Neste Boletim Econômico Semanal 049 destacamos:
- Nível de preços seguem em queda, ajuste externo em curso e juros cairão mais fortemente em 2017;
- Banco Central anunciou agenda de reformas e o Planalto seguiu o exemplo, mas na área trabalhista, junto com medidas para estimular a economia no curto prazo;
- PIB dos EUA veio forte no terceiro trimestre, reforçando a expectativa de um ciclo de crescimento mais sustentado; BoJ manteve juros negativos.
Acompanhe abaixo os principais pontos deste relatório.
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Cenário econômico
— Níveis de preços seguem trajetória de queda, apesar de alguma resiliência no final do ano por conta do aumento dos preços de vestuário, despesas pessoais e saúde. Os dados sobre o balanço de pagamentos referente ao mês de novembro mostram que o ajuste externo continua em curso, inclusive na balança comercial que segue registrando superávits - apesar de menores, por conta do aumento das importações. A arrecadação federal registrou sua primeira alta real do ano e, por fim, o relatório trimestral de inflação deixou claro de que há condições suficientes para acelerar o ritmo do corte de juros já na próxima reunião, em janeiro.
Cenário político
— O Banco Central divulgou uma agenda de trabalho que tem como objetivo estudar questões estruturais do Banco Central e do Sistema Financeiro Nacional (SFN) em quatro eixos: cidadania financeira, melhoria da eficiência do sistema financeiro, arcabouço legal da instituição e redução do custo do crédito. A proposta de lei de renegociação das dívidas dos estados foi aprovada. Com a proposta, a dívida dos estados pode ter alongamento de até 20 anos e uma contrapartida: o teto do gasto por 2 anos. Por fim, a equipe econômica do governo anunciou medidas para estimular a economia e desburocratizar o Estado, em linha com o que foi feito na semana anterior. Desta vez, trata-se de liberar o saque integral das contas inativas do FGTS e reduzir os juros do cartão de crédito pela metade. Além disso, o governo anunciou medidas para reformar o mercado de trabalho, priorizando alguma flexibilidade.
Cenário externo
— O PIB norte-americano registrou crescimento de 3,5% na passagem do segundo para o terceiro trimestre, em termos dessazonalizados e anualizados; o índice de confiança do consumidor da Área do Euro avançou de -6,2 para -5,1 pontos entre novembro e dezembro; O Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) manteve a taxa de juros básica do país inalterada em -0,10%, a meta para os juros dos títulos do governo de 10 anos foi mantida em torno de zero e o ritmo de compra dos títulos seguiu em ¥80 trilhões.
Destaques e perspectivas
— O mercado ajustou para baixo suas expectativas para o crescimento do PIB de 2016 e 2017, bem como para a inflação 2016-2017, de acordo com o Relatório Focus. Na agenda doméstica, destacamos, na segunda-feira (26/12), a divulgação do resultado primário do governo central de novembro, para o qual esperamos déficit. No exterior, a terça-feira (27/12), destaque para os dados de atividade do Fed Richmond e Fed Dallas. Acompanhe mais indicadores e suas respectivas datas de divulgação aqui.
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