Soja: Demanda externa eleva ritmo de negócios no BR

Publicado 31.03.2025, 09:11

A maior demanda externa pela soja brasileira elevou o ritmo de negócios no spot nacional na última semana. Segundo pesquisadores do Cepea, esse cenário foi influenciado pela valorização do dólar frente ao Real, que que deixa as commodities do Brasil mais atrativas aos consumidores estrangeiros. Além disso, sojicultores mostram mais interesse em comercializar parte da safra 2024/25 no mercado spot, especialmente para “fazer caixa” para o custeio de financiamentos para a próxima temporada. De acordo com dados preliminares da Secex analisados pelo Cepea, até o dia 21 de março, o Brasil já havia embarcado 10,25 milhões de toneladas de soja, 59,5% a mais que o volume escoado em todo o mês de fevereiro. Quanto à colheita, as atividades seguem em ritmo intenso, e o clima vem contribuindo para produtividades excepcional em grande parte do Brasil. De acordo com a Conab, até 23 de março, 76,4% da área total havia sido colhida, superando os 66,3% registrados no mesmo período de 2024 e acima da média de cinco anos, de 66,2%.

MILHO: Baixa liquidez gera pressão sobre cotações, mas níveis seguem elevados

As negociações envolvendo milho vêm ocorrendo de forma pontual e regionalizada, conforme apontam levantamentos do Cepea. Segundo o Centro de Pesquisas, produtores estão concentrados nas atividades de campo. A colheita da safra de verão avança bem na maior parte das praças, e a semeadura da segunda safra caminha para a fase final. Do lado da demanda, muitos consumidores se mostram abastecidos, e com isso, se mantêm afastados do spot nacional e/ou compram lotes pontuais. Esse contexto tem resultado em pressão sobre as cotações em algumas regiões, como é o caso de Campinas (SP), conforme dados do Cepea. Ainda assim, os valores seguem em patamares elevados e acima dos praticados há um ano, em termos nominais.

FEIJÃO: Maior oferta pressiona cotações do feijão preto

O mercado do feijão preto encerrou a última semana em queda. Pesquisadores do Cepea explicam que a pressão vem da oferta elevada da primeira safra e da proximidade da colheita da segunda. Conforme levantamentos do Centro de Pesquisas, as baixas mais expressivas foram registradas no Paraná. Segundo colaboradores do Cepea, as negociações continuaram lentas, e produtores com maior capacidade de armazenagem ainda evitam vendas em grandes volumes.

MANDIOCA: Oferta segue em queda, e preços sobem

Pesquisas do Cepea mostram que produtores mantêm baixo o interesse pela comercialização de mandioca, seja por conta dos atuais níveis de rentabilidade ou por já terem se capitalizado com outras culturas. O clima seco em algumas áreas também tem limitado o avanço dos trabalhos no campo, sobretudo de colheita. Como resultado de uma oferta ainda mais ajustada à demanda industrial, os preços subiram na última semana em parte das regiões acompanhadas pelo Cepea, encontrando certo nível de suporte. A média nominal a prazo da tonelada de mandioca posta fecularia foi de R$ 558,44 (R$ 0,9712/grama de amido), pequena elevação de 0,4% em relação à semana anterior. Ainda em termos nominais, a média de março recuou 3,5%, menor variação que a dos últimos dois meses, conforme levantamentos do Centro de Pesquisas.

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