Testando (de novo) o otimismo
Mercados mundiais vêem novo dia de mau humor, na esteira de resultados corporativos aquém do esperado (destaque para a toda-poderosa Apple e para o britânico Lloyds) e commodities em retração.
Parece que nem tudo está tão bem quanto os tomadores de risco querem, não é mesmo?
Enquanto o mercado foca na temporada de resultados, cenário de elevação de juros pelo Fed em dezembro se consolida. Hora de começar a pensar no restante do ciclo.
O diabo mora nos extremos
Na média, mercado ameno. O diabo mora nos extremos: repercutem resultados e, principalmente, surpresas no front corporativo (sobre dois casos de destaque, Natura (SA:NATU3) e JBS (SA:JBSS3), falamos no M5M PRO).
Mercado de juros repercute entrevista de Goldfajn, que mostrou tom mais cauteloso com relação ao ritmo de queda dos juros em vista da persistência de focos de inflação. Está no seu papel, mas seguimos vendo espaço para acelerar o ritmo mais à frente.
Há quem aposte que, com o BC menos ativo na gestão do câmbio, dólar pode voltar a valorizar. No curto prazo, não é hipótese de se descartar. Será que é para isso que olham os compradores de papel e celulose hoje?
Cadê o “Fora Renan”?
Destaque local é a aprovação, na noite de ontem, da PEC do Teto na Câmara. Segue agora para o Senado, não sem preocupações com eventuais dificuldades adicionais em virtude do estremecimento das relações com Renan Calheiros.
A propósito: percebem que a revolta de Calheiros é com o fato de o Ministro da Justiça não ter “controlado” a PF? Onde está o “Fora Renan”?
Deve ser a pergunta que se fez Carmen Lúcia, que decidiu pautar para a próxima semana o julgamento de ação que pode alijá-lo da presidência da casa legislativa. Reminescência, aliás, da decisão que depôs Cunha da presidência da Câmara.
2016 é o ano do Judiciário no Brasil.
Abaixo as abotoaduras
Pelo visto não éramos os únicos fartos do bla-bla-blá típico dos engomadinhos que personificam o mercado financeiro: t em sido excelente a recepção à nova tiragem de Contra o Financismo — o método mais prático e eficiente para investir em ações, livro mais recente do Felipe e do Rodolfo.
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Faltou combinar com os russos...
…e com os iraquianos. As expectativas em relação a um acordo entre os produtores de petróleo para cortar produção e segurar o preço do barril estão desinflando, e isso se reflete nos preços futuros da commodity. O gráfico a seguir apresenta o diferencial de preço entre os contratos com vencimento em dezembro deste ano e junho de 2017.
Todos querem que o preço do petróleo aumente, mas ninguém parece efetivamente disposto a dar seu quinhão de contribuição. Sinal de que, no fundo, o patamar baixo não é tão ruim assim.