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Trigo: Cotações do Grão Fecharam Outubro em Alta no Mercado Doméstico

Publicado 20.11.2020, 10:58
Atualizado 14.05.2017, 07:45

As cotações do trigo em grão fecharam o mês de outubro em alta no mercado doméstico. A retração de vendedores, a postura mais ativa de compradores e o dólar elevado, que encarece as importações, deram suporte aos preços nacionais. Em relação à indústria moageira, agentes seguiram adquirindo lotes pontuais de trigo e muitos mostraram dificuldades em repassar os atuais custos elevados do cereal aos derivados (farinhas e farelos). Em outubro, o valor médio do trigo no mercado disponível (negociações entre empresas) no Paraná teve aumento expressivo de 11% frente ao de setembro e ficou 54,5% acima do verificado em outubro/19, em termos nominais. Em São Paulo, os avanços foram de 9,6% no mês e de 49,4% em um ano. Para o Rio Grande do Sul, a elevação na média foi de 1,9% em relação à de setembro e de 63,6% frente à de outubro/19. Em Santa Catarina, os aumentos foram de 1,4% no mês e de 46,8% em um ano. No acumulado do mês (de 30 de setembro a 31 de outubro), os levantamentos do Cepea mostram que os valores do grão no mercado de balcão (valor pago ao produtor) avançaram expressivos 23,1% no estado sul-rio-grandense, 22,2% no catarinense e 17,9% no estado paranaense. No mesmo período, no mercado de lotes, os aumentos nos preços foram de 23,7% no Rio Grande do Sul, 20,2% no Paraná, 19,6% em São Paulo e 12,7% em Santa Catarina.

No geral, dados da Seab/Deral divulgados em 26 de outubro indicam que a comercialização antecipada do cereal havia atingido 47,3% do volume previsto, contra 29,2% há um mês. Para os colaboradores do Cepea, a fixação de trigo no mercado interno permanece baixa e a preços elevados em função da capitalização dos triticultores. Apesar de o cenário nacional não agradar os compradores, a aquisição do trigo brasileiro ainda está mais viável que as importações. Em outubro, o dólar se valorizou 2,3% frente ao Real, encerrando o mês a R$ 5,74. Ainda conforme dados do Departamento – mas estes divulgados em 29 de outubro –, as perdas no Paraná, ocasionadas por adversidades climáticas nos últimos meses, foram responsáveis pela redução de 15% no potencial produtivo, passando de 3,68 milhões de toneladas para uma projeção de 3,13 milhões. Apesar disso, o relatório divulgado pela Conab em outubro trouxe estimativas otimistas para o trigo. No Paraná, a produtividade média prevista ainda é considerada satisfatória. Em comparação com levantamento anterior, a área e a produção de trigo devem crescer ambos 0,3%, somando respectivos 2,334 milhões de hectares e 6,833 milhões de toneladas. Para o Rio Grande do Sul, de acordo com a projeção da Emater/RS-Ascar, a área plantada nesta safra foi de 915,7 mil ha, 20,34% acima do ciclo anterior (760,9 mil hectares). Todavia, a primeira estimativa de produção é de que as lavouras gaúchas somem 2,18 milhões de toneladas, recuo de 4,23% em relação ao ano passado (2,2 milhões de toneladas), segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Enquanto isso, na Argentina, segundo a Bolsa de Rosário, a projeção de outubro para a safra 2020/21 aponta produção de 17 milhões de toneladas, 5,6% a menos que o apontado no mês anterior (18 milhões de toneladas). A falta de chuvas e a incidência de geadas em algumas regiões influenciaram o reajuste negativo na estimativa de produção. Dos 6,5 milhões de hectares semeados, 608 mil hectares não serão colhidos, por conta dessas adversidades climáticas.

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IMPORTAÇÕES – De acordo com os dados preliminares da Secex, nos primeiros 20 dias úteis de outubro, foram importadas 508,6 mil toneladas de trigo, contra 607,1 mil toneladas em outubro/19. Em relação ao preço de importação, a média de outubro/20 esteve em US$ 228,10/t FOB origem, 0,12% abaixo da registrada no mesmo mês de 2019 (de US228,40/t).

DERIVADOS – As cotações das farinhas e farelos seguiram em alta, influenciadas pelo significativo aumento do preço do trigo em grão – ainda assim, agentes da indústria moageira nacional alegam estar com as margens apertadas. Colaboradores do Cepea indicam que a pressão por parte do mercado consumidor esteve grande em outubro. Em relação aos farelos de trigo, os valores permanecem em alta, e moinhos sinalizaram dificuldades em atender à crescente demanda. As farinhas destinadas à bolacha doce, integral, panificação, massas frescas, massas em geral, pré-mistura e bolacha salgada se valorizaram 4,84%, 3,74%, 3,31%, 3,06%, 2,93%, 2,74% e 2,70%, respectivamente. Para os farelos, as elevações nos preços foram de expressivos 13,4% para o a granel e de 10,2% para o ensacado.

PREÇOS INTERNACIONAIS – Considerando-se as médias de setembro e outubro, o primeiro vencimento do trigo Soft Red Winter, negociado na CME Group (Bolsa de Chicago), se valorizou 10,5%, a US$ 6,0620/bushel (US$ 222,74/t). Para a Bolsa de Kansas, o primeiro vencimento do trigo Hard Red Winter avançou 13%, a US$ 5,4357/bushel (US$ 199,73/t). Conforme o relatório do USDA, a projeção para a produção mundial em 2020/21 avançou 0,3% em relação ao relatório do mês anterior, a 773,082 milhões de toneladas, e ficou 1,1% maior que a da safra 2019/20 (764,025 milhões de toneladas). O aumento se deve às maiores safras da Rússia e da União Europeia, que compensaram as reduções no Canadá, Ucrânia e Argentina. O consumo mundial praticamente não mudou. Destacase que a procura por farinhas destinadas às massas cresceu, por conta das mudanças nos padrões de consumo provocadas pela covid-19. Em relação aos estoques mundiais, devem aumentar 0,7% frente ao relatório de setembro, somando 321,451 milhões de toneladas e 7,4% maior que os disponíveis em 2019/20 (299,395 milhões de toneladas). A relação estoque/consumo deve ser de 42,8%

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