CENÁRIO MACROECONÔMICO
Revertendo uma premissa recente, porém dentro de condições sazonais, o item alimentação tem sido responsável por alguns repiques de inflação, observado principalmente nos índices ao varejo.
No IPC da Fipe semanal, a primeira semana de abril observou alta de 0,84% no item, ante 0,34% na medição anterior, fazendo assim o indicador superar todas as projeções do mercado.
Em São Paulo, a inflação foi quase generalizada, porém sem ainda assustar as autoridades monetárias ou reverter as apostas de cortes de juros.
Isso por que os índices ao atacado estão em franca descompressão, tanto pelo dólar “comportado”, mas pela recessão e a dificuldade na transmissão dos preços do atacado ao varejo. Os índices não preocupam, porém demandam atenção.
CENÁRIO POLÍTICO
A operação “apaga fogo” do governo para a votação da previdência tem tido aparente sucesso, principalmente com o envolvimento pessoal do presidente da república na operação, conhecido pelo seu traquejo político e pelo seu trânsito entre as casas.
Isso apazigua parte das tensões dos investidores quanto à desidratação da pauta e também reduz a preocupação da equipe econômica quanto à qualidade e eficácia daquilo que será aprovado.
Todavia, ainda não se pode contar com tudo pronto, afinal a vulnerabilidade da questão política é uma constante no Brasil e no mundo.
No exterior, fica ainda mais acirrada a disputa na França, com LePen no segundo turno nas pesquisas, porém perdendo para todos os outros candidatos possíveis e a visita de Rex Tillerson, secretário de estado americano para negociar a situação na Síria.
CENÁRIO DE MERCADO
O risco geopolítico continua no foco dos investidores, porém com maior alívio, após a alta nas bolsas americanas ontem. Após o fechamento errático na Ásia, a abertura na Europa e futuros em NY se divide entre levemente positiva e estável.
Já o dólar começa do dia em franca descompressão global, somente em pequena alta contra o Won sul-coreano e a dólar australiano.
Mesmo assim, o rendimento dos títulos do tesouro americano opera no negativo em todos os vencimentos, desde a abertura dos negócios.
Entre as commodities, a notícia de elevação da extração e estoque americanos retiram novamente força do petróleo, após um ciclo de alta que durou três dias seguidos.
O minério de ferro continua em queda nos portos chineses, em especial Qingdao, com queda acima de 2% pela manhã e o restante dos metais, em especial o ouro, operam em alta expressiva, por conta dos temores geopolíticos.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,1316 / -0,47 %
Euro / Dólar : US$ 1,06 / 0,160%
Dólar / Yen : ¥ 110,61 / -0,297%
Libra / Dólar : US$ 1,24 / 0,072%
Dólar Fut. (1 m) : 3149,83 / -0,51 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 18: 9,67 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 19: 9,38 % aa (-1,37%)
DI - Janeiro 21: 9,81 % aa (-1,21%)
DI - Janeiro 25: 10,14 % aa (-1,27%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,09% / 64.650 pontos
Dow Jones: 0,01% / 20.658 pontos
Nasdaq: 0,05% / 5.881 pontos
Nikkei: -0,27% / 18.748 pontos
Hang Seng: -0,72% / 24.088 pontos
ASX 200: 0,28% / 5.929 pontos
ABERTURA
DAX: -0,091% / 12189,42 pontos
CAC 40: 0,100% / 5112,57 pontos
FTSE: 0,614% / 7394,04 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 64621,00 pontos
S&P Fut.: 0,000% / 2352,50 pontos
Nasdaq Fut.: -0,023% / 5421,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,01% / 85,91 ptos
Petróleo WTI: -0,21% / $52,97
Petróleo Brent:-0,13% / $55,91
Ouro: 0,21% / $1.257,36
Aço: -2,12% / $75,28
Soja: 0,11% / $18,08
Milho: -0,20% / $366,25
Café: 0,32% / $140,30
Açúcar: -0,12% / $16,61