Publicado originalmente em inglês em 16/07/2021
A Snap (NYSE:SNAP) (SA:S1NA34), que opera um aplicativo de compartilhamento de fotos, teve uma excelente história de recuperação durante a pandemia. No ano passado, sua plataforma Snapchat registrou um número recorde de usuários diários para conexão e entretenimento.
Em razão desse bom momento, a Snap é a ação de rede social mais forte deste ano. Suas ações se valorizaram mais de 300% desde março de 2020, com os investidores acreditando em seu plano de continuar aumentando seus negócios com anúncios.
O que fez os investidores voltarem para esse nome que estava fadado ao fracasso foi a evidência de que a reformulação do aplicativo da empresa começou a dar resultado, aumentando a quantidade de tempo que os usuários passam assistindo a conteúdos premium no Snapchat.
Essa empresa californiana conseguiu canalizar esse aumento de tráfico com destreza para atrair anunciantes, investindo em realidade aumentada, novas ferramentas para anúncios e suporte a criadores de alta qualidade.
Nesse sentido, a Snap lançou o Spotlight em novembro, ferramenta para promover vídeos populares pagando até US$1 milhão por dia a criadores das publicações com melhor desempenho. O resultado foi que o número de usuários do Spotlight disparou para 125 milhões ao final do primeiro trimestre.
Essas iniciativas fizeram as vendas subir 66%, para US$ 770 milhões, no período encerrado em 31 de março, assim como o número de usuários ativos, que cresceu 22%, para 280 milhões. Na última teleconferência de resultados, o CEO Evan Spiegel afirmou que mais pessoas fizeram novos amigos, usaram a ferramenta de mapeamento do aplicativo e publicaram stories, que são vídeos e fotos efêmeras, à medida que a economia começou a se reabrir nos primeiros meses do ano.
Oportunidade de compra?
Mesmo após o poderoso rali do último ano, alguns analistas ainda acreditam que a Snap ainda tenha espaço para subir, e a recente fraqueza das suas ações em relação às máximas recordes representa uma oportunidade de compra.
Em nota, o Barclays (LON:BARC) (SA:B1CS34) elevou seu preço-alvo da Snap de U$66 para US$75, dizendo que as tendências dos usuários parecem estar acelerando em conjunto com a reabertura da economia e que a companhia “ainda tem boas condições de gerar taxas muito maiores de receita”.
Analistas do Morgan Stanley (NYSE:MS) (SA:MSBR34), cujo preço-alvo da ação é de US$75, acreditam que Wall Street ainda não reconheceu o real valor e a capacidade de monetização da plataforma no futuro.
De acordo com as estimativas consensuais no Investing.com, a maioria dos analistas recomenda compra na ação, com o preço-alvo médio de 12 meses indicando um potencial de alta de 28% em relação ao nível atual. A Snap encerrou a quinta-feira a US$60.50, uma queda de 3,15% no dia.
Essas projeções otimistas mostram que os analistas acreditam na estratégia da companhia de impulsionar seu crescimento implementando ferramentas de realidade aumentada e expandindo-se em mercados internacionais.
A empresa de mídia social prevê gerar um crescimento de receita de 50% ou mais nos próximos anos, à medida que os anunciantes buscam cada vez mais usar as ferramentas de realidade aumentada da Snap para permitir que os usuários testem seus produtos virtualmente. No cenário global, a companhia está adicionando mais conteúdo local, investindo em campanhas de marketing regional e oferecendo mais suporte de idiomas para os produtos.
Conclusão
Snap teve uma extraordinária recuperação durante a pandemia, ao implementar novas ferramentas e focar no segmento certo do mercado. Esse bom momento tem tudo para continuar no ambiente econômico pós-pandemia, o que faz com que essa empresa de mídia social seja uma boa candidata para se ter em carteira.