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Semana Terá IBC-Br, Comércio, Serviços, Previdência; juros do BCE e dados da China

Publicado 08.09.2019, 23:26
Atualizado 09.07.2023, 07:32

A semana nos mercados financeiros terá como destaque ainda o cenário externo, com o comportamento das bolsas internacionais determinando o desempenho das ações, dólar e juros no Brasil. Os desdobramentos da guerra comercial entre Estados Unidos e China, a queda de braço no Reino Unido em torno do Brexit e a reunião do Banco Central Europeu (BCE) para discutir os juros devem ser acompanhados de perto. No Brasil, com o presidente Jair Bolsonaro se recuperando da cirurgia de uma hérnia, as atenções estarão voltadas para a discussão da reforma da Previdência no Plenário do Senado, que pode votar o texto já nesta semana.

Exportações chinesas para os EUA caíram 16% em agosto

No exterior, qualquer novidade envolvendo as negociações entre Estados Unidos e China poderá mexer com os mercados. Hoje, dados da balança comercial chinesa de agosto mostraram o impacto da guerra comercial, com uma queda de 22% nas importações de produtos americanos, para US$ 10,3 bilhões, e de 16% nas exportações para os EUA, para US$ 44,4 bilhões. E os números não incluem ainda as novas tarifas que entraram em vigor em 1º de setembro, de ambas as partes.O impacto na economia chinesa será inevitável, já que os exportadores locais não conseguirão encontrar mercados para os produtos que deixaram de ir para os EUA, uma vez que a economia global está desaquecida. As exportações totais chinesas caíram 3%, para US$ 214,8 bilhões, enquanto as importações subiram 1,7%, para US$ 180 bilhões. É provável também que a china aumente a pressão de oferta desses produtos em outros mercados, disputando com produtos locais.Autoridades chinesas e americanas marcaram uma reunião para retomar as negociações comerciais para outubro, uma falta de pressa que mostra a pouca disposição de ambas as partes em ceder. Enquanto isso, a economia mundial vai sentindo os efeitos do desaquecimento.

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PIB do Japão desacelera com guerra comercial

Outro indicador do impacto da guerra comercial foi divulgado na noite de domingo. O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Japão no segundo trimestre em termos anualizados foi revisto de 1,8% na leitura anterior para 1,3%, afetado pelo desaquecimento do comércio chinês. Os investimentos foram revistos de 1,5% para apenas 0,2%, abaixo do 0,7% esperado pelo mercado.

Protestos em Hong Kong

O governo de Pequim enfrenta ainda os protestos de estudantes de Hong Kong, que continuam convocando manifestações contra a China. No fim de semana, a polícia usou bombas de gás lacrimogêneo para tentar dispersar os manifestantes. Um aumento da violência pode ter repercussões no principal centro financeiro da Ásia.

Europa define juros em meio à briga pelo Brexit

Na Europa, o Banco Central Europeu (BCE) fará sua reunião de política monetária na quinta-feira e deve manter a política de juros negativos. Mas pode dar alguma nova avaliação da situação da economia do euro.

A reunião ocorre em meio à tumultuada saída do Reino Unido da União Europeia, marcada para 31 de outubro, e que pode ter impactos importantes na economia britânica se provocar o fim drástico de vários acordos. Depois de ser derrotado pelo Parlamento, que proibiu o Brexit sem um acordo, o primeiro-ministro Boris Johnson quer impedir a prorrogação das negociações na Justiça. O Parlamento tenta aprovar uma prorrogação por três meses, mas Johnson, que é contra um adiamento e quer a saída na marra, vai tentar alegar que a prorrogação é ilegal. Ele já tentou convocar eleições, mas também foi impedido pelo Parlamento, e perdeu o apoio do irmão, que deixou o cargo de ministro que tinha no governo.

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No Brasil, a expectativa gira em torno da possível aprovação do texto da reforma da Previdência no Senado. O projeto foi dividido em duas propostas de emenda constitucional, uma com o básico, como idade mínima, regras de transição, e outra com os pontos mais polêmicos, como o benefício por idade e a reforma de Estados e municípios. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre vai tentar um acordo para votar os textos já na quinta-feira, dispensando o prazo de cinco sessões.

Na agenda econômica, os destaques devem ser as pesquisas mensais do comércio e de serviços do IBGE e o índice de atividade do Banco Central, o IBC-Br.

Focus pode trazer redução dos juros e inflação

Na segunda-feira, a Fundação Getulio Vargas (FGV) divulga seus Indicadores de Mercado de Trabalho de julho. No mesmo dia, sai o boletim Focus, pesquisa semanal do Banco Central com as projeções do mercado financeiro. A expectativa é com relação à taxa de juros e à inflação, por conta dos dados mais tranquilos do IPCA e do IGP-DI divulgados na semana passada, e que podem levar a uma queda nas expectativas de juros para este ano, como já fez o Bradesco (SA:BBDC4). No exterior, sai a Confiança do Consumidor na zona do euro de setembro, e o Crédito ao Consumo nos EUA calculado pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano). Na China, serão divulgados os dados de inflação ao consumidor (CPI) e ao produtor (PPI) de agosto.Terça-feira sai a primeira prévia do IGP-M de setembro da FGV. Já o IBGE divulga a Produção Industrial Regional de julho e o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de agosto.Na quarta-feira, o IBGE anuncia as vendas no varejo de julho, que podem dar alguma ideia de como está a recuperação da economia. Nos EUA, sai o índice de preços ao produtor (PPI) de agosto.Quinta-feira o IBGE divulga a Pesquisa Mensal de Serviços de julho. Sai ainda o Relatório Prisma Fiscal, com as projeções do mercado para as contas públicas. Na zona do euro, será divulgada a produção industrial de julho e o BCE faz sua reunião para definir a taxa de juros, que deve continuar em zero.Nos EUA, sai a inflação ao consumidor (CPI) de agosto e o resultado do Tesouro, além do relatório da demanda e oferta de produtos agrícolas mundiais.

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IBC-Br de julho

Sexta-feira o Banco Central anuncia seu índice da atividade, o IBC-Br, de julho. A expectativa da LCA é de um crescimento de 0,3% no mês e queda de 1,8% em 12 meses. Na Europa, sai a balança comercial de julho. E nos EUA, serão divulgados o Índice de Preços de Importados, as vendas no varejo, ambos de agosto, e a prévia da Confiança do Consumidor da Universidade de Michigan.

Ibovespa sobe e dólar cai na semana

No mercado brasileiro, o Índice Bovespa fechou a semana em 102.935 pontos, acumulando +1,78% na semana e no mês, +17,12% no ano e +34,70% em 12 meses. O dólar fechou a R$ 4,0800 para venda na sexta-feira, em queda de -0,73%, variando -1,50% na semana, +5,29% no ano e -0,10% em 12 meses.

Argentina pode continuar influenciando os mercados

Na Argentina, o governo restringiu a compra de moeda estrangeira para pessoas físicas e jurídicas, e ainda não conseguiu domar a desvalorização do peso, observa Álvaro Bandeira, economista-chefe do banco digital ModalMais. Além disso, houve forte destruição de valor dos ativos e em um só dia o índice Merval, da Bolsa de Buenos Aires, desvalorizou 14%. “A Argentina vem seguindo o script de outras crises, que no caso deles é recorrente e que sempre acaba com calote da dívida”, afirma Bandeira. O pior é que o fato traz efeitos para o Brasil, já que a proteção rápida contra países emergentes exige liquidez, e a liquidez está aqui, diz o economista. Ele lembra ainda que em agosto foi recorde de abertura de contas de argentinos nos EUA e que as exportações do Brasil para o país declinaram 40%.

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Estrangeiros seguem tirando dinheiro da bolsa

No mercado a semana mostra boa recuperação, mas um fato chama a atenção: os investidores estrangeiros seguem retirando recursos de forma consistente da Bovespa. Em dois dias do mês de setembro, sacaram R$ 2,38 bilhões e as saídas líquidas do ano de 2019 montam a R$ 23,6 bilhões, só perdendo para o ano de 2008, quando na crise do subprime saíram R$ 24,6 bilhões. A maior parte dessa saída, porém, se refere à venda da participação da Swiss Re na SulAmérica (SA:SULA11), de mais de R$ 2 bilhões.

Perspectivas boas para a bolsa

Bandeira mantém o otimismo com a bolsa e diz que a situação internacional pode seguir acalmando, e certamente beneficiará o direcionamento do fluxo de recursos para investimentos de risco, já que a rentabilidade da renda fixa no mundo anda baixa e não raro negativa. “Basta observar o exemplo do Brasil, onde a remuneração da renda fixa não garante o plano atuarial dos fundos de pensão”.

Ele alerta, porém, que continuarão os momentos de volatilidade nos mercados e aversão ao risco, principalmente considerando a ciclotimia do presidente americano Donald Trump em relação aos chineses. “O presidente Bolsonaro persegue a mesma linha e agrega incertezas internas”, observa. Além disso, começam a se aproximar datas de reuniões de bancos centrais para definições de política monetária, com o BCE esta semana e o Fed e o Copom nas próximas.

“Apesar disso, entendemos que o momento deve seguir propenso a aplicações de risco, pois a situação externa se mostra de menor tensão e estresse para os investidores”, diz o economista. “O lado político seguirá pesando, mas acreditamos no retorno progressivo dos investidores estrangeiros, já que até o momento a alta foi produzida por aplicadores locais”, diz.

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Pela análise técnica, que tenta definir as tendências da bolsa olhando os gráficos do passado, depois da Bovespa atravessar a casa dos 103.000 pontos, a próxima etapa seria ultrapassar o patamar de 104.800 pontos, para buscar novos recordes de pontuação histórica. O recorde foi de 106.650 pontos em 10 de julho. Para que isso aconteça, acredita Bandeira, é necessário o recurso dos estrangeiros. “Na visão pessimista, não deveríamos perder o patamar de 100.000 pontos”, conclui.

Últimos comentários

oi
valeu Angelo
Obrigado, Angelo! Muito bom saber de tudo isso.
obrigado Angelo
obrigado Angelo
obrigado pelas informações, Angelo.
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