Garanta 40% de desconto
🚨 Mercados voláteis? Descubra joias escondidas para lucros extraordináriosDescubra ações agora mesmo

Veremos o Mickey em 2017?

Publicado 22.02.2017, 10:11
Atualizado 09.07.2023, 07:32

Desde que o Brasil se afundou em uma das suas maiores crises da história no final de 2014, vivenciamos uma disparada do dólar, deixando o “Mickey” mais distante dos turistas brasileiros. Porém, o recente cenário das últimas semanas trouxe o dólar para baixo dos R$ 3,10, fator que pode impulsionar novamente o turismo externo dos brasileiros. Leia abaixo, o exemplo de um casal em uma matéria retirada do site Exame.com:

Evandro e Gabriela arrumam as malas para viajar por nove dias pelo Caribe, com um casal de amigos. “Estou prestes a completar 30 anos e conhecer Cuba. Era um sonho antigo meu e de um amigo de infância. A gente achava que tinha de conhecer a história da ilha logo, antes que tudo se perca com a inevitável abertura política e a aproximação com o mundo capitalista”, diz Evandro. No ano passado, haviam feito uma viagem para Gramado, na serra gaúcha. “Vamos de avião até Havana, onde devemos passar três dias e, de lá, vamos seguir de cruzeiro passando pela Jamaica, Ilhas Cayman e México. A baixa do dólar foi fundamental para viabilizar a ida a Cuba. Se o câmbio tivesse ficado tão alto quanto no ano passado, a viagem poderia até acontecer, mas ficaríamos menos tempo ou optaríamos por um destino mais em conta no Brasil ou, no máximo, na América do Sul.”

Segundo analistas do Mercado, existem projeções de que a divisa possa ficar abaixo de R$ 3 nas próximas semanas, embalada, entre outras coisas, pela forte entrada de recursos estrangeiros no País. O setor de turismo pode estimar um aumento de 25% a 30% nas vendas desde o início deste ano em comparação com 2016. Com a crise e o dólar alto, a alta temporada do ano passado ficou marcada pelo movimento de consumidores que trocavam as viagens internacionais por destinos domésticos. Desde o fim de 2016, porém, quem planejava ir para o exterior tem podido se programar com mais tranquilidade. A recessão deixou o consumidor com menos renda, mas a queda do dólar pode ter aberto oportunidades.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

Além dos destinos internacionais mais procurados pelos brasileiros, como Miami, Buenos Aires e Caribe, pode aumentar a procura pelo México, que pode sentir o mal-estar com os Estados Unidos, provocado pelo governo Trump e ficar mais barato para os brasileiros este ano. Não deixa de ser uma oportunidade de recuperação para o setor, mas o maior entrave das agências de turismo pode ser o desemprego, ainda bem alto e o medo que ele pode provocar na classe média. O incentivo que um dólar mais barato traz para o turista comum é inegável. A família adapta o passeio às suas condições mais modestas, mas já pode viajar projetando gastar até 30% menos.

>> PARA QUEM VAI COMPRAR DÓLARES:

As baixas do dólar também esquentaram a procura pela moeda nas casas de câmbio em todo o País. A alta no movimento é estimada em 30% em janeiro, em relação ao mesmo período de 2016. Pode ser notada a volta do turista ao varejo. Em 2016, a maioria que comprava dólar era quem precisava muito viajar ou iria para algum compromisso de trabalho. O cliente está mais atento às quedas da moeda e compra dois, três meses antes de viajar. O segmento sentiu a retração do consumo no ano passado. A compra de moeda estrangeira em espécie recuou 7% em 2016, de acordo com dados do Banco Central, para o menor patamar em cinco anos.

Para não se perder com as altas e baixas da moeda americana, a recomendação de especialistas pode ser não tentar adivinhar quando o dólar poderá cair para visitar a casa de câmbio. O ideal é se programar para começar a comprar a moeda dois ou três meses antes de viajar e parcelar a compra dos dólares, para equilibrar as perdas com as variações.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

>> PARA QUEM VAI VENDER DÓLARES:

Se o real mais forte anima quem quer viajar para o exterior, pode ser uma péssima notícia para as empresas que contavam com as exportações para compensar a queda do consumo interno. Esse câmbio pode não ter competitividade para a exportação. Muitas vezes, a empresa pode insistir em vender para o exterior, só para não ficar com a fábrica parada, mas pode assumir um prejuízo para não perder o cliente.

Essa realidade, infelizmente, poderá sangrar ainda mais o setor de manufaturados. O próprio governo já havia estimado que as exportações podem não ser viáveis com um dólar abaixo de R$ 3,50. Estamos em num momento muito particular na economia, com investimento estrangeiro em alta, juros muito elevados e a Bolsa registrando fortes ganhos. Só não podemos fechar os olhos para os riscos de uma desindustrialização mais forte.

Por Rodrigo Rebecchi (Equipe Youtrading)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.