NOVA YORK (Reuters) - Os contratos futuros do açúcar bruto subiram para uma máxima de seis semanas nesta quinta-feira, impulsionados pela produção menor do que a esperada no Brasil e pela iniciativa da Índia de aumentar a produção de etanol.
O café arábica teve queda acentuada devido ao aumento dos estoques da ICE.
AÇÚCAR
* O açúcar bruto fechou em alta de 0,35 centavo, ou 1,8%, a 19,89 centavos de dólar por libra-peso, depois de estabelecer uma máxima de seis semanas de 19,98 centavos.
* A associação de usinas Unica informou na quarta-feira que a produção de açúcar no centro-sul do Brasil totalizou 3,11 milhões de toneladas métricas na primeira metade de agosto, uma queda de 10,2% em relação ao ano anterior e abaixo das expectativas do mercado.
* Os incêndios nos canaviais brasileiros aumentaram os problemas na safra do maior produtor mundial, segundo especialistas. A Unica disse que as perdas potenciais aparecerão no próximo relatório.
* O açúcar branco de outubro subiu 2,3%, a 557,20 dólares a tonelada métrica.
* A Índia permitirá que as usinas de açúcar usem caldo ou xarope de cana para produzir etanol no novo ano comercial que começa em 1º de novembro, informou o governo.
CAFÉ
* O café arábica caiu 8,85 centavos, ou 3,5%, a 2,476 por libra-peso.
* Os comerciantes disseram que um aumento abrupto na quantidade de café arábica enviado para classificação nos armazéns da ICE foi o principal fator por trás da queda acentuada dos preços.
* O café robusta de novembro caiu 0,5%, a 4.901 dólares por tonelada, depois de atingir o pico de 4.972 dólares, o maior nível em pelo menos 16 anos.
* Os negociantes disseram que os suprimentos continuam muito apertados no Vietnã, enquanto o calor extremo do início do ano prejudicou as perspectivas para a próxima safra no maior produtor mundial de robusta.
* "A assinatura de contratos antes da nova safra não está tão ativa quanto nos anos anteriores, já que as empresas exportadoras se tornaram mais cautelosas quanto à sua capacidade de cumprir as obrigações", disse Nguyen Ngoc Quynh, vice-chefe da Mercantile Exchange of Vietnam.
(Reportagem de Nigel Hunt e Marcelo Teixeira)