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Semana Cheia no Brasil e Foco na CPI da Covid

Publicado 28.06.2021, 08:37

Semana “pesada” nos mercados, pela profusão de indicadores, no Brasil, nos EUA, no mundo. Também pelo desenrolar da CPI da Covid, depois do depoimento dos irmãos Miranda, com o deputado “deixando no ar” que o presidente Bolsonaro “prevaricou”, pois sabia dos esquemas do deputado Ricardo Barros na compra superfaturada da Covaxin, vacina indiana, e nada fez.

Por aqui, saem os dados fiscais de maio, a dívida pública federal, a taxa de desemprego da PNAD Contínua e a geração de empregos formais pela Caged, todos de maio, a produção industrial, pelo IBGE, assim como o IGP-M. Nos EUA, pontificam os dados de mercado de trabalho de maio, na geração de empregos no setor privado, payroll e taxa de desemprego. Temos na Europa o IPC e o IPP de junho e na China, diversos indicadores de atividade, também no Japão.

Enfim, uma agenda semanal cheia, tornando possível uma leitura sobre como vem sendo o processo de “desconfinamento” pelo mundo, ainda mais com esta nova cepa do vírus, a Delta, a ameaçar a todos. Há muitos países em lockdowns parcial, enquanto o “ciclo de imunização” das vacinas não se completa.

Nos EUA, vários diretores do Fed devem continuar nos seus “pitacos” diários, o que não achamos um movimento muito correto. Creio que geram mais dúvidas e incertezas do que direcionamentos.

Aqui no Brasil, isso pouco acontece. Não faz muito sentido os diretores do Copom viverem a “externar” o que se discute nas reuniões comitê. É um “ruído”, ao nosso ver, desnecessário. Só serve para confundir ou enfraquecer o presidente do Banco Central envolvido. Apenas ele deve se pronunciar. No nosso caso, tem sido isso. Apenas Roberto Campos Neto se pronuncia. Sobre os oito diretores que participam, pouco se sabe. Isso evita esta verdadeira usina de fofocas e boatos que se transformou a política monetária norte-americana.

Viveremos também a repercutir a dita “reforma tributária”, anunciada na semana passada, ao nosso ver, muito mais um esforço de se buscar recursos para o governo Bolsonaro “tocar” os seus projetos político eleitorais até 2022. Isso porque o Brasil precisará inaugurar muitas obras, além de colocar a economia brasileira no eixo da retomada, ao nosso ver, algo prejudicado pela “terceira onda” da nova cepa, a variante Delta da Índia. Neste domingo, dia 27, chegamos a 513 mil mortes no acumulado, mesmo que recuando no diário, 739, mas com 33.709 mil novos casos, algo muito elevado.

Ainda sobre a “reforma tributária” do ministro Paulo Guedes, dentre as medidas, um olhar mais atento sobre os produtos do mercado financeiro, como uma nova taxação sobre fundos variados.

Um deles será a taxação sobre ganhos com Lucros e Dividendos, apenas para quem recolhe mais de R$ 20 mil ao mês, ou R$ 240 mil ao ano. Ou seja, o objetivo aqui é pegar os grandes patrimônios do País. Ao pequeno investidor, me parece muito difícil viver dos ganhos com distribuição de “Lucros e Dividendos”. Há também uma unificação na taxação sobre fundos variados, agora em 15% de IR e não mais regressiva com o tempo. Esta mesma taxação deve recair sobre os Fundos Imobiliários, o que não acontecia antes.

Uma medida a beneficiar é a elevação da isenção para Imposto de Renda de Pessoa Física, de R$ 1,9 mil para R$ 2,5 mil, o que deve beneficiar mais de 18 milhões de brasileiros.

Nesta semana, na CPI da Covid, novos capítulos são esperados sobre o imbróglio dos irmãos Miranda e as encomendas da vacina Covaxin da Índia.

Muito se comenta que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) já se encontra muito desgastado, perdendo muita tração para a eleição de 2022. Pesquisas recentes indicam que ele não consegue emplacar nem o segundo turno. Para os esquerdistas do lulo-petismo, e seus satélites, por exemplo, não é interessante o impeachment já. É mais interessante vê-lo "sangrar" até o final do mandato.

Consideram que se assumir o vice-presidente Hamilton Mourão, não será difícil um governo mais cordato, de união nacional, o que poderia lançá-lo como opção para 2022. Seria uma segunda chance para o eleitorado mais conservador emplacar um bom candidato, muito melhor do que o capitão.

Isso, aliás, nos parece fato. Mourão possui muito mais envergadura, para tocar a agenda de reformas mais liberal do ministro Paulo Guedes, do que o presidente atual.

Um dos principais, se não o principal problema, é a péssima comunicação do atual presidente com a sociedade. Não sabe dialogar com a “prensa”, é sempre muito raivoso ou mercurial nas suas intervenções e isso acaba "pesando contra".

Vamos conversando.

Boa semana a todos!

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