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Ásia Fecha em Alta na Esperança de Estímulos Após Dados da China

Publicado 16.05.2016, 07:09
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ÁSIA: Os principais mercados asiáticos terminaram em alta nesta segunda-feira, ignorando os dados chineses, divulgados no fim de semana, que reavivaram preocupações sobre a economia da China. As vendas no varejo nos EUA bem como um sentimento positivo do consumidor americano, divulgados na sexta-feira (13/05) espalharam otimismos nos mercados asiáticos.

Dados de abril, divulgados pelo Bureau Nacional de Estatísticas da China, mostraram que os investimentos, produção industrial e vendas no varejo cresceram de forma mais lenta do que o esperado. A produção industrial cresceu 6% em abril, ante uma expectativa do mercado para um aumento de 6,5% em termos homólogos e abaixo dos 6,8% de março. Segundo analistas, a desaceleração fornece provas de que Pequim deve estimular sua economia no segundo trimestre.

Os bancos emprestaram 555,6 bilhões de yuan em abril, menos do que o esperado e abaixo dos 1,37 trilhões de yuan em março. Investimentos diretos não financeiros, por parte de investidores estrangeiros na China, subiram 72% em relação ao ano anterior, para US$ 60,08 bilhões no período de janeiro a abril. No primeiro trimestre, os investimentos estrangeiros na China saltaram 55,4% ante o ano anterior.

Mercados da China continental reverteram as perdas da manhã. Shanghai Composite fechou em alta de 0,84%, em 2,850.93 pontos e o Shenzhen Composite fechou em alta de 1,72%. Em Hong Kong, o índice Hang Seng também subiu 0,84%. Antes de segunda-feira, o índice Hang Seng tinha recuado por três semanas seguidas, perdendo 8,1% nesse período e o valor de referência registra queda de cerca de 9% desde o início do ano.

O yuan chinês fez novas mínimas no mercado offshore onde é negociado livremente. O yuan onshore, que é negociado dentro de uma banda, fechou ligeiramente mais fraco pelo segundo dia consecutivo a 6,5269 contra o dólar americano, um nível não visto desde o início de fevereiro.

Na Austrália, o ASX 200 terminou em alta de 0,56%, em 5,358.90 pontos, com um ganho de 0,57% no subíndice financeiro, que representa quase a metade do índice. Algumas das ações de mineradoras ficaram sobre pressão. Sandfire Resources fechou em baixa de 0,18% e South32 caiu 1,48%, mas as grandes mineradoras tiveram um dia positivos. Fortescue subiu 1,04%, Rio Tinto (LON:RIO) avançou 1,25% e BHP Billiton subiu 2%.

No Japão, os mercados ganharam em meio a especulações com a reunião entre os líderes mundiais do G7 e muitos analistas esperam que o governo japonês anuncie em breve novas medidas fiscais, incluindo um atraso no aumento de impostos sobre vendas. Antes da abertura dos mercados, o Banco do Japão (BOJ) mostrou que o índice de preços ao produtor japonês em abril caiu 4,2%, em comparação com uma pesquisa da Reuters que esperava um declínio de 3,7%. O Nikkei devolveu parte de seus ganhos, mas ainda fechou em alta de 0,33%, a 16,466.40 pontos. O iene foi negociado a 108,74 em relação ao dólar, em comparação com 108,60 da sexta-feira (13/05). Normalmente, um iene mais fraco é positivo para exportadores, uma vez que aumenta os seus lucros no exterior quando convertidos para a moeda local.

Investidores aguardam a divulgação do PIB do primeiro trimestre do Japão que será divulgado ainda nesta semana. Uma pesquisa da Reuters aponta que os observadores do mercado esperam que o Japão registre uma taxa de crescimento anualizada de 0,2% no período de janeiro a março após um quarto trimestre negativo e este dado poderá ter impacto direto sobre o momento de flexibilização por parte do BOJ e o crescimento mais forte ou mais fraco deverá afetar significativamente a moeda japonesa.

O índice do dólar fechou a 94,617 na segunda-feira na Ásia, em comparação com os 93 de sexta-feira, devido a melhora nas vendas no varejo de abril dos EUA, alta esta que provavelmente aumentará desafios nos setores de commodities e energia.

Os preços do petróleo também avançaram na segunda-feira na Ásia. Na China continental, a Sinopec reverteu perdas e subiu 0,16% e no Japão, Inpex terminou em alta de 0,17%, mas na Austrália, Santos caiu 0,72%, Woodside Petroleum fechou em queda de 0,7%

EUROPA: As bolsas europeias iniciaram a semana em baixa na sombra dos dados chineses e preocupações com o crescimento global, mas a alta dos preços do petróleo alimentam ganhos para as ações do setor de energia. O Stoxx Europe 600 cai 0,39%, após o benchmark fechar em alta de 0,5% na sexta-feira e fazendo com que o índice fechasse em alta de 0,9% na semana passada.

Os preços do petróleo saltam quase 2%, com o Goldman Sachs dizendo que o mercado de petróleo provavelmente registrará um déficit de oferta em maio, após longo período de excesso de oferta. Com isso, os analistas agora esperam que o West Texas Intermediate chegue a US$ 45 o barril no segundo trimestre, em comparação com os US$ 35 visto em março e o petróleo a US$ 50 por barril no segundo semestre, ante uma previsão de US$ 45 o barril em março. O banco credita essa mudança ao fato de que o aumento da produção no Iraque e Irã pode ser compensado pelas interrupções da produção na Nigéria e pela melhora na demanda global forçando a um declínio mais gradual nos estoques no segundo semestre do que anteriormente previstos, mas vê o mercado de petróleo voltando para excedente no primeiro trimestre de 2017. Entre os produtores de petróleo, Tullow Oil (LON:TLW) sobe 4,5% e Lundin Petroleum avança 2,40% e o prestador de serviços de campo petrolífero John Wood Group avança 2,19%.

No Reino Unido, o FTSE 100 cai após subir na sexta-feira, quando o referencial conseguiu fechar a semana com ganho de 0,2%. Dados econômicos da China, mais fracos do que o esperado, reavivaram preocupações sobre o crescimento econômico global. Esses dados podem contribuir para o regresso de um sentimento de aversão ao risco entre os investidores globais e agora os analistas indagam se isso provocará uma nova rodada de medidas de flexibilização da política monetária por parte do Banco Popular da China.

Entre as empresas expostas a China, Unilever (LON:ULVR) cai 1,11% e a fabricante de bebidas Diageo (LON:DGE) recua 0,66%. Entre as mineradoras, a produtora de platina Anglo American (LON:AAL) disparam 5,76% e a gigante BHP Billiton avança 1,63%. As produtoras de cobre Fresnillo (LON:FRES) e Antofagasta (LON:ANTO) sobem 2,78% e 3,23%, respectivamente.

Entre as grandes empresas de Energia listadas em Londres, BP sobe 0,80% e Royal Dutch Shell avança 0,69%, após uma abertura mais fraca.

Mercados na Alemanha, Dinamarca, Áustria, Noruega e Suíça estão fechados por conta de feriado.

AGENDA DO INVESTIDOR: EUA
9h30 - NY Empire State Manufacturing Index (mede a atividade manufatureira no estado de Nova York);
11h00 - NAHB Housing Market Index (venda de imóveis e a expectativa para novas construções no mercado imobiliário americano);
17h00 - TIC Long-Term Purchases (mede o nível de investimento estrangeiro e nacional nos EUA);

ÍNDICES MUNDIAIS - 7h00

ÁSIA
Nikkei: +0,33%
Austrália: +0,56%
Xangai Composite: +0,84%
Hong Kong: +0,84%

EUROPA
Frankfurt - Dax: ---%
London - FTSE: -0,27%
Paris CAC 40: -0,78%
Madrid IBEX: -1,12%
FTSE MIB: -0,44%

COMMODITIES
BRENT: +1,80%
WTI: +1,82%
OURO: +0,80%
COBRE: +0,41%
SOJA: -0,45%
ALGODÃO: +0,45%
MILHO: -0,83%

ÍNDICES FUTUROS
Dow: +0,07%
SP500: +0,12%
NASDAQ: +0,05%

Observação: Este material é um trabalho voluntário e gratuito, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado e a europeia no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atenção para o horário da disponibilização dos dados desse relatório.

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