Por Scott Kanowsky
Investing.com – O presidente dos EUA, Joe Biden, reforçou seu compromisso com os esforços de guerra da Ucrânia, ao culpar a invasão da Rússia pela disparada dos preços dos combustíveis.
Em seu pronunciamento durante a aguardada coletiva de imprensa da cúpula da Otan na Espanha, Biden disse que permitiria que os custos nas bombas continuassem elevados “pelo tempo necessário”, a fim de ajudar a Ucrânia a expulsar as forças russas do país.
“Não sei como [o conflito] acabará, mas ele não terminará com a derrota da Ucrânia para a Rússia em solo ucraniano”, ressaltou Biden.
O mandatário americano também apoiou um plano acordado no início desta semana, em uma reunião do G7 na Alemanha, com o objetivo de estabelecer um teto para o preço do petróleo russo. Biden afirmou que a iniciativa restringiria a receita de Moscou proveniente de exportações de energia, o que poderia ajudar a acelerar a resolução da guerra na Ucrânia.
“Dissemos [à Rússia] [...]: vamos permitir que vocês lucrem com o que fazem, mas não os preços exorbitantes que estão cobrando pelo petróleo neste momento”, disse Biden. “Acreditamos que isso pode ser feito e irá reduzir o preço do petróleo, assim como o preço da gasolina.”
Os preços mundiais de energia subiram forte desde o início do conflito na Ucrânia no começo do ano, em parte devido à proibição imposta pelo Ocidente às exportações petrolíferas da Rússia após a eclosão da guerra.
O teto de preços, proposto inicialmente pela secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, foi apresentado como uma forma de “amortecer” o impacto da guerra na economia americana. No entanto, ainda não está claro se os maiores importadores de energia da Rússia, a saber, China e Índia, também concordarão com o plano.
Em seu pronunciamento, Biden acrescentou que pedirá aos líderes dos estados do Golfo para que aumentem a produção de petróleo durante uma reunião no próximo mês, na tentativa de moderar a alta dos custos de energia. Biden também revelou que pretende se encontrar com o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, mas explicou que não iria ao país unicamente para se reunir com ele.
Os preços do petróleo caíam na quinta-feira em meio às persistentes preocupações com a oferta mundial. Às 11h08 (horário de Brasília), o contrato futuro do petróleo Brent para setembro recuava 1,94%, a US$$ 110,27 por barril. O contrato futuro do petróleo norte-americano West Texas Intermediate cedia 2,03%, a US$ 107,55.