A valorização do dólar, a menor oferta na Argentina e expectativas de aumento nas exportações brasileiras impulsionaram os preços internos da soja em grão, que estão, agora, nos maiores patamares do ano. O movimento de alta nos valores, no entanto, foi limitado pelas expectativas de safra volumosa no Brasil, fundamentadas na boa produtividade em áreas que já estão sendo colhidas, segundo produtores consultados pelo Cepea. O Indicador ESALQ/BM&FBovespa da soja Paranaguá (PR) aumentou 2,25% entre 2 e 9 de fevereiro, a R$ 73,36/sc de 60 de kg na quinta. No Paraná, o Indicador CEPEA/ESALQ subiu 1,68%, a R$ 68,39/sc de 60 kg.
MILHO: COTAÇÃO NO BR TEM LEVE ALTA COM EXPORTAÇÕES AQUECIDAS
As exportações aquecidas em janeiro e incertezas quanto ao semeio de milho segunda safra têm resultado em pequenas altas nos preços de milho. No geral, compradores priorizam negociações pontuais, enquanto vendedores estão recuados – muitos vendedores seguem dando preferência para a comercialização da soja. Entre 2 e 9 de fevereiro, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (referência Campinas – SP) avançou 0,42%, fechando a R$ 33,34/saca de 60 kg na sexta-feira, 9. Quanto à produção de milho na safra 2017/18, novas estimativas confirmam a expectativa de ajustes negativos. Mesmo com queda na produção, os estoques elevados devem manter o mercado interno abastecido.
MANDIOCA: SEM CHUVAS, COLHEITA AVANÇA E OFERTA SE ELEVA
O ritmo de colheita de mandioca melhorou com o clima firme em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea. Com isso, parte dos agricultores que havia deixado de entregar o produto voltou a comercializar. Como a demanda por matéria-prima continuou baixa na indústria de farinha, houve algum excedente para as fecularias. Com a oferta elevada, as cotações, que vinham firmes, foram pressionados em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea. Entre 5 e 9 de fevereiro, o valor médio nominal a prazo para a tonelada de mandioca posta fecularia foi de R$ 622,45 (R$ 1,0825 por grama), 2,9% abaixo da média do período anterior.