“Como Mentir Com Estatística” é um livro de Darrell Huff de 1954 que engloba o mau uso da estatística para maquiar dados e abalizar opiniões e segundo a sinopse da Amazon.com (NASDAQ:AMZN), “Amostras enviesadas, gráficos dúbios, listagens incompletas: item por item o autor apresenta os vilões da interpretação de dados”.
Eis que nesta eleição, os institutos de pesquisa eleitoral se superaram para confirmar a máxima do livro, desde a distorção do uso do proporcional populacional da PNAD contínua, claramente explicitado em algumas metodologias de coleta, até possíveis intenções e vieses políticos.
A configuração do segundo turno frustrou claramente o PT, o qual já tinha palanque montado na avenida Paulista, na espera por um discurso de vitória no primeiro turno, como a composição legislativa e o segundo turno nos estados mudou toda a dinâmica de um possível mandato petista.
O PL elegeu, com apoio do governo, uma gama enorme de senadores, o centrão se consolidou ainda mais forte na câmara e nomes importantes à frente nas disputas estaduais farão de um, agora, indefinido mandato de Lula algo nada fácil.
Neste sentido, o fator positivo é que tal força aglutinadora evite rompantes pouco favoráveis à economia da oposição, como a reversão de reformas, controle de mídia, gastos excessivos e revogação imediata do teto dos gastos e com isso, a campanha petista deve sim buscar o centro no discurso e no programa.
Para Bolsonaro, a vida ficou mais fácil e entra no segundo turno altamente competitivo, com provável apoio de Zema para reverter a estranheza do resultado em Minas Gerais e o foco deve ser no NE, onde a derrota foi historicamente significante, especialmente em estados chave como a Bahia.
O apoio de Zema pode estar condicionado ao seu nome à disputa da presidência em 2026, o que não o garante dentro do partido Novo e na Bahia, ou ACM Neto sai de cima do muro e apoio o incumbente, ou não se garante no segundo turno.
Há um novo cenário econômico e político na mesa de agora em diante.
A semana está repleta de indicadores relevantes, em especial os de mercado de trabalho dos EUA, os mais importantes neste momento para as decisões de juros do Fed, além de inflações e dados de atividade econômica no Brasil, na linha que se apresentado nos últimos meses.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em alta, com o peso dos temores de quebra do banco Credit Suisse (SIX:CSGN).
Em Ásia-Pacífico, mercados negativos, com feriado na China, porém com alta expressiva do Nikkei, após melhora do Capex no índice Tankan.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, sem rumo, com queda no minério de ferro e cobre.
O petróleo sobe em Londres e em Nova York, pela possibilidade de corte de produção por parte da OPEP+ em um milhão de barris dia.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 1,87%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,4138 / 0,24 %
Euro / Dólar : US$ 0,98 / -0,408%
Dólar / Yen : ¥ 145,08 / 0,276%
Libra / Dólar : US$ 1,12 / 0,063%
Dólar Fut. (1 m) : 5403,66 / -0,75 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Junho 23: 13,60 % aa (-0,26%)
DI - Janeiro 24: 12,78 % aa (-0,66%)
DI - Janeiro 26: 11,49 % aa (-1,16%)
DI - Janeiro 27: 11,54 % aa (-1,20%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 2,2036% / 110.037 pontos
Dow Jones: -1,7112% / 28.726 pontos
Nasdaq: -1,5077% / 10.576 pontos
Nikkei: 1,07% / 26.216 pontos
Hang Seng: -0,83% / 17.080 pontos
ASX 200: -0,27% / 6.457 pontos
ABERTURA
DAX: -0,713% / 12028,05 pontos
CAC 40: -1,046% / 5702,05 pontos
FTSE: -0,636% / 6849,98 pontos
Ibov. Fut.: 2,22% / 110502,00 pontos
S&P Fut.: 0,08% / 3604,25 pontos
Nasdaq Fut.: -0,319% / 11002,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,84% / 112,43 ptos
Petróleo WTI: 4,03% / $82,69
Petróleo Brent: 3,85% / $88,42
Ouro: 0,07% / $1.664,65
Minério de Ferro: -1,95% / $93,60
Soja: 0,02% / $1.364,25
Milho: 0,77% / $682,75
Café: -0,50% / $220,80
Açúcar: 0,74% / $17,79