Uma semana de agenda limitada e de tendencia altista, não somente para os ativos de mercado financeiro, mas também para algumas commodities, que reverteram parte do movimento de realização de lucros das semanas anteriores e também, de inflações nas economias desenvolvidas.
A inflação na Zona do Euro, ainda que dentro das expectativas, bate mais um recorde anual aos 8,9%, com núcleo aos 4%, enquanto no Reino Unido, os índices superaram as expectativas e a inflação anual registra 10,1%, com 6,2% de núcleo.
Ao atacado, marginalmente já se sente o retorno do fluxo de mercadorias chinesas e o início do fim do choque global de ofertas e com isso, a inflação de matérias primas britânicas registrou resultado abaixo das expectativas, 0,1%, porém de produtos acabados subiu 1,6%, 17,1% ao ano.
Na Alemanha, não se sentiu o peso da melhora do fluxo de mercadorias chinesas, em parte devido ao aumento do custo de energia, ainda em consequência da questão russo-ucraniana e a inflação ao atacado registrou 5,4% em julho, com 37,7% ao ano, sendo que excluso energia, o mês cai para 0,4% e 14,4% ao ano.
No Japão, finalmente sob a égide de inflação, ainda que não aquela almejada pelo banco central, registrou resultado dentro das expectativas, com 2,6% aa (0,5% mm) e núcleo aos 1,2% aa.
A vantagem por aqui é o declínio da inflação, observado em todos os índices registrados recentemente e nas projeções das próximas semanas.
Nosso mercado, ainda que resiliente nestes dias de intensa volatilidade, registraram até ontem alta acumulada na semana de 0,93%, ou seja, num movimento de correção que promete ocorrer hoje, este resultado pode se esvair, em meio ao fim da semana de correção dos ativos.
Este em partes é o resultado de uma semana de agenda limitada, onde ganha espaço a volatilidade e os investidores operam numa pretensa defensiva, quando na verdade buscavam manter o ritmo positivo imposto nas semanas anteriores.
Neste sentido, houve um peso redobrado da leitura da ata da última reunião do FOMC, onde uma leitura dito dovish trouxe alento aos investidores para elevações mais modestas de juros nos EUA, preservando assim parte do apetite pelo prêmio de maior risco.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, após uma semana de volatilidade e com a inflação mais forte na Alemanha.
Em Ásia-Pacífico, mercados mistos, com alta no Nikkei, após um fechamento modesto em Wall Street.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceção ao cobre.
O petróleo cai em Londres e em Nova York, apesar da expectativa com maior demanda após o verão.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 5,42%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,1694 / 0,06 %
Euro / Dólar : US$ 1,01 / -0,268%
Dólar / Yen : ¥ 136,64 / 0,552%
Libra / Dólar : US$ 1,19 / -0,637%
Dólar Fut. (1 m) : 5190,00 / 0,37 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Junho 23: 13,68 % aa (0,64%)
DI - Janeiro 24: 13,02 % aa (1,13%)
DI - Janeiro 26: 11,76 % aa (0,94%)
DI - Janeiro 27: 11,71 % aa (0,95%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,0924% / 113.813 pontos
Dow Jones: 0,0551% / 33.999 pontos
Nasdaq: 0,2104% / 12.965 pontos
Nikkei: -0,04% / 28.930 pontos
Hang Seng: 0,05% / 19.773 pontos
ASX 200: 0,02% / 7.114 pontos
ABERTURA
DAX: -0,713% / 13599,79 pontos
CAC 40: -0,433% / 6528,99 pontos
FTSE: -0,034% / 7539,32 pontos
Ibov. Fut.: 0,13% / 115925,00 pontos
S&P Fut.: -0,80% / 4252,25 pontos
Nasdaq Fut.: -0,952% / 13395,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,98% / 120,28 ptos
Petróleo WTI: -1,78% / $88,89
Petróleo Brent: -1,69% / $94,96
Ouro: -0,49% / $1.750,13
Minério de Ferro: -0,89% / $100,85
Soja: -0,52% / $1.487,75
Milho: -0,20% / $618,25
Café: 1,09% / $217,05
Açúcar: 0,17% / $17,79