que os investidores estrangeiros colocaram US$ 4,2 bilhões em bolsa brasileira.
O humor dos gestores passou de pessimista ou neutro para “cautelosamente otimista” com ações locais.
Sem contar vantagem antes da hora (coisas ruins ainda podem acontecer), sentimo-nos contentes de ter alertado sobre a oportunidade de virada antes que ela houvesse se tornado hegemônica para os investidores profissionais.
De grão em grão, vamos desafiando a injusta norma de que o financista profissional possui insights melhores que os do investidor individual.
A Virada de Mão pode ser encarada como um conceito mais amplo.
Da mão corporativa para a mão pessoal.
Ajuste fino
Ao que se constata, rali-China supera inclusive a depressão com as contas públicas do Governo Dilma.
Para os US$ 4,2 bilhões de estrangeiros, o déficit primário de R$ 70 bilhões a R$ 100 bilhões não faz tanta diferença.
Não que seja irrelevante; o lance é que esse tipo de desastre já entrou na conta do risco-Brasil.
Estamos apenas acelerando um pouquinho o downgrade brasileiro por Fitch e Moody’s. Trata-se de ajuste fino.
Olhando o lado bom, fico feliz que o TCU não tenha permitido o parcelamento das pedaladas de 2015.
A crise eleva o moral de algumas instituições sérias do país, merecendo inclusive elogio dos gringos mais atentos.
TCU e Sérgio Moro saem particularmente fortalecidos.
Nem só de bolsa vive o homem
Sim, a bolsa é o lugar por excelência para se aproveitar da estratégia de Virada de Mão.
Mas existem alternativas essenciais que não podem ser simplesmente ignoradas.
Comprar as ações certas é fundamental para multiplicar o seu patrimônio, mas não representa a única atitude a ser tomada.
Lembre-se que, em termos de alocação, a renda fixa continua sendo o peso mais representativo numa boa carteira de investimentos.
Se esse “detalhe” passou despercebido até o momento, sugiro clicar aqui.
Amo muito tudo isso
Ganho aqui, ganho acolá.
Talvez você tenha uma impressão errada de que a bolsa americana, por ser bem mais madura que a nossa, não oferece mais graaandes oportunidades de lucro.
Saiba então que as ações do McDonald’s dispararam +8,12% no pregão de ontem, beneficiadas pela publicação de resultados acima do esperado.
Qual foi a última vez que você viu uma ação brasileira subir +8% ou mais por conta de um earnings release?
As melhores dicas para investir em empresas americanas são devidamente contempladas em nossa série Legacy EUA.
Aliás, para a felicidade dos assinantes da série, McDonalds faz parte da Carteira do Legacy.