Bateria: nota 10.
Nosso retorno, após parada de bateria de dois dias (chupa, Mangueira), tinha tudo para ser desajeitado com a comissão de frente da Bolsa brasileira ajustando seus preços aos de seus ADRs, cujas notas dos jurados novaiorquinos foram relativamente baixas nos últimos dois dias.
Só que o ritmo mudou com Trump puxando a segunda estrofe (logo abaixo). Dow Jones renovando máxima histórica, acima dos 21 mil pontos. Idem para S&P500, Russell 3000 e Nasdaq. Explode coração, laiá laiá…
Por aqui, Bolsa tem alta moderada com predominância de nomes domésticos na ponta ganhadora. Juros praticamente estáveis e dólar no zero-a-zero.
Samba-enredo: nota 10.
Desde os tempos de Eisenhower
Com o mercado todo a aplaudir
Não se via um presidente; tão confiante e irreverente
Dizendo que vai investir…
Um trilhão em infraestrutura
Para a América reconstruir
E um corte de impostos; nem visto em tempos remotos
Vai na economia refletir…
Eu ainda não escutei, nem vi, nem entendi
De onde o dinheiro vai sair
Ele também não explicou; mas ninguém se importou
Mas acharam que vai ser bom
Penso aqui é no Orçamento
E na dívida perto do teto
Mas por hoje não me importa; alegria é geral
Bolsa é festa, é Carnaval!
Alegoria: nota 5.
Com as altas recentes, o S&P500 já atingiu a média das projeções dos bancos gringos para o final de 2017.
E aí? Ficou caro? Hora de virar a mão? Para os bancos, não: hora de arrumar argumentos para justificar uma revisão para cima.
Enquanto uns apelaram para “incorporar nas projeções o animal spirit do mercado” (sobre o que já falei); outros tão somente elevaram a projeção e incluíram um milhão de ressalvas.
Foi o caso do Bank of America. Subiram a régua, mas apontaram que “valuations elevados, alta alavancagem financeira das companhias, menores prêmios de risco e incertezas políticas compõem um cenário de potencial volatilidade para as ações ao longo da primavera e do verão.”
Vou repetir: “compõem um cenário de potencial volatilidade”…
Traduzindo: “elevamos o target porque não queríamos ficar para trás e ajustamos o discurso de tal maneira que, se der tudo errado, ainda assim poderemos dizer que avisamos.”
Evolução: nota 10.
Unidos do Bacen só deixou o recuo ao meio-dia de hoje, quando divulgou o Relatório Focus da semana. Merece nota 10 a evolução de expectativas por aqui.
Destaque para as projeções de IPCA 2017 do grupo especial (Top 5), que afundou de 4,26 para 4,07 em uma semana — acentuando o mergulho para aquém da meta. Alô alô, Goldfajn!
Ainda que mais tímido, merece nota o aquecimento da bateria do PIB: projeção agregada (todos os participantes da pesquisa) de crescimento avançou de 2,30 para 2,37 por cento (dá para arredondar para 2,40 por cento?). De pouquinho em pouquinho, otimismo voltando…
Se lá fora ajudar, vai dar samba aqui.
Garanta seu lugar na avenida
E na Empiricus o Carnaval ainda não acabou: estendemos para hoje a oferta de três combos de produtos para você, que ainda não se preparou — afinal de contas, o ano brasileiro só começa agora… —, começar a investir melhor.
Para os otimistas, o principal tema é a Retomada Econômica que começa a despontar. Aos cautelosos, Proteção nunca é demais. E quem prefere os carnavais de antigamente e a consistência dos Dividendos também tem seu lugar na avenida.