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Três Razões para Evitar a Tesla: Elon Musk, Desaceleração das Vendas e Pouco Caixa

Publicado 14.03.2019, 04:37
Atualizado 02.09.2020, 03:05

Os investidores e analistas estão tendo sérias dificuldades para lidar com os altos e baixos da tortuosa trajetória da Tesla (NASDAQ:TSLA). Trata-se de uma empresa com um produto promissor, carros elétricos, mas administrada por um executivo terrível: Elon Musk. Essa realidade ganhou ainda mais destaque pelos eventos que ocorreram nas últimas semanas, levantando sérias dúvidas sobre a capacidade de Musk de liderar a fabricante de automóveis durante seu estágio mais importante de evolução.

No dia 11 de março, a Tesla anunciou em um blog que estava voltando atrás em sua principal estratégia de marketing, dizendo que agora pretende manter um grande número de showrooms abertos e aumentar os preços dos seus modelos mais caros em 3%. Esse anúncio ocorreu apenas 10 dias depois de a própria Tesla ter declarado que planejava fechar a maior parte das suas lojas, em um esforço para cortar custos, à medida que tenta lançar sua versão mais barata do sedã Model 3, primeiro carro de fabricação em massa da empresa.

“A mudança para que todas as vendas sejam feitas on-line, combinada com outras medidas de eficiência de custos em andamento, nos permitirá reduzir os preços de todos os veículos em cerca de 6% em média e alcançar o nível de preço de US$ 35.000 para o Model 3 mais cedo do que esperávamos”, afirmou a Tesla no dia 28 de fevereiro. A decisão de fechar abruptamente todas as lojas de varejo foi difícil de engolir para os investidores e colaboradores. Não importa se os fãs da Tesla são aficionados do mundo digital, seria ingênuo acreditar que seus carros atrairiam um grande número de compradores sem a presença de lojas físicas.

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O hábito de Musk de transmitir informações mal pensadas e, às vezes, equivocadas em seu Twitter continua sendo um problema constante, que vem prejudicando profundamente sua imagem, a começar pelos processos legais por fraude no mercado acionário abertos pela Comissão de Valores Mobiliários dos EUA, a Securities and Exchange Commission.

Acreditamos que esses últimos eventos mostram claramente que a companhia está passando por dificuldades financeiras. Negociadas a US$ 288,96 no fechamento de ontem, as ações da Tesla se desvalorizaram cerca de 6% no último mês e 7% desde o início de 2019, o que demonstra o nervosismo dos investidores que acreditam cada vez mais que a Tesla está tomando decisões de forma apressada e reagindo às mudanças sem uma profunda reflexão.

Tesla Gráfico Semanal

Menos caixa disponível

No centro de todo esse nervosismo e confusão está, em nossa visão, o reduzido caixa disponível da companhia, o qual corre o risco de acabar diante da considerável desaceleração das suas vendas de automóveis. Os aspectos econômicos de qualquer fabricante de automóveis são bastante simples: precisa vender um grande volume de carros com margens suficientes para justificar os enormes investimentos realizados.

Para Musk, essa equação básica está ficando cada vez mais difícil de alcançar em um mercado global onde o crescimento se vê pressionado. De acordo com a InsideEVs, um blog que Musk repetidamente cita em suas publicações no Twitter, a Tesla vendeu cerca de 5.750 unidades do Model 3 em fevereiro e em 6.500 em janeiro, uma redução significativa em relação ao recorde de 25.250 em dezembro. Essa maldição baixista veio justamente quando o crédito de impostos federais disponível para os compradores da Tesla foi reduzido pela metade em 1 de janeiro.

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A Tesla tinha cerca de US$ 3,7 bilhões de caixa e equivalentes em 31 de dezembro, depois de quitar obrigações de US$ 920 milhões em 1 de março, o maior pagamento de dívida até hoje na história de quase 16 anos da Tesla. Se as vendas de carros da Tesla continuarem desacelerando na América do Norte e o plano de vendas de Musk na Europa e na China não se materializar como ele espera, é provável que as ações da companhia passem por dificuldades ainda maiores em 2019.

A venda do Model 3 na Europa e na China é importante para que a Tesla compense a desaceleração na América do Norte. “Estamos ansiosos para levar o Model 3 à Europa e à China no início do próximo ano, pois o mercado de sedãs premium de médio porte nessas regiões é muito maior do que na América do Norte”, afirmou Musk durante a teleconferência de resultados em outubro, de acordo com a Bloomberg.

Resumo

Em linha com a nossa visão anterior, os conflitos existentes na Tesla são muito grandes para os investidores gerenciarem. Com as reduzidas reservas de caixa da companhia, sua problemática estratégia de marketing e seu CEO em batalha constante com o órgão regulador, não acreditamos que as ações da Tesla se estabilizarão no curto prazo.

Pelo contrário, vemos um risco muito grande de queda se a economia mundial continuar desacelerando e as vendas de carros não se recuperarem na América do Norte. Com essas incertezas no horizonte, acreditamos que seria melhor ficar longe da Tesla.

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Últimos comentários

Se uma empresa q é dirigida por uma pessoa emocionalmente instável e com capacidade gerencial discutível não deveria ter a confiança do mercado, o q dizer de um Estado-nação de dimensões continentais e economia entre as maiores do mundo? :)
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