Sem notícia é boa notícia.
Este praticamente foi o mote da semana anterior no mercado financeiro, o qual em grande parte ignorou os rumos da política local e manteve o foco no exterior, com as altas consistentes das bolsas de valores no exterior, em resposta aos fortes indicadores econômicos nos EUA e dados corporativos.
Localmente, ouviram-se todas as versões possíveis para o rumo do orçamento e nenhuma solução crível surgiu que satisfizesse a ala política e a ala econômica do governo, sendo a segunda extremamente preocupada com os rumos fiscais.
A semana terminou com um possível veto de R$ 16 bi de forma a acomodar legalmente o orçamento, ainda que levante discussões no congresso, mas mesmo tal premissa está longe de qualquer confirmação, que deve necessariamente ocorrer no dia 22, ou seja, na próxima quinta-feira, após o feriado.
Esta semana é truncada por este feriado, de agenda macroeconômica limitada aqui e no exterior e na expectativa pela aprovação do orçamento, ou seja, pode se esperar um certo nível de volatilidade dos ativos.
A proximidade de novos recordes nas bolsas de valores americanas e mesmo o rompimento dos míticos 120.000 pontos no Ibovespa também contribuem para o que pode ser uma semana sem grandes definições.
As ações de bancos caem nos futuros em NY, com os investidores continuando a realizar lucros após grandes lucros do grupo na semana passada, como Bank of America (NYSE:BAC) (SA:BOAC34), Wells Fargo (NYSE:WFC) (SA:WFCO34) e Citigroup (NYSE:C) (SA:CTGP34).
No lado sanitário, alguns números da COVID-19 começam a dar breves sinais de alívio no Brasil, continuam em queda nos EUA, onde a vacina da Jannsen tende a ser retomada e na Europa, há sinais de maior velocidade na vacinação.
Chamou a atenção no fim de semana a forte correção em diversas criptomoedas, após proposta do governo indiano de banir a mineração em seu território, levando a uma forte correção da maior parte das cripto, em especial o bitcoin.
Na agenda macroeconômica, o IPC da Fipe registrou inflação na segunda semana de 0,65% (Proj. Infinity: 0,69%), IGP-M semanal e o IBC-BR.
Na agenda corporativa, Coca-Cola (NYSE:KO) (SA:COCA34), IBM (NYSE:IBM) (SA:IBMB34) e United Airlines (NASDAQ:UAL) (SA:U1AL34).
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em baixa, saindo de uma semana de ganhos, com fortes dados econômicos acima das principais médias.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, puxados por ações da Alibaba (HK:9988) (SA:BABA34) na China.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque ao cobre e platina.
O petróleo abre em queda em Londres e Nova York, com aumento de casos de COVID-19 atingindo a India.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 5,29%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,5881 / -0,49 %
Euro/Dólar : US$ 1,20 / 0,434%
Dólar/Yen : ¥ 108,15 / -0,680%
Libra/Dólar : US$ 1,39 / 0,419%
Dólar Fut. (1 m) : 5586,24 / -0,59 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 5,58 % aa (-2,79%)
DI - Janeiro 23: 6,31 % aa (-2,32%)
DI - Janeiro 25: 7,96 % aa (-2,57%)
DI - Janeiro 27: 8,60 % aa (-2,71%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,3423% / 121.114 pontos
Dow Jones: 0,4838% / 34.201 pontos
Nasdaq: 0,0967% / 14.052 pontos
Nikkei: 0,01% / 29.685 pontos
Hang Seng: 0,47% / 29.106 pontos
ASX 200: 0,03% / 7.066 pontos
ABERTURA
DAX: -0,130% / 15439,61 pontos
CAC 40: 0,329% / 6307,76 pontos
FTSE: 0,251% / 7037,14 pontos
Ibov. Fut.: 0,39% / 121537,00 pontos
S&P Fut.: -0,204% / 4167,80 pontos
Nasdaq Fut.: -0,050% / 14008,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,57% / 87,02 ptos
Petróleo WTI: -0,21% / $63,07
Petróleo Brent: -0,24% / $66,73
Ouro: 0,68% / $1.788,53
Minério de Ferro: 1,00% / ¥ $174,89
Soja: 0,84% / $1.446,00
Milho: 1,58% / $594,75
Café: 0,93% / $130,60
Açúcar: -0,96% / $16,62